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Edição de 31-01-2025
Jornal Online

SECÇÃO: Destaque


TOMADA DE POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ERMESINDE

Arnaldo Soares e restante equipa diretiva tomaram posse com o foco de servir bem os bombeiros

Fotos MIGUEL BARROS
Fotos MIGUEL BARROS
Podemos dizer que assistimos a uma cerimónia com significado tripartido, aquela que teve lugar ao longo da tarde do passado dia 11 de janeiro, e que teve como ponto alto a tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (AHBVE) eleitos a 28 de dezembro último com vista ao triénio de 2025-2027. Muitos bombeiros (quer do Corpo Ativo, quer do Quadro de Honra, quer ainda da Escola de Infantes e Cadetes), associados, empresas parceiras, uma larga fatia do tecido associativo local, bem como diversos autarcas (com realce para os presidentes da Câmara Municipal de Valongo e das Juntas de Freguesia de Ermesinde e de Alfena, respetivamente, José Manuel Ribeiro, Miguel de Oliveira, e Luís Miguel Caetano), lotaram o quartel dos bombeiros da nossa cidade, primeiramente na garagem e depois no salão nobre da associação humanitária.

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Comecemos pela última parte desta cerimónia, cujo ponto alto aludiu à tomada de posse dos novos órgãos sociais da AHBVE, em que a nota mais saliente reside no facto de Arnaldo Soares ser o novo presidente da direção, sucedendo no cargo a Jorge Videira, que por sua vez, passa a partir de agora a exercer funções de presidente da Assembleia Geral (AG). Após ter sido empossado como novo presidente da associação, Arnaldo Soares dirigiu algumas palavras à extensa plateia, agradecendo, naturalmente, a presença de todos os que ali estavam. E no rol dos agradecimentos, começou por destacar a mesa da AG cessante e o seu presidente em concreto, José Alves, agradecendo-lhe «a mestria e a elevação com que conduziu este órgão ao longo dos últimos 3 anos. Algumas vezes não estivemos de acordo, mas apenas quanto à forma, pois quanto ao conteúdo estivemos sempre de acordo. O engenheiro José Alves sempre demonstrou um enorme respeito pelos bombeiros. Muito obrigado e espero vê-lo sempre por perto, pois a instituição precisa de pessoas como o senhor», disse o novo líder da AHBVE, formulando ainda votos de felicidades no desempenho das funções à nova mesa da AG, cujo presidente foi precisamente o antecessor de Arnaldo Soares ao leme da direção. E dirigindo-se a Jorge Videira, enalteceu o «excelente trabalho» realizado por este ao longo dos últimos 10 anos. «Sabes bem que pelo teu trabalho e dedicação tens um lugar de destaque na já longa história desta nobre instituição. Obrigado Jorge Videira», frisou o recém-empossado presidente da direção. Palavras de apreço também para todo o Conselho Fiscal na pessoa do seu presidente, Carlos Oliveira, pelo trabalho realizado e que irá continuar a realizar no novo mandato. «O rigor e exigência do Conselho Fiscal é o nosso selo de garantia», disse. Dirigindo-se posteriormente aos líderes autárquicos ali presentes, pediu a continuidade de colaboração e ajuda destes para com os bombeiros, que por sua vez, estarão sempre disponíveis para socorrer pessoas e bens na nossa comunidade, na voz do seu novo timoneiro. Arnaldo Soares, realçou o «apoio e carinho» que a associação tem recebido tanto da parte da Câmara Municipal como das Juntas de Freguesia, lembrando mais adiante o facto de José Manuel Ribeiro ter compreendido «a importância dos bombeiros no nosso concelho, pois ele não se ficou pelas palavras e transformou esse reconhecimento num apoio efetivo, o que dá algum sossego ao normal funcionamento da instituição». Ali presentes estavam igualmente representantes da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valongo, tendo Arnaldo Soares vincado que a colaboração entre as duas instituições vizinhas é muito importante, e que na sua presidência assim irá continuar «de forma a criarmos sinergias que permitam todos os dias fazer mais e melhor pela população do nosso concelho». À Liga dos Bombeiros de Portugal (LBP) garantiu que esta pode contar com a AHBVE «na defesa e dignificação dos bombeiros, pois eles merecem o nosso empenho constante». Palavras também para as empresas amigas dos bombeiros de Ermesinde, «a todas que no âmbito da sua atividade empresarial compreendem a importância dos bombeiros e a sua responsabilidade social, o nosso muito obrigado. Tenho a certeza que o vosso espírito solidário é também um fator de sucesso na vossa vida empresarial, oxalá sirvam de exemplo e inspiração a muitos outros empresários», disse Arnaldo Soares que também se dirigiu às muitas associações locais ali presentes para sublinhar que podem sempre contar com os bombeiros assim como estes também contam com elas. «Se todos colaborarmos vamos ser capazes de fazer mais e melhor, e vocês serão sempre parceiros privilegiados», realçou, para mais à frente se referir aos associados da AHBVE como «os nossos amigos mais próximos, aqueles que de uma forma direta e permanente nos ajudam. São a nossa família mais próxima, e tenho a certeza que no futuro seremos capazes de aumentar esta família, e reforçar os laços de proximidade».

