MIT – MOSTRA INTERNACIONAL DE TEATRO 2010
A arte de saber contar uma história
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Foto MANUEL VALDREZ |
No dia 19, depois do espectáculo de Enano, na grande sala de espectáculos do Fórum Cultural, seguiu-se o café-teatro, no andar de cima, com um espectáculo intitulado “A Vida Dura”, e a presença de Quico Cadaval, contador de histórias.
Foi um dos momentos felizes do MIT 2010, ou melhor, acabaram por ser dois momentos felizes, pois Cadaval, para o público, pelo menos, inesperadamente, foi convidado no dia seguinte, depois de José Rosa em “Alandelão...”, a contar mais histórias e, quem o faz com o gozo e mestria que demonstrou, não pode fazer-se rogado.
Um dos segredos da arte de Quico Cadaval é que ele nos faz entrar no seu círculo de intimidade, começando por criar assim uma grande cumplicidade com o público, ao falar da sua família, da sua aldeia, da sua região, e dessa forma acaba por dar um sentido de grande verosimilhança às suas histórias.
Depois foi ver a arte de desconcertar e surpreender.
Por exemplo, no primeiro dia, e depois de contar algumas pequenas peripécias humorísticas e quando os espectadores esperaravam mais do mesmo, apanhou-os com uma história macabra “passada com um seu amigo”. E logo a seguir quando tudo o fazia supor, se preparava para outro conto negro, eis que, de repente tudo se dissolve de novo pelo humor.
E Cadaval explicou o nome e a arte desta técnica, para a audiência se descontrair um pouco.
No último dia, contou, divinamente!, um belo conto árabe, cuja construção é uma filigrana, ou melhor um arabesco!
Por:
LC
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