Faleceu o professor Carlos Faria
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Foto ARQUIVO |
O professor Carlos Faria que se encontrava bastante doente há algum tempo faleceu na madrugada do passado dia 5 de agosto. No dia seguinte, pelas 15 horas, decorreram as cerimónias fúnebres, na Igreja Matriz de Ermesinde, com a celebração de Missa de Corpo Presente, pelo pároco, padre Domingos Areais. Para além de familiares e amigos estiveram presentes os representantes de “A Voz de Ermesinde”, da Agorárte/Universidade Sénior de Ermesinde (participou também no seu funeral um grande número de alunos desta Universidade), do Rotary Club de Ermesinde e, entre outros, do Centro Social de Ermesinde, tudo entidades a que Carlos Faria esteve ligado, pois como afirmou o Padre Domingos, era uma pessoa de destaque na comunidade civil e cultural da cidade. Os seus restos mortais foram a inumar no Cemitério N.º 2, de Ermesinde. A Missa de 7.º Dia foi celebrada também pelo pároco, na mesma igreja, no dia 12 de agosto às 19 horas. E a Missa do 30.º dia foi celebrada também pelo padre Domingos Areais no passado dia 5 de setembro.
Carlos Faria nasceu no dia 27 de agosto de 1934, na Figueira da Foz. Depois do ensino primário, concluído em Celorico da Beira, frequentou o Liceu Nacional Afonso de Albuquerque, na Guarda, onde viria a concluir o Curso Geral dos Liceus. Fez exame de admissão à Escola do Magistério Primário da Guarda, em 1952, tendo concluído o Curso em 1954, fazendo, a seguir, estágio pedagógico. Entre 1 de abril de 1955 e 23 de fevereiro de 1957 prestou o serviço militar obrigatório. Efetivou na Escola Masculina de Loivos da Ribeira, concelho de Baião, onde iniciou funções docentes em 24 de fevereiro de 1957. Como aluno voluntário, frequentou o Curso de Ciências Pedagógicas, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Mais tarde, na mesma faculdade, frequentou o Curso de História até ao terceiro ano. Em 1966, fez o Curso de Formação para Professores da Telescola e, posteriormente, foi professor do Ciclo Preparatório da Telescola, no Posto de Receção N.º 52, de Santa Marinha do Zêzere, onde trabalhou durante sete anos. Em 1973, fez concurso público para professor assistente da Telescola, tendo sido o 5.º classificado a nível nacional. Em 1977, foi convidado para assumir o cargo de Diretor Administrativo da Telescola, em Vila Nova de Gaia, cargo que exerceu até setembro de 1987.
Em termos políticos, aderiu, logo em 1974, ao Partido Socialista, tendo desempenhado o cargo de presidente da Assembleia Municipal de Baião, durante quatro mandatos.
Durante cinco anos (de 30 de julho de 1998 até março de 2003) foi diretor de “A Voz de Ermesinde”, tendo desempenhado, então as funções de Secretário-geral da Associação Nacional da Imprensa Regional.
Na última década do séc. XX e nos primeiros anos do séc. XXI, foi presidente da Assembleia Geral do Centro Cultural Alberto Taborda (CECAT), em Ermesinde. Em 2003, foi cofundador do Grupo de Dinamização Cultural de Ermesinde, verdadeiro embrião da Agorárte - Associação Cultural e Artística, de que foi o sócio fundador n.º 2 e presidente da direção, desde a fundação até 2020.
O Rotary Club de Ermesinde (que também chegou a servir como presidente, em 2010), no dia 18 de fevereiro de 2019, homenageou-o, como o profissional do ano, e a Universidade Sénior de Ermesinde, de que também foi fundador e era reitor, prestou-lhe uma muito justa homenagem no dia 15 de outubro de 2022, durante a V Semana Académica.
“A Voz de Ermesinde” apresenta à família enlutada (sobretudo à esposa, filhas, genros e netos) sentidos pêsames pelo falecimento do seu ente querido.
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