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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-04-2006

    SECÇÃO: Opinião


    CARTAS AO DIRECTOR

    Não desistir

    Mais do que a evocação histórica, o aniversário da Revolução de Abril deve ser visto como um nobre exemplo de iniciativa, de descoberta e de corajosa participação, que, ao pôr termo à ditadura, permitiu se iniciasse a demanda ao encontro de caminhos que conduzissem à realização individual e colectiva.

    Hoje, e em face de uma crescente aversão à modernidade, globalização e alterações em curso, todos partilhamos uma estranha impressão da necessidade de procurar novos caminhos de justiça, de liberdade, de democracia plena e de desenvolvimento equilibrado.

    Contudo esses caminhos, não estão ao virar da esquina, tendo que insistir na sua busca, procurar, tomar a iniciativa, fazer a descoberta.

    Só assim faz sentido comemorar Abril. Mais do que nunca, como um exemplo a seguir.

    Ao ler a imprensa de hoje, verifico o desencanto dos que queriam que Cavaco – Presidente, derretesse o sistema político e parlamentar em face dos recentes acontecimentos.

    Parece que os problemas do país se resumiam às suas más condutas e sua falta de qualidade. 

    No seu discurso esqueceu esse assunto assim como o da crise económica – talvez esperando melhores dias – e assistiu-se a um “pronunciamento quase sem assunto e insignificante” como o define o editorial do Público.

    Estamos conversados. Quando se abordam problemas que não estão na tal agenda, aí estão os servis cérberos (cães de três cabeças que guardavam as portas do inferno) a desvalorizar e a destilar os factos.

    Como bem afirmava Jerónimo “ É um diagnóstico – o de Cavaco – fácil de subscrever. O problema é saber como foi possível chegar aqui, quem foram os responsáveis ... faltando dizer que esta desigualdade é tanto mais gritante quanto há quem vá somando as mais-valias enquanto aumentam as desigualdades e as injustiças”

    Percebe-se assim, porque bateram palmas de forma entusiástica os socialistas a tal discurso.

    Contudo e apesar das palmas, não faltará – incluindo muitos dos que votaram PS, PSD e CDS – gente excepcional, capaz de se erguer acima da lodo e do embaraço e procurar soluções que ponham fim a políticas selváticas de empobrecimento dos povos e retirada de justos direitos que hoje ainda valem. Como? Questionando, lutando e seguindo o exemplo e a corajosa acção de muitos democratas que conduziram ao 25 de Abril de 1974.

    Por Abril Sempre.

    Por: Carlos Duarte Magalhães

     

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