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Foto MANUEL VALDREZ |
Miguel Santos defende reconversão profissional
Outra presença notada às portas da Lear, esperando novidades resultantes das muitas e longas reuniões tidas entre a administração da empresa e os representantes dos trabalhadores, foi a do social-democrata Miguel Santos. Uma oportunidade aproveitada pela “A Voz de Ermesinde” para obter uma breve declaração do deputado do PSD – foi assim que Miguel Santos expressamente se apresentou no local, e não como vereador da Câmara Municipal de Valongo – que começou por dizer que este é um processo acompanhado pelo seu partido há já longos meses. Um acompanhamento que tem sido feito em consonância com os representantes do SINDEL, estrutura sindical que, na opinião de Miguel Santos, está a tomar o caminho certo com vista à defesa dos direitos dos trabalhadores. «Pelo que temos visto, o SINDEL está a fazer um bom trabalho em todo este processo. Tem agido única e exclusivamente na perspectiva da defesa dos trabalhadores, porque entendemos que esta é uma matéria grave, de grande responsabilidade, e onde está em causa apenas o interesse dos trabalhadores, não sendo por isso uma matéria que deva ser politizada ou partidarizada. Nesse sentido já tivemos várias reuniões com o SINDEL, tendo colaborado com eles no sentido de seguir uma estratégia de acordo com aquilo que os trabalhadores entendam ser o melhor para defender os seus interesses. Esta situação que agora se vive no seio desta comunidade de trabalhadores desde cedo foi transmitida pelo SINDEL como irreversível. Uma situação que resulta do facto de vivermos numa economia global e de existir uma empresa que, a termo, se irá deslocar para o leste da Europa. Ora, assumindo esta consequência, esta condicionante, desta economia global em que vivemos, e em que infelizmente temos inúmeros exemplos espalhados pelo país fora, a estratégia do SINDEL visa essencialmente defender os interesses dos trabalhadores para que, no momento da sua saída da empresa, o façam com o máximo de direitos acautelados, de forma a garantirem uma sobrevivência igualmente acautelada. Essa foi a estratégia que o sindicato montou, uma estratégia que me parece coerente e positiva». Miguel Santos sublinharia ainda, na sua intervenção, a necessidade de o Ministério do Trabalho e da Segurança Social criarem um plano de reconversão profissional não só para estes 285 funcionários que agora foram despedidos, como para os restantes trabalhadores que provavelmente irão seguir o mesmo caminho daqui a alguns meses. «É necessário que o Ministério do Trabalho e da Segurança Social tome em mãos este caso. Que defenda os interesses dos trabalhadores e se preocupe com o seu futuro. Isto porque, convém lembrar, estamos a falar de trabalhadores que têm uma formação muito específica neste sector, formação essa que, infelizmente, não lhes permite uma fácil inserção no mercado de trabalho. Há então a necessidade de lançar aqui mão de um plano de reconversão profissional destas pessoas, caso contrário arriscam-se a engrossar as fileiras do desemprego», finalizou Miguel Santos.
Por:
MB
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