FEIRA DO LIVRO
As tascas do Porto
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Foto MANUEL VALDREZ |
A noite de domingo, dia 7 de Julho, acolheu a apresentação do livro “Os Tascos do Porto”, de Raul Simões Pinto, que a convite da associação cultural Ágorarte, e ainda com a presença na mesa de Carlos José Faria, da sua Direção, abordou o tema em análise.
Raul Simões Pinto começou por defender a necessidade imperiosa de preservar este património da cidade, tão importante pelos petiscos aí oferecidos, pelo convívio, pelas tertúlias e jantares. Hoje existirão cerca de 50, se tantos, tascos ainda abertos, mas entre a altura em que o escreveu e hoje, revela o autor, terão desaparecido uma trintena de tascos e, infelizmente, muitos mais se seguirão.
Os petiscos tradicionais – as tripas, os bolinhos de bacalhau, as iscas, as pataniscas, o presunto – não são tudo nestes estabelecimentos quase familiares. Realmente eles foram fundamentais na criação de uma cultura social, da formação de uma consciência.
Estas pequenas tabernas funcionavam muitas vezes como associações mutualistas, tertúlias políticas, sedes de associações desportivas, locais de criação da cultura popular.
O autor falou então também do movimento dos Amigos das Adegas e Tascos do Porto, no qual pessoas como ele, Hélder Pacheco, Germano Silva e outros, estão envolvidos. E revelou, por fim, um interesse semelhante na Galiza, pelas suas “bodegas”.
Por:
LC
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