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21 % dos portugueses com artrite reumatóide não reconhece que os danos nas articulações são irreversíveis
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Foram apresentados recentemente em Madrid os resultados do maior inquérito, a nível global, com doentes com artrite reumatóide. No total foram entrevistados 10 171 doentes, em 42 países, incluindo Portugal. No nosso país, os resultados mostram que enquanto a maioria dos doentes com artrite reumatóide (92 por cento) dizem que conhecem bastante ou muito sobre a doença, cerca de dois em cada cinco (21 por cento) não reconhece que o dano das articulações, causado pela artrite reumatóide, é irreversível. O Inquérito, respondido de forma anónima, também revela que, comparativamente com aqueles que não têm um plano de controlo da doença, os doentes que têm este plano em conjunto com o seu profissional de saúde são mais confiantes (56 por cento versus 41 por cento) e tiveram mais dias bons do que dias maus (58 por cento versus 44 por cento), quando questionados sobre como se sentiram em relação a viver com artrite reumatóide (na semana que antecedeu a entrevista).
Os resultados do inquérito para Portugal destacam as lacunas de conhecimento entre o que os doentes sabem sobre artrite reumatóide e a forma como estão a gerir a sua doença. Embora cerca de 9 em cada 10 doentes (92 por cento) digam que têm uma boa compreensão da importância do controlo da doença, cerca de oito em cada dez (81 por cento) erradamente concordam que a ausência de dor significa que a sua artrite reumatóide está controlada. Além disso, os doentes mais envolvidos na comunidade de doentes com artrite reumatóide, incluindo aqueles que são membros de associações de doentes e os que interagem com outros doentes com artrite reumatóide, têm mais possibilidades de ter conhecimento sobre o assunto e participar ativamente na controlo da sua doença. O inquérito conclui também que, metade dos doentes com artrite reumatóide dizem que o seu trabalho e carreira ou capacidade para trabalhar foram afetados negativamente pela doença, e mais de um em cada três destes doentes diz que já tiveram que se ausentar (36 por cento) ou parar de trabalhar durante um período de tempo (32 por cento).
«Fui surpreendido ao ver que, apesar de mais de quatro em cada cinco doentes reconhecerem que a artrite reumatóide é uma doença grave, progressiva e destrutiva (97 por cento), apenas 56 por cento têm a decorrer um plano de controlo da doença», referiu Arsisete Saraiva, Presidente da ANDAR. «Existe claramente uma necessidade dos doentes e médicos trabalharem em conjunto para desenvolverem uma estratégia de longo prazo para gerir a artrite reumatóide. Se não for controlada de forma adequada, com o tempo, a artrite reumatóide em estado avançado pode resultar na destruição permanente das articulações, invalidez e perda de trabalho».
Na base da iniciativa Juntos Contra a AR está uma promessa. Com o apoio do seu comité consultivo global e de mais de 40 doentes e organizações médicas de todo o Mundo, o Juntos Contra a AR emite um alerta para aumentar o envolvimento dos doentes no controlo da artrite reumatóide. Os doentes são encorajados a visitar o site www.RAJointheFight.com para assumir o compromisso de conversar e colaborar com o seu médico no sentido de desenvolver um plano de controlo da sua doença.
«É interessante ver aspectos das minhas experiências pessoais enquanto doente com artrite reumatóide refletidos também nas respostas de mais de 10 000 outros doentes em todo o Mundo», disse Arsisete Saraiva e sublinha, que «quanto mais os doentes estiverem envolvidos no controlo da artrite reumatóide, melhor se vão sentir em relação à doença. É por isso que pedimos aos doentes o compromisso de falarem com o seu médico sobre as suas experiências com a artrite reumatóide e os seus objetivos para o futuro».
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