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    Arquivo: Edição de 15-10-2006

    SECÇÃO: Destaque


    PS: “Concelho de Valongo continua à deriva e com gravíssimos problemas”

    Numa conferência de imprensa realizada a 9 de Outubro passado, no novo gabinete de trabalho da vereação socialista sediado no Edifício Dr. Faria Sampaio, Maria José Azevedo fez um balanço, por assim dizer, daquilo o que foi o primeiro ano - pós eleições autárquicas de 2005 - de mandato do PSD à frente dos destinos da autarquia. E para os socialistas de Valongo a realidade do concelho não poderia ser pior, ou seja, Valongo continua a ser um concelho à deriva e “habitado” por gravíssimos problemas, onde praticamente nada mudou no último ano.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Não poderia ter sido mais “negro” o quadro apresentado por Maria José Azevedo em relação ao que foi feito no concelho de Valongo pela maioria PSD na Câmara Municipal ao longo do último ano.

    Segundo a vereadora o concelho continua a conviver com os mesmos problemas detectados pelos socialistas há pouco mais de um ano – aquando da apresentação ao eleitorado do programa da lista do PS à Câmara Municipal de Valongo (CMV) – num rigoroso diagnóstico feito na altura às cinco freguesias valonguenses.

    Assim, Maria José Azevedo começou por recordar alguns dos pontos a serem, na altura, urgentemente alterados – e que pelos vistos ainda “hoje” continuam a carecer dessa urgência –, detectados nesse diagnóstico, como por exemplo a conclusão do PDM (Plano Director Municipal) que há cinco anos (agora seis) continuava em revisão (!). «Um ano depois continuamos sem PDM revisto, e a pressão urbanística que castigou Ermesinde, ameaça agora a freguesia de Alfena, enquanto continuam a crescer, por todo o lado, supermercados e hipermercados, aparentemente, sem critério», referiu. Outro ponto focado pela socialista foi o “falhanço completo” da Nova Valongo, que na visão do PS não passou de «um projecto com muita especulação imobiliária e que resultou na existência de mais de 4 000 fogos devolutos e/ou com as obras por terminar, numa zona onde não foi criada cidade (nem comércio, nem serviços, apenas a Biblioteca Municipal isolada, num ermo)».

    As ausências de um sistema de transportes que ligue as cinco freguesias do concelho entre si a à sede do concelho; de uma política de apoio sustentado às diversas instituições de solidariedade social, de cultura, e de desporto; de um projecto de despoluição para os rios Leça e Ferreira, foram outras das urgências diagnosticadas pelo PS, na altura, e para as quais ainda nada foi feito pelo Executivo liderado por Fernando Melo.

    AS PROMESSAS

    NÃO CUMPRIDAS

    DO PSD

    foto
    Mas não se ficou por aqui o “quadro negro” do concelho de Valongo “pintado” pela vereadora do PS, enumerando em seguida as promessas eleitorais feitas há um ano atrás pelo PSD, «promessas que não passaram, até ao presente, de promessas», frisou. Na lista das “promessas não cumpridas” pelos sociais-democratas, Maria José Azevedo destacou a instalação do polo de Ensino Superior, o já referido término da revisão do PDM, a construção de acessos à Zona Industrial de Campo, o tão prometido e badalado novo tribunal, a despoluição do rio Leça, ou ainda, a construção da grande promessa eleitoral de Fernando Melo para Ermesinde, mais precisamente o novo mercado desta freguesia.

    «Em termos políticos o concelho foi governado doze anos por um poder que se auto intitulava “cansado”, “sem criatividade”, e minado por “poderes paralelos complicados”. Um ano depois verifica-se que o cansaço e saturação da maioria PSD se mantêm (...), e esse cansaço manifesta-se na aparente ligeireza com que são tomadas decisões importantes com reflexos na gestão financeira da autarquia», podia ler-se no comunicado distribuído pelos socialistas à comunicação social. E porque se falou em finanças Maria José Azevedo deu a conhecer o facto de a Inspecção-Geral Tributária ter detectado na empresa municipal Vallis Habita a falta de pagamento de IRC num valor acima dos 4 milhões de euros, situação esta para a qual os socialistas haviam já dado o alerta aquando da apreciação do Orçamento e Plano de Actividades, do ano passado, e do Relatório e Contas, deste ano, da empresa.

    Frisaria ainda o facto de o Programa Polis ter recusado o financiamento de parte da construção do Edifício Dr. Faria Sampaio depois de saber que a Câmara de Valongo pretendia alienar parte daquele espaço. E por falar neste novo edifício ermesindense, a socialista informaria ainda que o Tribunal de Contas havia recusado um visto ao contrato de trabalhos a mais da empreitada de construção da estrutura.

    E é com base nesta análise «muito dura, mas que é a realidade» que os socialistas continuam a argumentar que o concelho de Valongo continua na cauda dos concelhos da Área Metropolitana do Porto.

    Por: Miguel Barros

     

     

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