Tomaram posse os novos eleitos da Assembleia de Freguesia de Ermesinde
Foi perante um auditório repleto que na noite de 23 de outubro passado decorreu a cerimónia da tomada de posse dos eleitos para a Assembleia de Freguesia de Ermesinde, precedida da instalação da mesa deste órgão e do executivo da Junta. Olhando para estes dois órgãos, e numa comparação com o mandato anterior, as mexidas no “tabuleiro” não foram muitas, já que no elenco do executivo a maioria das caras é repetente, enquanto que a Mesa da Assembleia continua a ser presidida pelo socialista Raul Santos.
|
Fotos ALBERTO BLANQUETT |
Foram muitos os rostos conhecidos que se vislumbraram no auditório da Junta de Freguesia de Ermesinde (JFE), entre outros, os dos recém-empossados presidentes da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, e da Assembleia Municipal de Valongo, Abílio Vilas Boas, bem como inúmeros representantes de instituições e coletividades locais – Bombeiros Voluntários de Ermesinde, Centro Social de Ermesinde, Agrupamento de Escolas de Ermesinde, Casa do Povo de Ermesinde, Ermesinde Sport Clube 1936, CPN, Associação Académica e Cultural de Ermesinde, entre outras. Ainda antes de dar início à tomada de posse dos novos eleitos para a Assembleia de Freguesia de Ermesinde (AFE), o presidente cessante da Mesa deste órgão, Raul Santos, usou da palavra para traçar um pequeno balanço do mandato anterior, endereçando elogios e agradecimentos aos funcionários da Junta, aos membros da Assembleia e do Executivo cessantes, ao público que ao longo dos últimos quatro anos participou nas sessões da Junta e da AFE, ao nosso jornal, o único que na sua opinião vai dando eco da vida destes dois órgãos autárquicos, sublinhando que foi com o auxílio de todos que o mandato pode ser considerado positivo.
Em seguida deu os parabéns a José Manuel Ribeiro, pela vitória na corrida à autarquia de Valongo, e a Luís Ramalho, pela recondução à frente dos destinos da JFE, desejando a estes e aos restantes eleitos votos de um bom mandato.
Findo o discurso, Raul Santos deu posse aos novos eleitos da AFE, chamados um a um pela ordem inversa da eleição, a culminar no entusiasticamente ovacionado Luís Ramalho.
|
O reeleito presidente da Junta usaria posteriormente da palavra para destacar que numa altura em que existe uma evidente descrença popular na política nacional aumenta a responsabilidade neste novo mandato para que a política de proximidade – ou política local – não caia também ela no descrédito popular. Apesar deste clima de crispação popular para com a política – e os políticos, muito em particular –, os ermesindenses voltaram a depositar a sua confiança no candidato Luís Ramalho, fruto do trabalho realizado à frente da JFE nos últimos quatro anos, como o próprio sublinhou. Trabalho esse que na sua voz trouxe melhorias à cidade, um esforço que é da autoria de toda uma equipa, a quem Ramalho publicamente agradeceu, e pegando nesta deixa referiu que o trabalho realizado foi apenas o início da longa caminhada que irá continuar no mandato que agora se inicia, frisando que «a partir de hoje o nosso partido é Ermesinde, e estou certo de que poderei contar com o apoio de todos os eleitos destes órgãos (AFE e JFE) para trabalhar em prol da cidade».
Luís Ramalho que em seguida conduziria os trabalhos da sessão (de forma provisória até ser eleita a nova mesa da AFE), começando pela introdução do ponto alusivo à instalação do executivo da Junta.
Em cima da mesa surgiu uma única proposta de lista, a qual era composta pelo próprio Luís Ramalho, Sónia Silva, Teresa Raposo, Esmeralda Carvalho, João Morgado, Adelino Soares e Carla Celeste Sousa. Colocada à votação (voto secreto) da recém-empossada Assembleia a proposta seria aprovada por unanimidade, residindo à sua volta algumas curiosidades. Desde logo o facto do novo executivo ser maioritariamente composto por “repetentes”, ou seja, para além do próprio Luís Ramalho também as sociais-democratas Teresa Raposo, e Sónia Silva, e ainda a socialista Esmeralda Carvalho, voltam pelo segundo mandato consecutivo a fazer parte deste órgão. Curiosidade ainda o facto de pela primeira vez na história da freguesia o Bloco de Esquerda – através de Carla Celeste Sousa – ter lugar no executivo da Junta, e de a CDU regressar ao órgão – por intermédio de Adelino Soares – após um mandato de interregno.
|
Pelo facto de sete elementos da AFE terem subido ao Executivo houve então a necessidade dos seus lugares serem preenchidos por outros tantos eleitos suplentes, digamos assim, que em seguida tomariam igualmente posse.
E o ponto seguinte foi precisamente a eleição da Mesa da AFE, tendo o PS, por intermédio de Tavares Queijo, apresentado uma proposta de lista, a única a ser colocada à votação. Proposta que indicava o socialista Raul Santos de novo como presidente da Mesa, secundado pelos também socialistas Helena Oliveira (1ª secretária), e António Mota (2º secretário). Uma mesa 100 por cento socialista, que seria aprovada por unanimidade. Já na reta final desta sessão o socialista Tavares Queijo usaria da palavra para proferir uma mensagem de protesto para com as atuais políticas governamentais.
Por:
Miguel Barros
|