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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 15-10-2011

    SECÇÃO: Tecnologias


    Manifesto do Hackmeeting 2011

    A 21, 22 e 23 de outubro 2011 vai realizar-se na Corunha, Galiza, um novo Hackmeeting (o 12º).

    Mas este ano também dele haverá repercussões em Portugal (pelo menos no Porto, através dos ativistas do Hacklaviva, agora na Es.Col.A).

    Em baixo, um texto de perguntas frequentes e respetivas respostas da experiência galega pode dar uma ideia melhor do que aqui se trata (a tradução é livre e da responsabilidade de “A Voz de Ermesinde”.

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    O direito a uma informação livre que se converta num saber livre é um dos pilares sobre os quais assentou desde sempre o Hackmeeting. Mas é muito mais do que isso.

    Este ano em que a indignação tomou as praças, em que os direitos de autor estão no ponto de mira da Lei, aprova-se uma lei na Europa para que o copyright perdure até 70 anos em vez de 50 enquanto os cortes nas despesas sociais dos organismos públicos nos põe a muitos de nós na rua.

    Há motivos pois para o prazer de nos encontrarmos e pensar, de ensinarmos e compartilhar.

    Hackers, hacktivistas, nerds, lurkers, hobbistas da tecnologia, geeks e outras personalidades friques voltemos a pôr mãos à obra para bit a bit e pingue a pingue implementar outro HackMeeting.

    Para entrecruzar os fios do social, da tecnologia e da política a partir da autogestão, de um espaço horizontal em que desapareça a distinção entre quem programa e quem usa, entre servidores e clientela nos protocolos das pessoas.

    Agora que em cada dia se esquece a ideia essencial do software livre enquanto as grandes empresas se congratulam com os êxitos do modelo aberto de produção, admiramo-nos de que a crescente complexidade dos seus joguetes nos dificulte cada vez mais a sua desmontagem.

    Assim só nos resta dizer:

    A vós, poderes políticos e financeiros, cansados gigantes de carne e aço, vimos da praça, origem milenar dos fóruns populares, ágora sempiterna do debate, cenários vivos da criatividade dos seres humanos.

    Desde aqui, de novo, queremos recuperar o poder que em alguma ocasião institucionalizastes, burocratizastes, e de salto, pô-lo num baud, e lançá-lo à supersónica velocidade do neutrino a tantas cabeças ressoantes que seja possível, as nossas, porque todas são as nossas.

    E a isso agora chamamos MeigaHacks (MagiHacks), porque o bit se nos enche de terra, de ervas medicinais, de tempo passado, porque a ciência já não nos cura nem as academias nos ensinam. Mas as redes sim, os bosques, os howtos, os wikis, os faqs dos saberes ancestrais. A ver como tudo é mistério e a envolver-nos num gorro magihack de pensar e contemplar com o que nos brindam estas feiticeiras computorizadas.

    Por: Meighacks

     

     

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