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    Arquivo: Edição de 30-06-2005

    SECÇÃO: Destaque


    COMÍCIO NA PRAÇA DA ESTAÇÃO

    Maria José Azevedo anima o PS: «Atenção, isto é a valer!»

    O Partido Socialista (ou melhor, Maria José Azevedo) realizou o seu primeiro acto público de campanha com vista às próximas eleições para a Câmara de Valongo com um comício realizado na Praça da Estação de Ermesinde, na tarde do passado sábado, dia 25 de Junho.

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    Demonstrando uma grande capacidade de mobilização, a candidata teve junto dela muitos dos que a acompanharam no seu percurso público, entre jornalistas – da RTP e de outros órgãos de informação –, da Escola Superior de Jornalismo e da Câmara Municipal do Porto.

    Entre os presentes, e mesmo assim esquecendo certamente alguns dos que estiveram com Maria José Azevedo, contavam-se, além de Francisco Assis, presidente da Distrital do PS, e Manuela de Melo, mandatária da candidatura – que usaram da palavra – alguns conhecidos autarcas socialistas, como Fernando Gomes, Narciso Miranda e Orlando Gaspar. Eugénio dos Santos, que foi presidente da Escola Superior de Jornalismo ou Rogério Gomes, director de “O Comércio do Porto” estavam também entre os presentes, além de José Manuel Ribeiro, ex-cabeça-de-lista à Câmara Municipal de Valongo, Jorge Videira, actual presidente da Concelhia de Valongo – que foi outro dos oradores –, e Fátima Torres, também ex-jornalista da RTP, que tem assessorado a campanha de Maria José Azevedo.

    Aberto com um solo de saxofone, e por entre os jorros de água que temperavam o calor da Praça da Estação, o comício da campanha de Maria José Azevedo, que tem como lema um ousado “Mudar É Bom” iniciou-se com a intervenção do presidente da Concelhia valonguense Jorge Videira, que saudou a cabeça-de-lista, anunciou uma candidatura assente numa «equipa qualificada» e se referiu à campanha ali iniciada como uma «caminhada vitoriosa».

    A primeira figura de cartaz a usar de palavra na Praça da Estação foi, contudo, Francisco Assis. O dirigente socialista elogiou o «grande espírito cívico de Maria José Azevedo por ter aceite encabeçar a candidatura, e a sua «inteligência, experiência e ousadia».

    Abordando depois o papel de Valongo no quadro da Área Metropolitana, Assis declarou que «Valongo parou», mas que havia agora uma enorme expectativa.

    «A Área Metropolitana precisa de um Valongo diferente», declarou ainda o candidato à liderança da Câmara Municipal do Porto.

    Assis, que queria a candidatura vestida com as cores da esperança, considerou que esta poderia ter um importante papel no relançamento de uma Área Metropolitana que se tinha apagado e precisava de ser revitalizada.

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    Após Francisco Assis, usou da palavra Manuela de Melo mandatária do PS para a candidatura à Câmara de Valongo que, numa intervenção muito calorosa, salientou os elevados méritos da cabeça-de-lista, e reconheceu o seu envolvimento na candidatura, muito pela sua proximidade e apreço para com Maria José Azevedo.

    Manuela de Melo reconheceu depois o contrário, ao comentar que «não há concelhos de primeira e de segunda».

    Lembrou os tempos históricos da Valongo de intensa exploração mineira, e de seguida apresentou a cabeça-de-lista: «Determinada e imbatível a arranjar recursos», boa conhecedora da Área Metropolitana, «mulher inteligente, que sabe envolver as pessoas nos seus projectos. Disciplinada e ganhadora».

    Referiu, ainda, que a candidata, muito experiente nas áreas da Habitação, Assistência Social e Urbanismo, olharia para a serra de Santa Justa com todo o cuidado, como se fosse o seu próprio jardim. E, por fim, que obrigará o Governo e a Área Metropolitana a olharem Valongo como nunca foi olhado.

    A CANDIDATA

    Casada, mãe de uma filha, como foi também apresentada, Maria José Azevedo usaria da palavra para começar por declarar que tinha duas boas razões para ter aceite encabeçar a candidatura à Câmara de Valongo: «coragem e determinação».

    Declarando-se a favor de uma actividade municipal em que as pessoas fossem o motivo e razão principal, a candidata denunciou exemplos do contrário, como a construção da nova biblioteca municipal num descampado, e prometeu, caso fosse eleita, a abertura de uma biblioteca aberta no centro de Valongo, «além da biblioteca periférica».

    A cabeça-de-lista denunciou também o abandono escolar no concelho, defendendo a necessidade de uma maior qualificação das pessoas. Para isso prometeu estar atenta aos incentivos à criação de empresas pelo Governo. Abordou depois a situação de poluição que inquina o Leça e o Ferreira, a falta de espaços verdes, de prática desportiva, de acessos rodoviários.

    Os transportes públicos entre as freguesias e não apenas para servir concelhos vizinhos foi também anunciado como uma das prioridades da candidatura.

    Voltou também a referir ter pena de a Câmara de Valongo não se ter proposto para acolher o Centro Materno-Infantil do Norte.

    Maria José Azevedo, que reconheceu em Fernando Gomes o seu pai político, ao juntar a si tantos dos nomes destacados da constelação socialista do distrito, deu um sinal claro aos militantes do PS concelhio, de que estava ali não para fazer ofício de corpo presente, mas para arregaçar as mangas e vender cara a derrota.

    Os militantes do PS devem ter percebido a mensagem.

    Por: LC

     

     

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