D. Maria I e Zé do Telhado representados teatralmente pela Ribalta da Escola Secundária de Ermesinde
No passado dia 14 de Maio, o grupo de teatro a Ribalta da Escola Secundária de Ermesinde (ESE) levou à cena, na Sala de Espectáculos do Fórum Cultural de Ermesinde, a peça “A Rainha e o Bandido”.
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Fotos Miguel Barros |
Tratou-se de uma peça de cariz histórico que retratava a vida de duas personalidades que marcaram uma determinada época do nosso país, embora por razões diferentes, nomeadamente a rainha D.Maria I e o famoso salteador Zé do Telhado. A peça foi dividida em duas partes, sendo que na primeira foram retratados teatralmente os últimos dias de vida de D. Maria I, uma rainha que subiu ao trono em 1777 e cujo reinado ficou marcado por algumas obras fundamentais no desenvolvimento de instrução e de assistência pública e que ainda persistem nos dias de hoje em Portugal. Os derradeiros anos de vida desta rainha foram, no entanto, marcados por uma doença mental que a levaria à loucura, tendo falecido em 1816 no Rio de Janeiro.
Na segunda parte foi representada a vida do mais conhecido salteador português de todos os tempos, Zé do Telhado. Um homem que nasceu no lugar do Telhado, em Castelões de Recezinhos, Penafiel.
Depois de cumprir o serviço militar, Zé do Telhado, cujo nome de baptismo era José Teixeira da Silva, tornou-se no líder de uma quadrilha de ladrões que ficou famosa por roubar aos ricos para dar aos pobres. Zé do Telhado foi uma espécie de Robin dos Bosques à portuguesa. Na peça apresentada pela Ribalta da ESE, Zé do Telhado é entrevistado por uma jornalista a quem conta toda a sua vida, desde os tempos em que era empregado do seu tio, como capador de porcos, até ao período em que esteve preso na Cadeia da Relação do Porto, local onde conheceu aquele que viria a ser um dos seus grandes amigos, o escritor Camilo Castelo Branco.
Um último apontamento de destaque para os jovens actores da Ribalta da ESE, a quem já se vai notando um futuro bastante prometedor na arte de representar. A encenação desta peça esteve a cargo da professora Olga Trabulo.
Por:
Miguel Barros
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