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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-09-2005

    SECÇÃO: Desporto


    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    8º TORNEIO INTERNACIONAL DA BASQUETEBOL FEMININO DO CPN

    Ermesinde viveu uma grande e memorável jornada de basquetebol

    O CPN organizou nos passados dias 16,17 e 18 de Setembro mais uma edição do Torneio Internacional de Basquetebol Feminino. O evento atraiu algumas das melhores equipas nacionais e internacionais da modalidade, nos escalões de iniciadas e cadetes, que fizeram deste torneio um verdadeiro sucesso.

    Cor, alegria, amizade, convívio e, claro está, muito e bom basquetebol, foram alguns dos ingredientes que fizeram que o 8º Torneio Internacional de Basquetebol Feminino do CPN tivesse sido coroado de êxito. Um evento que ficará, por certo, na memórias de todos aqueles que o viveram bem de perto, desde as atletas, passando pelos treinadores e dirigentes, até ao público que não faltou a esta grande jornada de basket.

    Esta 8ª edição serviu ainda para consagrar – mais uma vez – o CPN como um dos grandes emblemas nacionais e internacionais da modalidade ao nível dos escalões de formação, uma área onde os propagandistas têm desenvolvido um trabalho notável e digno de realce. A provar esta realidade está o facto de este 8º Torneio Internacional de Basquetebol ter cativado algumas das melhores equipas portuguesas e estrangeiras da modalidade, nas categorias de cadetes e iniciadas, que durante três dias proporcionaram grandes espectáculos de basquetebol a todos os que se deslocaram ao Pavilhão Gimnodesportivo de Ermesinde e ao Pavilhão do CPN, os dois locais onde se desenrolaram os 30 jogos deste evento. Para a história ficam as cerca de 300 atletas, em representação de 21 equipas oriundas de quatro países diferentes (Portugal, Espanha, França e Inglaterra), que durante três dias fizeram deste um grande e memorável evento desportivo, que serviu igualmente para reforçar a presença da cidade de Ermesinde no mapa nacional e internacional do basquetebol.

    CORTEGADA CONQUISTOU

    A PROVA DE INICIADAS...

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    O primeiro encontro deste torneio colocou frente a frente as equipas do CPN (A) e do South of England, relativo ao grupo A da prova de iniciadas, onde o equilíbrio foi nota dominante em praticamente todo o jogo, sendo os minutos iniciais da 2ª parte a excepção à regra, altura esta em que as jogadoras do CPN (A) encostaram as suas adversárias às cordas, marcando pontos atrás de pontos, o que lhes permitiu passar para a frente do marcador. Situação esta que se manteve até ao fim, embora depois deste período de domínio propagandista as inglesas tivessem novamente equilibrado o jogo, sem que, no entanto, tivessem conseguido anular a vantagem do CPN (A), que acabou por vencer esta partida inaugural por 30--25. Seguiram-se as francesas do Montgermont, um jogo onde o CPN (A) esteve alguns furos abaixo do que o que havia feito na partida anterior, tendo pago essa quebra de ritmo com uma derrota por 29--44. Um desaire que diga-se em abono da verdade, justo, pois o conjunto francês foi sempre superior ao CPN (A), com uma defesa praticamente intransponível e um ataque demolidor, onde aqui se destaca a excelente exibição da sua jogadora Melissa Douglin, autora de 20 pontos. Uma nota de realce também para a propagandista Nádia Amaral, que foi, à semelhança do jogo anterior, a melhor marcadora da sua equipa, tendo apontado 13 pontos ante as franceses e realizado uma grande exibição. O último jogo deste grupo A opôs o South of England ao Montgermont, tendo o resultado deste confronto franco-inglês sido um excelente encontro de basket, que terminou com uma vitória britânica. No campo das individualidades não podemos esquecer as exibições magníficas de Mariana Kamanda e da pequena base Amy Kingston, por parte das inglesas, e mais uma vez de Melissa Douglin, do lado francês. Face a este triunfo inglês, o grupo terminou com todas as equipas empatadas com três pontos, tendo sido necessário recorrer à regra do desempate através dos pontos marcados e dos pontos sofridos. Sendo assim, o primeiro lugar pertenceu ao South of England, seguido do Montgermont e, por último, do CPN (A), que assim se viu impedido de disputar a fase intermédia de modo a discutir o triunfo na prova. Se o grupo A foi pautado pelo equilíbrio, o mesmo já não aconteceu com o grupo B, que foi claramente dominado pelas espanholas do Cortegada. Duas vitórias categóricas deixaram desde logo no ar a ideia de que o Cortegada seria o candidato número um à vitória final na prova de iniciadas. Praticando um basquetebol de elevado nível, superior ao das restantes equipas, foi sem qualquer tipo de dificuldades que as espanholas despacharam nesta primeira fase o Bolacesto e o CPN (B). Ante a equipa propaganista, o Cortegada conseguiu mesmo alcançar o maior e mais desnivelado resultado de todo o torneio, 72-4. Um verdadeiro “massacre”, perante uma equipa do CPN (B) muito fraca e sem argumentos que conseguissem parar a avalanche espanhola. Um jogo onde as portuguesas a certa altura deixaram de correr e de tentar atenuar a desvantagem, limitando-se a juntar-se à assistência presente no pavilhão para ficar a assistir ao festival de basket espanhol.

