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    Arquivo: Edição de 30-09-2005

    SECÇÃO: Destaque


    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER

    Inaugurada central de valorização da Lipor

    O ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Nunes Correia, esteve no passada sexta-feira, dia 16 de Setembro, nas instalações da Lipor, onde se deslocou para inaugurar a nova central de valorização da empresa. À cerimónia, estiveram presentes Macedo Vieira, presidente da Câmara de Póvoa de Varzim e actual presidente do Conselho da Lipor, Valentim Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e Fernando Melo, presidente da Câmara Municipal de Valongo, que usaram da palavra durante o acto. À cerimónia da inauguração sucedeu-se uma visita guiada pelas instalações da unidade, na qual se pretendeu enaltecer a qualidade tecnológica e ambiental das soluções encontradas.

    O ministro, saudando naturalmente o novo empreendimento, colocou a tónica da sua intervenção numa perspectiva mais empresarial e ambiental, enquadrando--a nas grandes preocupações e linhas de acção do seu ministério. Assim, chamou não só a atenção para a preocupação com as estratégias de escoamento do composto a produzir na unidade, como também para a preocupação de limitar a emissão de resíduos nesta, que a verificarem-se não deveriam afastar-se da origem, para a elaboração dos adequados planos de emergência e para a inserção do projecto nas grandes linhas de política de tratamento de resíduos (expressas na lei-quadro respectiva) – que prevê nomeadamente a deposição em aterro apenas como última opção e o tratamento de resíduos só depois da separação destes.

    Nunes Correia fez também o elogio da «cultura de excelência» implantada na Lipor e mencionou as certificações de qualidade e ambiente da nova unidade (ISO 9000 e ISO 14000).

    Macedo Vieira, em representação da empresa, considerou a nova unidade uma referência para a Lipor e para o País, fez o elogio do papel do actual primeiro-ministro José Sócrates quando ministro do Ambiente, referiu a «ruptura com aquilo de pior que a Lipor teve no passado», desde há oito anos, destacou o encerramento e requalificação dos aterros de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, respectivamente, e a requalificação do aterro de Ermesinde, cuja conclusão está prevista para breve, referiu ainda, como exemplares, a concepção e construção do horto da Formiga e dos programas pedagógicos associados “Horta à Porta” e “Horta na Escola”, e fez ainda uma breve referência às próximas frentes de batalha – edição de um guia do consumo sustentável, tratamento e reciclagem de resíduos eléctricos e electrodomésticos, e aproveitamento da energia solar.

    Passando depois de uma perspectiva mais estratégica a uma mais empresarial, Macedo Vieira destacou os esforços de optimização quer na poupança de energia quer na gestão profissional, entre outros com a reestruturação do sistema tarifário, o reforço da cooperação com as universidades.

    Sobre a nova unidade afirmou o compromisso com as populações de pôr de pé uma instalação industrial não agressiva, sem ruídos nem odores.

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    Anunciou por fim, a realização de workshops de natureza técnica destinadas a melhorar as práticas de prevenção e segurança, a qualidade e a integração ecológica.

    AS UTARQUIAS E O CIVISMO

    Fernando Melo, que usou da palavra a seguir, elogiou a qualidade arquitectónica e funcional da nova unidade, destacando em particular o trabalho do arquitecto Carlos Prata, bem como a gestão profissional de Fernando Leite, e fez ainda um agradecimento especial a Nunes Correia, um dos principais responsáveis, na altura, pela aprovação e alta classificação atribuída ao Polis de Ermesinde.

    Por fim, Valentim Loureiro recordou os problemas causados no passado às populações de Ermesinde, mas aproveitou também para elogiar «a prova de civismo» dos munícipes gondomarenses que «nunca se manifestaram a instalação da Lipor e não foram incentivados a proceder a cortes de estrada». Defendendo, contudo, que se saldassem os passivos ambientais, Valentim Loureiro elogiou a oportunidade de abertura às populações do novo auditório da Lipor e, chamando a brasa à sua sardinha, queixou-se dos gastos da Câmara de Gondomar com muitos dos gestos bonitos da empresa. «Os municípios continuam a sacrificar-se para que estas instituições estejam na primeira linha do que é a inovação», picou ainda Valentim Loureiro, que fez ainda uma breve alusão maliciosa aos «auto-elogios» da Lipor.

    Em jeito de meia brincadeira, o major queixou-se ainda de, por duas vezes, o Polis de Gondomar, não ter merecido a distinção do actual ministro.

    E insistindo na defesa da sua dama, e no seu estilo acutilante e peculiar: «Não há razões para que os governos alterem estatutos das empresas participadas pelas câmaras (toda a gente está a ver o que eu quero dizer».

    O autarca terminou referindo que nas autarquias «há estabilidade, ao contrário dos governos centrais, cujos primeiros-ministros se têm sucedido».

    Por: LC

     

     

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