CORREIO DO LEITOR
Ermesinde e o seu Património
Não abundam os ermesindenses que, quer pela sua intervenção pública, quer por obras publicadas, alertem e pugnem pela defesa do património desta cidade. Mas, mesmo estes, nas suas ações cívicas, muito elogiados em ocasiões festivas, rapidamente caem no esquecimento, quando os holofotes se apagam.
Lembrei-me disto há dias, quando, passando em Ribeiro Teles, senti o esvoaçar dos plásticos que protegem os transeuntes das obras da chamada “Casa do Rei do Aço”. Nesse momento, tive curiosidade de espreitar os painéis de azulejos que embelezam este edifício, tão bem retratados em “Ermesinde – O património da nossa gente. Subsídios para a sua monografia II ”.
Reparei que o painel do lado sul, aí se mantém, sem cuidados especiais na sua proteção. Quanto aos azulejos da sacada, a única coisa que se pode dizer é que foram retirados. Inevitavelmente, surge a pergunta: que é feito deles?
Sendo certo que as obras, embora iniciadas há meses, ainda decorrem, será extemporâneo especular sobre o seu paradeiro. No entanto, dados os muitos exemplos (maus) que a cidade tem sofrido, convém saber quem (o dono da obra, a Junta de Freguesia, a C. M. de Valongo), está a cuidar deste património?
Refira-se que, conforme “Ermesinde – Retalhos históricos urbanísticos e culturais da nossa cidade – subsídios para a sua monografia IV ”, esta “Casa da Arte Nova”, como também é conhecida, é um dos imóveis classificados em Ermesinde, o que implica uma responsabilidade não despicienda.
Quem responde?
Alfredo Silva
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