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BOMBEIROS SÃO A PEDRA ESSENCIAL NA CONSTRUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO

E porque, nas suas palavras, os últimos são sempre os primeiros, endereçou uma saudação muito especial aos bombeiros ermesindenses. «Vocês (bombeiros) são o elemento fundamental, são a pedra essencial nesta construção que é a nossa associação. Se assim é, então o foco principal direção que hoje toma posse será proporcionar-vos todas as condições para que possam desempenhar a vossa missão de forma excelente. Vamos continuar a investir em equipamentos de proteção e socorro, queremos que vocês tenham todas as ferramentas de que precisam. Mas que fique bem claro, o principal investimento será nos recursos humanos, será em vocês. Vocês têm que estar bem, têm que estar motivados, têm que se sentir felizes, sentirem-se reconhecidos para que possam responder da melhor forma às exigências do vosso trabalho. Quero deixar bem claro ao Comando, ao Corpo Ativo, ao Quadro de Honra, à Escola de Cadetes e Infantes, que quem dá brilho, quem valoriza, quem enaltece, quem dá honra e glória a esta associação é o vosso trabalho, é a vossa atitude junto da nossa comunidade», disse o novo presidente, prometendo aos bombeiros que ele e os seus pares diretivos serão mais um parceiro de caminhada. «Tudo será construído em conjunto, e isto não é conversa de circunstância, é como vai ser», acrescentou, terminando esta intervenção referindo-se aos bombeiros como «os nossos heróis, o nosso orgulho».

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JORGE VIDEIRA FAZ RETROSPETIVA DE UMA DÉCADA DE LIDERANÇA

Ainda antes do momento da tomada de posse dos novos dirigentes da AHBVE, o anterior presidente da direção, Jorge Videira, usou da palavra, para fazer uma espécie de resenha dos 10 anos (e quase 6 meses) em que esteve à frente da instituição. Começaria por dizer que neste espaço de tempo tanto ele como os seus companheiros de direção passaram momentos difíceis para cumprir os objetivos a que se propuseram. «Passámos períodos de grandes dificuldades económico financeiras, pois estivemos 7 anos a receber os serviços prestados ao Estado, que é o nosso principal cliente, a preços de 2020. Parece mentira, mas é verdade. O Estado até 2021 nunca atualizou preços que compensassem pelo menos a inflação desse período temporal de 7 anos. O agravamento dos custos de combustíveis, os aumentos salariais e consequente encargo da Taxa Social Única, os fardamentos, a formação e outros levou-nos a momentos difíceis na gestão desta casa. Mesmo assim, tivemos a coragem de fazer investimentos», recordou Videira, que a este propósito mencionou o facto de que neste período temporal foram adquiridas 9 ambulâncias e reequipadas outras 4, sendo que em números redondos este investimento rondou aproximadamente os 800.000 euros. «Foi tarefa difícil, muitas dores de cabeça para cumprir com compromissos tais como salários de pessoal em tempo útil, ter os impostos em dia, o pagamento a fornecedores», acrescentando que a todas estas dificuldades se juntou pelo meio uma pandemia, em que durante 8 meses a associação teve uma redução de receita na ordem dos 16.000 euros/mês derivado da suspensão de serviços, da suspensão do aluguer de salas para formação e da redução do valor do aluguer do espaço cedido ao notário. Videira referiu que ele e a sua equipa foram prudentes, mas ao mesmo tempo ambiciosos na procura de soluções que visassem a obtenção da melhoria de receitas, e nesse sentido, deu nota de que há uns tempos a esta parte o mapa financeiro da AHBVE passou do “vermelho para verde”. «Conseguimos levar o barco a bom porto». Em jeito de despedida das funções de presidente da direção, afirmou que sentia um forte orgulho em ter servido a associação humanitária, recordando que ocupou diariamente o seu tempo, muitas vezes ao sábado e domingo, durante horas seguidas no gabinete da direção sempre com a porta aberta, quer para os bombeiros, quer para o Comando, quer para os associados e para comunidade em geral. Em relação ao Comando, no caso concreto ao comandante Emanuel Santos, ressalvou que sempre manteve com este uma relação de entendimento. «Nem sempre estivemos de acordo, mas cada um de nós sempre soube respeitar as competências que detínhamos, eu enquanto presidente da entidade detentora, e ele enquanto responsável pelo corpo de bombeiros. Nunca confundimos as nossas competências, e só assim se consegue gerir um corpo de bombeiros sem turbulência». Agradeceu ainda a colaboração dos seus companheiros dos órgãos sociais, ao comandante, ao segundo comandante, aos adjuntos, aos bombeiros, aos funcionários, às autarquias, às empresas parceiras, instituições locais e demais população pela colaboração sempre manifestada para com a associação. Terminou a sua alocução desejando os maiores êxitos aos seus sucessores, votos de êxito estendidos aos bombeiros, os quais foram apelidados por Videira como «uns verdadeiros heróis».

Voltando ao momento pós tomada de posse, outras intervenções se seguiram, como a do comandante Emanuel Santos, que minutos antes, quer ele, quer o corpo de bombeiros, tinham sido agraciados com uma distinção honorifica pela direção cessante. O comandante agradeceu a distinção, frisando que a mesma não era

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Por: Miguel Barros

 

 

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