    Com o primeiro lugar do grupo entregue ao Cortegada, o encontro entre o CPN (B) e o Bolacesto rodeava-se de grande importância, pois o seu vencedor ficaria apurado para a fase seguinte. Mais uma vez, foi um jogo onde ambas as equipas demonstraram enormes fragilidades tanto ao nível defensivo e ofensivo, como ao nível técnico. Não foi de estranhar pois que o equilíbrio fosse nota dominante em todo o encontro, tendo a vitória sorrido à equipa da casa, por apenas dois pontos de diferença, 31-29.

    Com esta vitória, o CPN (B) ficou apurado para a fase seguinte da prova, a Fase Intermédia – o equivalente às meias-finais – onde defrontou o primeiro classificado do grupo A, o South of England. Um jogo onde as inglesas, sem fazer uma grande exibição, conseguiram levar de vencida a frágil equipa do CPN (B), e mais uma vez com um resultado bastante desnivelado, 54-8. O outro encontro desta Fase Intermédia, que opôs o Montgermont ao Cortegada, foi bem mais equilibrado, com as francesas a fazerem das “tripas coração” para anular a superioridade técnica das espanholas. Esforço este que foi compensado em grande parte do jogo, mas o poderio espanhol acabou por vir ao de cima já na parte final do encontro, culminado com uma vitória por 44-29. Chegava então a altura das grandes decisões, a Fase Final, que começou com o jogo de apuramento para os 5º e 6º lugares, entre o CPN (A) e o Bolacesto, que as propagandistas venceram facilmente por 68-17. Igualmente fácil foi o triunfo do Montgermont sobre o CPN (B), no encontro que definia os 3º e 4º classificados, por 52-16. Era então chegada a hora da grande final, que de grande apenas teve o nome, pois, mais uma vez, o Cortegada não teve grandes dificuldades em vencer o jogo, tornando esta final num jogo de sentido único, ou seja, as espanholas a conveter pontos atrás de pontos e o South of England a ver jogar, tendo o jogo acabado com a vitória de 60-25 do Cortegada, que pelo que fez durante esta prova de iniciadas foi um justo e merecido vencedor deste torneio. De destacar nesta final a exibição de Raquel Borrageros, autora de 20 pontos e de uma grande exibição. Do lado inglês, Mariana Kamanda voltou mais uma vez a salientar-se, tendo sido uma das atletas escolhidas para integrar o “cinco ideal” da prova no escalão de iniciadas, juntamente com Nádia Amaral (CPN A), Camile Clero (Montgermont), Mar Doval e Sara Gañete (ambas do Cortegada). Teresa Somoza, do Cortagada, venceu o prémio de melhor marcadora da competição de iniciadas, enquanto que a sua companheira de equipa, Mar Doval, foi eleita a melhor jogadora.

    ...E REPETIU A DOSE EM CADETES

    Se, no escalão de iniciadas, o torneio tinha sido ligeiramente desequilibrado, uma vez que o Cortegada não encontrou uma equipa que fizesse frente à sua superioridade, na prova de cadetes o equilíbrio entre a maioria das equipas foi nota dominante.

    Grandes e emocionantes jogos de basket foram uma constante na prova de cadetes, que foi vencida pela equipa do Cortegada, um triunfo, no entanto, bem mais suado de conquistar do que aquele que a equipa de iniciadas do clube espanhol alcançou. No grupo A, o CPN (A) teve que se aplicar a fundo para se classificar na primeira posição para deste modo disputar a final da competição de cadetes. Dificuldades que apareceram logo no primeiro encontro, ante o Brandoense, uma equipa só ultrapassada graças à concentração e à eficácia ofensiva e defensiva que a equipa de Agostinho Pinto implementou ao jogo. Complicações que voltaram a aparecer na 1ª parte do jogo seguinte, com o Aroso, um adversário que se estava a tornar difícil de superar, e só foi graças a uma atitude aguerrida e extremamente eficaz que o CPN (A) conseguiu alterar a o rumo dos acontecimentos na 2ª parte, marcando 25 pontos e sofrendo apenas 5, acabando por vencer o jogo por claros 37-13.

