CORREIO DO LEITOR
Queridos Parquidormem
OS PARQUIDORMEM: Se não fosse sério, pareceria anedota, a saga dos parquímetros em morte cerebral vai já tempo, que até a memória se apaga. O senhor presidente muito bem tentou pôr ordem nos abusos e desordem do concessionário, o quanto deveria exigir exemplarmente colocar a roda nos eixos e não esta aventura do que quem espera desespera e que graças a Deus os estacionadeiros agradecem que os tribunais eternizem a solução final. Já aqui referi a luta inglória dos cumpridores dos seus deveres, lutando com os ditos cujos, mete moeda; devolve moeda etc. Ainda hoje dia (23-08 2024), lá estava um casal, me pareceram turistas nacionais, nesta luta inglória a quem caía na patetice de usar o pagamento pelo telefone. Mas já se passaram muitas luas e ninguém já paga. Absurdo? Se não é, parece. Vão uns bons meses ali para os lados dos CTT um funcionário de maquineta na mão dava orientações aos intrigados dos parquímetros. Perguntei se era agora que voltavam a cumprir a missão. Resposta; uns sim outros não! Fiquei mais baralhado e respondi que assim não estava certo. Perguntei ainda se era legal e quantos é que ficariam funcionais? Resposta: os que apanham sol funcionam! Pronto, fiquei esclarecido. Aliás, passado cerca de um mês lá se foram as ramagens com a chamada poda assassina das árvores que faziam sombra aos queridos parquidormentes. Em frente aos CTT tenho feito a minha vigilância. O resultado tem sido nulo, pois vai muito tempo que nem moedinha ou telefonema conseguem acordar os dorminhocos. Pois ainda hoje (23-08 2024) um casal e creio que os respetivos filhotes, lutavam com o teimoso que lhes recusava aceitar as bondosas moedinhas. Ando muito preocupado como as receitas que vão por rio abaixo. Algum dia somos contemplados com mais uma taxita, e logo eu que por motivos de saúde já não tenho carro para estacionar continuarei a pagar a moedinha milagrosa. Os meus bisnetos já andam preocupados com esta embrulhada. Suspeitam que “isto” vai sobrar para eles. Pois nessa altura já o senhor presidente passou a pasta.
Nota: isto parece anedota e irreal, mas continua a acontecer.
João Dias Carrilho - C.C. n.º 454502
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