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    Arquivo: Edição de 30-09-2007

    SECÇÃO: Tecnologias


    As propostas de formação e uso de tecnologias criativas da Audiência Zero

    A associação portuense Audiência Zero (AZ), ainda sem local próprio, mas a desenvolver as suas actividades em cooperação com o projecto Porto Digital, «foi idealizada como um espaço público de integração, intervenção e desenvolvimento, onde pessoas com objectivos semelhantes possam reunir esforços que possibilitem a realização conjunta de projectos artísticos, culturais e educacionais».

    Com órgãos sociais eleitos em Fevereiro de 2007, Ricardo Lobo é o actual presidente da Direcção.

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    Como objectivo da associação Audiência Zero estão «a gestão profissional e apoio à profissionalização dos agentes culturais, a organização descentralizada e a intervenção indirecta em vários pontos do país através de grupos autónomos, a promoção de parcerias e colaborações que possibilitem uma produção cultural e artística coerente e consistente, o fornecimento de instrumentos de intervenção aos associados para que se possam envolver na actividade regular da associação e a promoção de uma atitude atenta, activa e crítica perante a realidade cultural portuguesa».

    No terreno, a AZ está neste momento a desenvolver dois projectos – o Eixo Norte--Galiza e o Centro de Tecnologias Criativas.

    Quanto ao primeiro, pretende promover a dinamização cutural e «interacção entre os mundos artísticos» das regiões Norte de Portugal e Galiza, nomeadamente patrocinando «projectos relacionados com a música, com o cinema ou qualquer outra expressão artística».

    O segundo – que, nesta página, mais nos interessa – o Centro de Criatividade e Tecnologia (http://www.audienciazero.org/cct/component/option,com_frontpage/Itemid,1/), «apresenta-se como um projecto de criação, formação e produção em áreas criativas com suporte tecnológico». A ideia é que as três componentes se possam vir a unificar, numa rede «composta por indivíduos que partilhem informação, conhecimento e demais recursos, para atingirem os objectivos culturais e sociais que se propuserem atingir».

    Na prática, a AZ pretende dinamizar «eventos, cursos, workshops, criação de obras, etc, etc.».

    CURSOS E WORKSHOPS COM

    RECURSO AO SOFTWARE LIVRE

    Segundo os propósitos da AZ, «a primeira das três componentes referidas a ser posta em prática é a formação. Cursos e workshops serão delineados de forma a alargarem ao público não especializado a utilização de ferramentas criativas e a explorarem potencialidades variadas. O lançamento do projecto foi acompanhado de um programa de workshops».

    «Na medida em que a tecnologia envolvida na produção artística depende significativamente da informática, realidade que se consolida hora a hora – considera a AZ – o projecto Centro de Criatividade e Tecnologia apostará, a este respeito, na utilização de software livre.

    O elemento definidor deste género de software é a liberdade concedida ao utilizador em relação ao uso, cópia e modificação das aplicações. Como consequência prática das suas liberdades constituintes, o software livre é comummente distribuído de forma gratuita, o que o torna acessível a qualquer pessoa».

    Finalmente, ressalva a associação, o projecto «não tem como principal objectivo caminhar em direcção à criação de profissionais ou agentes especializados. Antes disso, pretende levar um manancial de conhecimentos básicos, mas relevantes, à população geral, tentando influenciar positivamente a atitude desta perante a criatividade, a arte, a cultura, o conhecimento e a tecnologia. Mesmo quando dirigido a um público específico, a ênfase será colocada na complementaridade das disciplinas».

    A AZ anuncia ainda que «a acessibilidade do projecto será promovida através da eleição da Internet como meio prioritário para a partilha de informação e para o estabelecimento de redes de contactos. Será igualmente fundamental a esta desejada acessibilidade a realização de iniciativas com baixos custos ou mesmo de forma gratuita quando o destinatário for a população escolar. Por fim o projecto será tanto mais acessível quanto maior for a sua distribuição geográfica, algo que se pretende garantir através da itinerância das iniciativas».

    No site da Audiência Zero dedicado a esta área de intervenção, são já anunciadas as primeiras acções de formação, que incluem workshops, a realizar de Outubro a Dezembro sobre Modelação em Blender (ferramenta de software livre 3D) – Introdução, Imagem Digital – Introdução, Animação em Blender, Materiais e Texturas em Blender, Tratamento de Fotografia com GIMP (ferramenta de tratamento de imagem com propósitos análogos ao Photoshop da Adobe, Imagem Vectorial com Inkscape (ferramenta de desenho vectorial gratuita e livre, como Freehand, Illustrator ou Corel Draw) e Áudio Livre.

    O primeiro workshop previsto – Modelação em Blender (Introdução) terá como conteúdos programáticos o interface do Blender, criação, manipulação e edição de objectos, utilização de modifiers e utilização de funções especiais de modelação, sendo formador Luís Belerique. A acção de formação decorrerá a 13 e 14 de Outubro. O workshop de Introdução à Imagem Digital conterá matérias básicas de imagem digital, teoria das cores, introdução ao interface do GIMP, selecções, transformações, caminhos, camadas, ferramentas de pintar e colorir, ferramenta de texto e filtros. Decorrerá também a 13 e 14 de Outubro e será formador Daniel Bento.

    O workshop de Animação em Blender – que se realiza em 27 e 28 de Outubro, será ministrado por Luís Belerique e compreende matérias como introdução à interface do Blender, criação e modificação de objectos, animação de translacção, rotação e escalamento de objectos, animação de deformação de objectos com shape keys, animação de objectos ao longo de um caminho, controlo de câmara, edição de curvas de movimento, sincronização de animação com som e renderização de filmes.

    O Workshop de Materiais e Texturas em Blender, ainda da responsabilidade técnica de Luís Belerique, decorrerá a 10 e 11 de Novembro, sobre matérias como introdução à interface do Blender, criação de objectos, aplicação e configuração de materiais, efeitos de transparência, reflexão e refracção, aplicação de texturas a materiais, texturas procedurais, utilização de imagens como texturas e mapeamento de texturas.

    O Tratamento de Fotografia em GIMP será orientado por Daniel Bento, nas datas de 17 e 18 de Novembro, compreendendo matérias como introdução ao tratamento de fotografia digital, relembrar selecções, correcção de exposição, tonalidade e cor, limpar imagens, reconstrução, e colorir imagens a p/b de forma realista.

    O workshop de Imagem Vectorial com Inkscape decorrerá a 24 e 25 de Novembro, sendo formador Daniel Bento, e abordando matérias como o interface do Inkscape, criar e transformar formas, linha e preenchimento, duplicação, alinhamento e distribuição, texto, operações boleanas e vectorização automática.

    Finalmente, o último workshop programado está agendado para 1 e 2 de Dezembro, sendo formador Ricardo Lobo, que é, aliás, o coordenador de todas as acções de formação. Este workshop abordará conceitos básicos do áudio digital, hardware de áudio, áudio e MIDI em software livre, edição elementar de áudio, introdução ao MIDI, sintetizadores, bancos de sons, plugins e masterização. As inscrições podem ser feitas no site do Centro de Criatividade e tecnologia da Audiência Zero, variando a inscrição, conforme os workshops, entre 20 e 25 euros.

    Por: LC/AVE

     

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