FEIRA DO LIVRO
Olhares sobre a Foz do Douro
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Foto URSULA ZANGGER |
A noite do dia 10, de iniciativa do jornal “A Voz de Ermesinde” foi dedicada ao livro “Narrativa da Foz do Douro”, uma obra com poemas de Jorge Velhote, fotografias de Tiago Reis e que contou na mesa ainda com o editor da obra, o arquiteto António E. Teixeira Lopes. Este explicou a ideia do livro, cuja génese aconteceu a meio de um trabalho profissional em que esteve envolvido com Tiago Reis. Por sua vez, este contou como cruzou o seu olhar com o do poeta, o que os unia e o que os separava, o que viam um e outro, e as memórias do avô, apaixonado pelo rio, que ali também surgia. E como se cruzou com os textos, antecedentes, de Jorge Velhote.
Este começou por falar de episódios vividos e daquilo que o cativava numa certa deriva, como aquela que aconteceu neste projeto. Das cumplicidades que se criaram, e da «oportunidade vampiresca de recolher todos [ou quase todos] os textos já escritos sobre o Porto, nesta aventura por um espaço tornado caleidoscópico ou labiríntico.
E o poeta falou de como por vezes se transporta para a fotografia a nossa própria história.
E de como se atinge, por vezes, o divertimento, (ou melhor, diremos nós, a diversão, palavra que parece invocar melhor a deriva sugerida pelo autor), quando este é sinónimo de rutura com o estipulado.
Depois, subindo a Ermesinde, referiu a história de Egito Gonçalves, que contava de como tinha salvo o surrealismo em Portugal. É que, pelos vistos, um dia terá salvado de morrer afogado no Leça a Mário Cesariny.
E numa referência grata ao jornal, gracejou apontando que “A Voz de Ermesinde” poderia ser apontada como uma espécie de Egito Gonçalves que faz sobreviver certos lugares e acontecimentos.
Por:
LC
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