CICLISMO
Casactiva/Quinta das Arcas/Madeilongo/UCS apura o físico com vista à nova temporada
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Foto VAZ MENDES |
A equipa de ciclismo da Casactiva/Quinta das Arcas//Madeilongo/União Ciclista de Sobrado (UCS) efectuou – no final do ano de 2007 – o seu segundo estágio de pré-época, o qual teve a duração de três dias, desta feita já com a utilização das bicicletas de estrada, que serviu para aperfeiçoar o trabalho técnico colectivo, pois a equipa conta com seis caras novas. Sob a orientação do preparador físico Valter Sousa, os ciclistas cumpriram um plano que incluiu ainda uma caminhada, treino de ciclismo indoor e natação.
Naturalmente que a integração dos novos corredores assume importância de vulto, tanto mais que a aposta feita aponta no sentido do reforço da equipa com o intuito de entrar em todas as provas para ganhar, nomeadamente o Troféu RTP e a Volta a Portugal do Futuro. Por isso, estes estágios serviram, para lá da especificidade dos treinos, para que o grupo fortalecesse os laços de amizade, no intuito de que a sua adaptação se processe de forma fácil, aliás, como tem vindo a acontecer.
AS CARAS NOVAS...
Seguidamente iremos apresentar uma a uma as seis caras novas (cinco deles na imagem) da equipa orientada por José Barros, bem como as suas primeiras impressões e ambições para a nova temporada.
Começamos por Marco Cunha (ex-Madeinox/Bric//Loulé), de 20 anos, um ciclista que foi profissional nos dois últimos anos, o que equivale a dizer que já correu duas Voltas a Portugal, mas encara com naturalidade este seu novo desafio num conjunto do escalão Sub-23: «Já sabia que a Casactiva/Quinta das Arcas/Madeilongo/UCS era uma das formações mais fortes do pelotão, por isso foi com muito agrado que recebi o convite do José Barros. Estes dois estágios foram muito importantes, pois nota-se que há organização e um grande companheirismo», referiu o vigoroso sprinter nascido em Paços de Brandão, naturalmente ansioso por dar nas vistas para tentar de novo o ingresso numa formação profissional.
Já Jorge Teixeira (ex-ERA//Mortágua/Siper), de 21 anos, garante ter uma «sensação muito boa» quando perspectiva o futuro, ele que terá de fazer valer os seus dotes de trepador nas etapas mais duras. «Está tudo a correr muito bem, a adaptação tem sido fácil, e já deu para perceber que dispomos de uma equipa homogénea, possivelmente até a melhor das que irão compor o pelotão Sub-23», sustentou o jovem corredor natural de Paredes.
Luís Moreira (ex-ERA//Mortágua/Siper), de 20 anos, revelou-se também «muito satisfeito» com esta sua nova experiência, salientando a importância do colectivo. «Já conhecia a equipa e sei que aqui há condições para se trabalhar bem. Creio que o grupo está muito unido, o que é importante para chegar ao êxito. Sou mais um para ajudar a equipa e, se puder, não deixarei de tentar o sucesso pessoal», deixou bem vincado o jovem corredor natural de Penafiel.
Por seu turno, Hélder Magalhães (ex-Riberalves/Boavista), de 24 anos, é um ciclista já bem mais experiente por ser da categoria Elite – face aos regulamentos é permitida a utilização de dois ciclistas com mais de 23 anos – , e que, tal como acontece com Marco Cunha, já participou em duas Voltas a Portugal. «Este pode ser um ano importante para o meu futuro. Ingressei numa equipa muito coesa, forte e ambiciosa, e por isso as expectativas são enormes», referiu o credenciado corredor nascido em Vila Flor, que irá tentar afirmar-se em pleno como exímio trepador.
Bruno Silva (ex-ERA/Mortágua/Siper), de 19 anos, tem no seu currículo o prémio de melhor ciclista jovem na edição do Troféu RTP da época transacta. “Esta equipa é formada por excelentes corredores e vai para a estrada com a ideia de vencer muitas corridas, sabendo que os adversários também têm muito valor. Estou aqui para dar o meu melhor em prol do conjunto e crescer como ciclista, pois gosto muito da modalidade”, referiu o jovem rolador nascido em Paredes, em quem estão depositadas fundadas esperanças.
Por último, Joel Lucas (ex--ACD/Milharado), de 18 anos, é o benjamim da Casactiva//Quinta das Arcas/Madeilongo/UCS. Natural de Torres Vedras, cidade com fortes tradições no ciclismo, é na equipa de Sobrado que irá tentar começar a demonstrar mais a sérios as suas características de rolador. «Estou a gostar muito desta nova experiência e os meus colegas têm sido extraordinários, o que é sempre bom para a união do grupo. A equipa é muito boa e cá estou para ajudar naquilo que puder, sabendo que tenho ainda de aprender muito», sublinhou o jovem corredor da formação sobradense.
VALTER SOUSA: «NOTEI QUE HOUVE TRABALHO DE CASA»
A preparação de uma equipa de ciclismo requer uma planificação cuidada, tanto mais que os corredores, oriundos de vários pontos do país, não estão sempre juntos, mesmo até nos períodos que antecedem as várias competições. Cumpridos dois estágios – o primeiro ocorreu em finais de Novembro –, a nota do professor Valter Sousa é positiva, sinal de que os corredores estão a corresponder ao que deles se exige.
Contratado para planificar a temporada que se avizinha, Valter Sousa foi o responsável pela elaboração dos dois estágios já efectuados, bem como do plano de treinos que os ciclistas têm fazer durante o dia-a-dia. «Desta feita tive a oportunidade de conhecê-los melhor e, pelas indicações dadas, notei que houve trabalho de casa, sinal de que os ciclistas estão a trabalhar bem. Claro que há correcções a fazer e todos eles levaram uma planificação específica, incidindo em aspectos que têm de melhorar», explicou.
Por: MB/Vaz Mendes
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