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    Arquivo: Edição de 30-04-2006

    SECÇÃO: Tecnologias


    GNU/Linux em debate na Casa Viva 167

    Pedro Ângelo, programador e um dos muitos desenvolvedores da comunidade Ubuntu, esteve no passado domingo, dia 23, na Casa Viva 167, ao Marquês, para dinamizar um debate sobre GNU/Linux.

    O debate inseria-se no Festival Copyriot - Gente sem Patente, tendo, no mesmo fim-de-semana, Robert e Delia Benedek apresentado a sua experiência de Linux Terminal Server Project – renovando a conferência antes apresentada no Espaço Musas –, e Miguel Caetano apresentado o projecto “Metareciclagem”.

    A este último projecto, voltará “A Voz de Ermesinde” num dos seus próximos números. Festival Copyriot – http://www.copyriot.azine.org.

    Foto URSULA ZANGGER
    Foto URSULA ZANGGER
    A génese do movimemento do software livre, o aparecimento da Free Software Foundation e do GNU/Linux, a situação actual no que respeita ao projecto do kernel Hurd, bem como a discussão sobre as possibilidades de qualquer pessoa, mesmo não sendo um programador, poder participar no desenvolvimento das aplicações de software livre, foram alguns dos assuntos abordados no debate realizado na Casa Viva 167.

    Pedro Ângelo começou por falar no projecto da Free Software Foundation, e no seu contrato social, que incluía o propósito de criar uma distribuição de software aberto e acessível a todos, projecto esse em parte cumprido com o surgimento da distribuição Debian, mas ainda não completado, pela dificuldade em concretizar o núcleo desse projecto – o kernel Hurd – há largos anos em desenvolvimento.

    Foi por causa dessa situação ainda pouco amadurecida que se decidiu utilizar, como alternativa, o kernel criado por Linus Torvalds – o Linux, tendo este vindo pouco a pouco a ganhar uma grande popularidade entre utilizadores, cativando uma grande massa destes e até a simpatia dalgumas grandes companhias como a IBM e a Sun – criadora da suite de escritório Open Office, e que recentemente abriu à comunidade o código do seu robusto sistema operativo Solaris.

    O debate abordou algumas das vantagens das grandes companhias em aderir ao software livre, nomeadamente ganhando recursos em programadores dispostos a melhorar as suas aplicações ou o interface com os seus produtos, além da melhoria da sua imagem.

    Mas ultimamente têm também vindo a surgir algumas diferenças de opinião entre os proponentes do GNU/Linux, como Richard Stallman, e Linus Torvalds, que não se mostra inteiramente de acordo com a actual proposta da licença GPL3 (da Free Software Foundation) que se encontra em discussão.

    Mas Pedro Ângelo defendeu também como muito positiva a multiplicidade de propostas, quer em sistemas operativos de software livre, quer nas várias distribuições de cada um destes sistemas operativos. A título de exemplo, comparando Solaris, Free BSD e Linux, apontou o primeiro como muito robusto e aconselhado por grandes datacenters e volumes de dados, o Free BSD como um sistema operativo apostado em altos níveis de segurança, válido sobretudo para servidores, e o Linux como mais orientado, hoje em dia, para a comunidade dos utilizadores comuns e para as aplicações de desktop.

    Apesar disto, abordou-se o aparecimento de várias distribuições de BSD orientadas para desktop, bem como, entre as distribuições Linux, a especialização de muitas delas.

    Por exemplo, na Casa Viva estavam ao dispor do público alguns computadores com Linux instalado em distribuição “live”, bastante diferentes, como Ubuntu, Kurumin e Dynebolic.

    Pedro Ângelo chamou a atenção para esta distribuição, que sendo também dirigida ao trabalho de desktop, é sobretudo orientada para a área de video/multimedia.

    Uma questão importante abordada foi a participação da comunidade no rastreamento de erros, na proposição de melhoria de funcionalidade ou do próprio interface com o utilizador, o que fazia com que a correcção de pequenas falhas ou o desenvolvimento dos sistemas fosse muito mais ágil que nas plataformas proprietárias, preocupadas em esconder as falhas até se disponibilizarem as soluções.

    Por: LC

     

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