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Foto MANUEL VALDREZ |
REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO
Apoios ao desporto (ou falta deles) e situação da Lear na agenda da Câmara
Embora não estivesse inicialmente previsto para a Ordem de Trabalhos desta sessão, a situação na empresa Lear foi um dos assuntos em destaque na reunião pública da Câmara de Valongo do passado dia 4 de Maio.
O outro grande tema desta reunião prendeu-se com a definição de regras para a atribuição de subsídios às colectividades desportivas do concelho. Mário Duarte tentou fundamentar o acerto das medidas mas, coincidência ou não, elas foram consideradas extremamente penalizadoras e injustas pelas duas maiores colectividades ermesindenses – Ermesinde Sport Clube e CPN.
Outros aspectos abordados na reunião foram o palco da próxima Feira de Artesanato (Maria José Azevedo defendeu que fosse no Largo do Centenário), proposta que mereceu a desaprovação de Fernando Melo.
A política desportiva da Câmara foi um dos assuntos em destaque na última sessão pública da Câmara Municipal de Valongo (CMV).
Os contratos-programa de desenvolvimento desportivo eram um dos pontos mais importantes previstos para discussão.
Esteve a cargo de Mário Duarte, o vereador responsável do pelouro, apresentar as justificações e os critérios agora postos em prática e que geraram a insatisfação de diversas colectividades, entre elas as duas principais colectividades desportivas ermesindenses.
Segundo o autarca, e dada a situação de falta de recursos da CMV, não era possível a atribuição de um bolo maior. A questão punha--se era na forma de distribuir esse bolo.
O autarca enunciou então as regras que fundamentaram a atribuição de subsídios para esta época e que seriam: 1º – O número de atletas das camadas jovens (independentemente das modalidades; 2º – O uso das instalações camarárias ou a sua dispensa; 3º – O recebimento de taxas cobradas aos atletas ou não.
O autarca enunciou ainda uma quarta regra, a que chamou de “almofada”, tendente a atenuar a grande quebra de expectativas relativamente ao ano anterior por parte de algumas colectividades.
Seriam estas as verbas a vigorar este ano, tendo ainda o autarca referido, como resposta a uma questão colocada pelo socialista António Gomes, que via bem a hipótese de, no próximo ano, se incluir ainda uma regra de excelência de objectivos, que se destinaria a compensar os clubes que obtivessem resultados desportivos a destacar.
O autarca adiantou, todavia, que mesmo os subsídios atribuídos este ano, eram, na consideração da Inspecção-Geral de Finanças, exagerados para a situação da Câmara, o que levou António Gomes a protestar pela manifesta ingerência.
Ouvidos posteriormente pel’”A Voz de Ermesinde”, tanto o CPN como o Ermesinde SC consideraram-se espoliados pela Câmara, pois além destes subsídios virem a ser entregues com muito atraso em relação aos compromissos dos clubes, eram muito abaixo da sua natural expectativa, baseada pelo menos nos valores da época anterior.
ZIF’s E FEIRA DE ARTESANATO
A realização da Feira de Artesanato no Largo do Centenário, proposta apresentada por Maria José Azevedo e que corresponderia à vontade dos comerciantes do centro de Valongo, foi liminarmente recusada por Fernando Melo, por trazer um incomportável aumento dos custos.
Outro assunto de natureza pública a merecer destaque foi a das candidaturas às zonas de intervenção florestal, estranhando os socialistas a não indicação da Câmara de Valongo como uma das entidades contempladas. José Luís Pinto responderia que a candidatura tinha realmente sido instruída, mas dado que grande parte da zona de potencial intervenção está nas mãos de privados, era obrigatório que estes também apresentassem a sua candidatura, que em contrapartida exigia investimentos que, até agora, estes não têm mostrado vontade em concretizar.
Por:
LC
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