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    No último jogo desta fase as propagandistas mediram forças com a Ovarense, o encontro do “tudo ou nada”, já que a vitória garantia o passaporte para a final da competição, enquanto que a derrota permitia às jogadoras de Ovar disputar essa final.

    Mais uma vez, a equipa de Agostinho Pinto mostrou a sua grandiosidade, implacável na defesa e mortífera no ataque, não dando hipóteses a uma Ovarense impotente para contrariar a supremacia das ermesindenses, que venceram o encontro por 54-22.

    Com este resultado, a equipa do CPN (A) passou à final, onde defrontou o Cortegada, que à semelhança do que haviam feitos as propagandistas venceram o grupo B de uma forma invicta. Antes da grande final disputaram-se as partidas para definir a classificação geral da competição de cadetes. Jogos muito equilibrados e de resultado incerto até ao seu final. Assim, no apuramento para os 7º e 8º lugares o Aroso venceu o Coimbrões por 37-35, enquanto que para a disputa dos 5º e 6º lugares a vitória sorriu ao Calvão, que bateu a Ovarense por 37-20. O último lugar do pódio foi conquistado pelo Brandoense, que derrotou o Canicense por 38-35 num grande jogo de basquetebol. Para a final estava igualmente reservada uma grande partida, com duas equipas que deram espectáculo nos seus jogos anteriores. Talvez por isso o Pavilhão Gimnodesportivo de Ermesinde tenha registado uma afluência enorme de público, que proporcionou uma atmosfera escaldante (no bom sentido) em torno do jogo. Final que começou a um ritmo frenético, com ambas as equipas a pautarem o seu jogo pela rapidez e eficácia concretizadora. A quatro minutos do fim deste 1º tempo o CPN (A) sofre uma enorme contrariedade no seu “cinco” com a lesão daquela que é talvez a sua jogadora mais influente, Vanessa Soares, que saiu lesionada depois de um choque com uma adversária. Talvez por isso, as propagandistas deixaram-se ir um pouco abaixo, permitindo que o Cortegada ganhasse vantagem no marcador, tendo chegado ao intervalo a vencer por 22-15. Na 2ª parte, o equilíbrio foi novamente restabelecido, e já com Vanessa Soares em campo – recuperada do choque fisíco – o CPN (A) conseguiu reduzir a desvantagem, tendo chegado inclusive a estar a quatro pontos de diferença face às suas adversárias. Neste preciso momento o pavilhão “explodiu” de euforia, pensando-se que ainda era possível dar a volta ao marcador, mas dois triplos consecutivos de Antia Sanchez devolveram às espanholas uma vantagem algo confortável no marcador.

    No entanto, o CPN (A) acreditou sempre que era possível dar a volta por cima, mas o Cortegada acabou o encontro muito bem no capítulo defensivo. O conjunto orientado por Agostinho Pinto acabaria derrotado por 29-40, tendo sido um digno vencido, como se costuma dizer quando assim acontece: “caiu de pé”. A nível individual é de destacar as presenças das propagandistas Vanessa Soares e Luísa Morais no “cinco ideal” da prova, acompanhadas por Renata Silva (Canicense) e pelas jogadoras do Cortegada, Iria Pereira e Lara Louzao. Cátia Lopes, do Coimbrões, foi a melhor marcadora da prova, enquanto que a espanhola Iria Pereira foi votada como a melhor atleta.

    EQUIPA B DO CPN TRIUNFA

    NA COMPETIÇÃO EXTRA DE CADETES

    Paralelamente a esta prova de cadetes, desenrolou-se uma outra competição destinada a três equipas desta categoria, intitulada de Torneio Extra. Uma prova disputada em forma de campeonato, onde todos jogavam contra todos, tendo estado presentes as equipas do CPN (B), do Medas e do Juvemaia. A vitória final pertenceu à equipa de Ermesinde, que não encontrou dificuldades nos dois jogos efectuados, tendo obtido duas vitórias concludentes, uma por 37-34 e outra por 44-13. Refira--se ainda que Cátia Gomes, do CPN (B), foi considerada a melhor jogadora desta competição. Uma nota de destaque também para as pequenas atletas do minibasquetebol, representadas através das equipas do CPN, Coimbrões, Santo André e Valongo, reunidas numa competição onde o mais importante não foram os resultados, mas sim o convívio e a alegria reinante em cada encontro disputado.

