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    Arquivo: Edição de 15-10-2007

    SECÇÃO: Local


    José Luís Pinto actualiza para os rotários de Ermesinde processo Corrente Rio Leça

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    O vereador José Luís Pinto, responsável no concelho pela pasta do Ambiente, foi o orador convidado pelo Rotary Club de Ermesinde para uma palestra sobre a requalificação do rio Leça, que decorreu na Churrasqueira de Ermesinde, local habitual dos encontros rotários, na noite do passado dia 1 de Outubro.

    Cumpridas as formalidades habituais do cerimonial rotário, sob a orientação do actual presidente do Protocolo – que agradeceu a presença de José Luís Pinto para a sua palestra sobre a requalificação do Leça – e a presença da equipa de “A Voz de Ermesinde” (que agradecemos) –, usou da palavra o presidente em exercício do Rotary Club de Ermesinde, Manuel Sobral Pires, que agradeceu igualmente a disponibilidade de José Luís Pinto e anunciou que a próxima homenagem a um profissional iria distinguir o engenheiro Manuel Braga Lino, numa cerimónia que terá lugar no próximo dia 22 de Outubro.

    Após estes momentos iniciais foi então a vez de José Luís Pinto falar sobre o projecto Corrente Rio Leça, seus antecedentes, objectivo e a forma como está a decorrer.

    O vereador começou por apontar, mais que justificando assim a sua (e a nossa) presença perante o distinto auditório, que um dos grandes objectivos deste projecto era a comunicação.

    Abordou depois a situação do rio Leça, cuja degradação em vários aspectos em muito contribuiu para a criação, em 1994, do Conselho de Bacia, com a presença de 32 participantes e que foi funcionando até 2002.

    Foi por essa altura que a edilidade valonguense se lançou num projecto-piloto de requalificação do rio Simão, um curso de água de muito inferior caudal e comprimento, mas que padecia de males muito semelhantes àqueles de que o Leça padecia.

    O rio Simão está intimamente ligado à cidade de Valongo, que atravessa, e era então um rio muito poluído, o que José Luís Pinto considera definitivamente ultrapassado, salvo um ou outro pequeno problema pendente.

    Aproveitando o curso do rio Simão e a requalificação das suas margens, apareceu também a ideia do Parque da Cidade de Valongo, que foi um projecto adicional.

    Este projecto de requalificação do rio Simão veio a merecer à autarquia – lembrou José Luís Pinto –, um prémio de “Boas Práticas Locais para o Desenvolvimento Sustentável”.

    Em 2005, e dado que nada se concretizava dos estudos produzidos no âmbito do Conselho de Bacia do Leça, a autarquia valonguense, estribada na experiência adquirida com a requalificação do rio Simão, decidiu avançar para um projecto de requalificação do Leça, lembrou José Luís Pinto que, acrescentou, que era também ideia da Câmara não adjudicar essa requalificação a nenhuma empresa.

    A primeira reunião, lembrou ainda, teve lugar em Dezembro de 2005 e a apreciação final do projecto entretanto elaborado, como sabemos, já em 2007.

    O responsável autárquico pelo Ambiente caracterizou depois o Leça e a sua bacia, e a infra-estrutura urbana envolventes: no concelho são 52 mil habitantes e uma rede de 160 quilómetros de saneamento, mas a bacia hidrográfica, fora o concelho de Valongo e aqueles que o rio directamente percorre – a montante Santo Tirso, a juzante Maia e Matosinhos, tem ainda braços no concelho do Porto (ribeira da Asprela, um dos seus maiores poluidores) e Trofa.

    O rio, de qualquer modo, esclareceu José Luís Pinto, com o engrossar da malha urbana, em vez de ganhar, perdeu inportância, sendo muitas das casas à sua volta construídas contra o rio – que fica de costas.

    Aqui, o autarca juntou também uma informação sobre a ETAR de Ermesinde, uma das vertentes da requalificação do Leça em curso, estrutura que será objecto de um tratamento terciário. As obras a acabar no final do ano – prometeu – deverão tapar os tanques de tratamento de lamas, reduzindo substancialmente os maus cheiros sentidos nas imediações.

    Classificou depois os principais objectivos do projecto Corrente Rio Leça: atacar as fontes poluidoras, melhorar a qualidade da água, corrigir deficiências das infra-estruturas.

    MÉTODOS E OBJECTIVOS

    Como métodos de actuação, privilegia-se uma atitude ambiental sustentada, trabalha-se com a população escolar e recorrre-se em grande parte ao voluntariado.

    Ao mesmo tempo, depois de definidos os parceiros do projecto e os seus sponsors, definiu-se uma corrente de actuação de responsabilidades inequívocas onde cada um sabe qual é o seu papel [para uma informação mais detalhada do projecto e seus componentes podem os leitores consultar “A Voz de Ermesinde” n.º 773, de 28 Fev. 07]. Neste momento, anunciou ainda o vereador, uma equipa reforçada de 15 pessoas (inicialmente previam-se menos) está a percorrer o concelho – Ermesinde e Alfena – no sentido de ajudar a detectar situações anómalas no que diz respeito às redes de saneamento.

    Há também já uma equipa a preparar o trabalho na área jurídica e administrativa, por via de eventuais processos de contra-ordenação a promover contra quem voluntariamente continue a poluir. A Câmara sabe que muitos munícipes podem estar a poluir sem o saber, em virtude de ligações de saneamento erradas. A empresa Veolia (Águas de Valongo) definiu métodos simples de realizar um diagnóstico que qualquer munícipe pode efectuar.

    Existe uma página na internet para acompanhar todo o processo: http://www.correnterioleca.com.

    No final, num período de perguntas e respostas, alguns rotários questionaram o vereador, caso de José Serdoura, entre outros, que quis saber da existência ou não de coordenação entre os municípios a montante e a juzante, tendo José Luís Pinto adiantado a cooperação nascente com a autarquia da Maia (com o envolvimento do vereador do pelouro do Ambiente Tiago Silva, e o interesse recente da Junta Metropolitana do Porto em patrocinar a intervenção no Leça.

    Por: LC

     

     

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