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Edição de 28-02-2025
Jornal Online

SECÇÃO: Local


Ermesindense morto em França ao defender polícias de ataque terrorista

Lino Sousa Loureiro, natural de Ermesinde, foi morto no passado dia 22 de fevereiro ao tentar defender agentes da polícia em Mulhouse (França) no decorrer de um ataque terrorista. De acordo com a edição de 24 de fevereiro do Jornal de Notícias, este nosso conterrâneo de 69 anos de idade era natural da zona da Palmilheira, onde todos os anos fazia questão de regressar durante o seu período de férias. Ainda segundo aquele periódico, Lino Loureiro emigrou para França aos 36 anos de idade, fixando-se em Mulhouse, onde também viria a viver alguns dos seus irmãos e o seu filho.

Este ermesindense foi esfaqueado no momento em que tentava travar/defender os agentes policiais durante uma manifestação de apoio à República Democrática do Congo. O suspeito do assassinato de Lino Loureiro é um cidadão argelino, de 37 anos, que por diversas ocasiões já foi expulso de França, e que no momento deste ataque à polícia gritou “Allahu Akbar” (Deus é grande), palavras proferidas pelos muçulmanos para exortar a sua fé, sendo que quando Lino Loureiro passava no local tentou intervir e foi atacado pelo manifestante e morreu. O ataque aconteceu a cerca 500 metros da casa onde este ermesindense residia entre a Praça do Mercado e a Rua Lavoisier.

No dia seguinte à morte do cidadão português, o Grupo Cultural e Folclórico dos Portugueses de Mulhouse prestou-lhe uma homenagem, lamentando «o trágico ataque de Mulhouse que tirou a vida a um dos nossos, um corajoso compatriota português que sacrificou a sua vida para proteger os outros. O seu ato de bravura permanecerá gravado nas nossas memórias», escreveu esta organização na sua página de facebook.

Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, endereçou, num comunicado publicado na página da Presidência da República, as suas condolências à família de Lino Loureiro, condenando «veementemente aquele ataque de ódio». Também o primeiro-ministro, Luís Montenegro, comentou esta ocorrência, e na sua conta oficial da rede social X escreveu que «perante um ataque contra a comunidade que o acolheu, um português interveio e acabou por perder a vida, em França. A sua valentia, que lhe custou a vida, poderá ter salvo tantas outras».

 

 

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