    SUCESSO FOI MAIS UMA VEZ GARANTIDO

    Após a cerimónia de encerramento deste 8º Torneio Internacional, onde se procedeu à habitual entrega de prémios colectivos e individuais, o nosso jornal ouviu algumas palavras do responsável máximo do basquetebol propagandista, Agostinho Pinto: «Acho que este torneio foi, mais uma vez, um grande sucesso. Cumprimos inteiramente todos os objectivos que tínhamos para este torneio, nomeadamente em termos competitivos, pois passaram por aqui equipas e atletas de elevada qualidade, que proporcionaram bons e muito disputados jogos. Em termos de convívio entre as atletas tudo correu igualmente de uma forma fantástica. Houve um enorme fair-play em todos os jogos e isso é algo de importante a destacar. Acho que as equipas que nos visitaram saem daqui muito satisfeitas, algo que nos deixa também a nós satisfeitos e com vontade de repetir tudo no próximo ano».

    Agostinho Pinto fez ainda uma breve análise à prestação de todas as suas equipas, começando pela equipa A de cadetes, lembrando que o grande objectivo desta equipa foi cumprido, ou seja, chegar à final, onde lutou de igual para igual com uma das melhores equipas espanholas da modalidade, embora tivesse reconhecido que o CPN (A) poderia ter feito muito melhor, já que esteve uns furos abaixo do habitual. Em relação à equipa B de cadetes, referiu que a prestação desta equipa foi uma surpresa agradável, reconhecendo, no entanto, que tal só foi possível pelo facto de as outras duas equipas que integravam esta prova extra de cadetes se terem apresentado num nível muito abaixo daquilo que era esperado. No que toca ao escalão de iniciadas, Agostinho Pinto frisou que a principal equipa do CPN teve algum azar no desenrolar da primeira fase da prova, uma vez que foi integrada no grupo mais equilibrado, tendo ficado afastada da luta pelo primeiro lugar através do sistema de pontos marcados e sofridos. Por último, a equipa B das iniciadas, fez, no ponto de vista de Pinto, uma prova melhor do que aquilo que se pensava no início, acabando contra todas as expectativas num magnífico quarto lugar. O responsável máximo do basquetebol do CPN sublinhou ainda que o seu clube não organiza torneios com a intenção exclusiva de os vencer, «mas sim com o objectivo de proporcionar às nossas atletas o contacto com as melhores equipas nacionais e internacionais da modalidade de forma a poderem aperfeiçoar o seu jogo. Espero que este nível competitivo e qualitativo das equipas participantes se mantenha no próximo ano, de forma a tornar este torneio ainda melhor do que o que já é actualmente», rematou.

    RAÚL SANTOS:

    «O BASKET É ACTUALMENTE A GRANDE BANDEIRA DO CPN»

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    Naturalmente feliz estava o presidente do CPN, Raúl Santos, para quem este torneio voltou a ser um acontecimento recheado de êxito, não só para o seu clube, como também para a cidade de Ermesinde. Começou por agradecer às equipas e atletas participantes pela magnífica jornada de basquetebol que proporcionaram e pelo colorido que deram aos três dias em que o torneio decorreu. O presidente do emblema ermesindense deixou ainda agradecimentos muito especiais à Câmara Municipal de Valongo – que foi aliás o principal patrocinador do evento –, à Junta de Freguesia de Ermesinde, à Federação Portuguesa de Basquetebol, à Associação de Basquetebol do Porto, aos patrocinadores do CPN e às famílias das atletas do CPN que albergaram em suas casas as atletas estrangeiras que participaram neste torneio. «Sem a colaboração de todas estas entidades e pessoas teria sido impossível organizar este torneio, uma vez que se trata de um evento que engloba muita gente, é uma “máquina” diabólica e muito dificil de colocar a funcionar sem angariar apoios. No entanto, tudo foi possível, e Ermesinde foi durante três dias a capital do basket português, foi um magnífico torneio sob todos os aspectos. Quero, por isso, deixar aqui também os meus parabéns à secção de basquetebol do CPN, que mais uma vez realizou um grande evento desportivo, que engrandece não só o clube como também a cidade de Ermesinde. Quero dizer-lhes que o clube está orgulhoso do trabalho que têm feito, sendo que actualmente eles são a grande bandeira do CPN. Espero que as outras modalidades do clube sigam o exemplo da secção basquetebol, uma secção composta por gente trabalhadora e com imaginação, e sobretudo que está no basquetebol de uma forma desinteressada, apenas por amor ao clube e à modalidade, e quando assim é o resultado só pode ser este, ou seja, um evento repleto de sucesso, como o que aqui tivemos este ano».

    Por: Miguel Barros

     

     

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