Hospital Privado de Alfena abre consulta especializada em dor crónica
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Foto ARQUIVO URSULA ZANGGER |
Os efeitos da incapacidade crónica, bem como os efeitos familiares, sociais e financeiros inerentes explicam os custos superiores a três mil milhões de euros associados à dor crónica em Portugal.
Estes dados decorrem de um estudo sobre a prevalência de dor crónica na população adulta em Portugal, e que afetam cerca de 36% da população adulta. Ou seja, cerca de três milhões de pessoas sofre de dor crónica.
Atento a esta problemática o Hospital Privado de Alfena decidiu abrir ao público uma consulta especializada em “Dor Crónica”.
Nestas consultas após a referência à consulta da dor proceder-se-á a uma avaliação completa, com história clínica detalhada e realização de exames de diagnóstico que se considerem necessários de modo a despistar o problema e atenuar futuras complicações na saúde pessoal.
CONFERÊNCIA
“COMUNICAÇÃO
E SAÚDE”
Refira-se também que o Grupo Trofa Saúde realizou no passado sábado, dia 12 de maio, nas instalações do Hospital Privado de Alfena – unidade do Grupo –, uma conferência subordinada ao tema “Saúde e Comunicação”.
Rui Nunes, professor catedrático de Bioética da Universidade do Porto, que participou na conferência, declarou que «o Serviço Nacional de Saúde deve ter ganhos de eficiência e pode utilizar exemplos do sistema privado para combater o desperdício».
Perante uma plateia repleta de profissionais de Saúde, Rui Nunes salientou que no atual paradigma da saúde, «os profissionais e os utentes têm de tomar opções estruturantes. O SNS ( Serviço Nacional de Saúde) tem quarenta ou 50 anos e foi criado na base de conquistas sociais. A decisão dos próximos tempos é saber se se deve abrir mão dos valores conquistados».
Para o professor catedrático de Bioética da Universidade do Porto é necessário reformular o sistema de modo a que existam «ganhos de eficiência idênticos aos dos privados», acrescentando que alguns serviços de saúde pública podem ser descentralizados, «passando a sua gestão para sociedades de gestão e participação democrática» de modo a evitar colapsos, se nada for feito.
A conferência “Comunicação e Saúde” que contou, ainda com a presença de Marta Ferraz, assessora da Entidade Reguladora de Saúde, Lúcia Gonçalves, jornalista da SIC e Artur Osório, diretor clínico do Conselho de Administração do Grupo Trofa Saúde, serviu para analisar algumas das preocupações dos profissionais de saúde sobre a “ferocidade” com que as informações da saúde são tratadas e difundidas, por «vezes sem olhar a consequências».
Artur Osório defende que todos os atos clínicos, todos os comportamentos exercidos num hospital, devem corresponder a valores e a processos comportamentais que revelem a identidade do Grupo Clinico Trofa Saúde. «Temos essa preocupação em todos os processos definidos. Desde a comunicação interna à externa, os nossos valores refletem a nossa qualidade, a excelência, o rigor com que tratamos os nossos doentes (...)».
Um dos temas que suscitou enorme atenção nesta conferência foi a importância da informação que é prestada ao doente e os mecanismos ao seu dispor. Para todos os profissionais de saúde presentes é cada vez mais preocupante a propagação de informações sobre saúde na internet pois, salientaram, «a esmagadora maioria dos dados são fraudulentos, desatualizados ou induzem a comportamentos, muitas vezes de risco».
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