A arte como reflexo da alma de Vasco Sousa, um ermesindense que enfrenta o desafio do alzheimer
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Fotos MANUEL VALDREZ |
A doença, seja ela qual for, não é um obstáculo suficientemente forte para darmos azo a uma paixão, ou a um talento, como no caso de Vasco Sousa, um ermesindense de 62 anos a quem há 3 anos foi diagnosticada a doença de alzheimer. E é através da arte, mais concretamente do desenho e da pintura, que este cidadão nascido em Braga, mas que há largos anos reside na nossa freguesia, expressa o seu mundo, o que lhe vai na cabeça e acima de tudo o que lhe vai na alma, e que aos olhos de quem não padece desta doença se afigura quase como um enigma.
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O trabalho de Vasco Sousa esteve em exposição no piso superior da Junta de Freguesia de Ermesinde, entre os passados dias 16 e 20 de setembro, tendo o nosso jornal feito uma visita e tido a oportunidade de trocar “dois dedos de conversa” com o artista e a sua família (esposa e filha). Ainda com rasgos de nítida lucidez, Vasco Sousa começou por explicar, com a ajuda da sua esposa, que já antes de lhe ser diagnosticada a doença fazia desenhos, desde logo porque na sua atividade profissional (enquanto segurança) tinha “tempos mortos”, aproveitados por si para fazer desenhos geométricos, com régua e esquadro, desenhos abstratos, mas ao mesmo tempo engraçados, como nos conta.
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Após ter sido diagnosticado com alzheimer, a arte tornou-se no seu refúgio, a sua paixão, começando a desenhar e a pintar cada vez mais e mais, e a evoluir a olhos vistos, conforme pudemos constatar nesta mostra. «Ele desenha de manhã, ao meio dia, à tarde», conta-nos a esposa do artista, acrescentando que os «desenhos lhe saem da cabeça de forma espontânea» e que nem ela nem ninguém sabe exatamente explicar como surgem. «Começa a desenhar e não sei o que dali vai sair, mas tento pôr tudo direitinho e bonito, senão não presta. Mas nunca tem nada planeado», tenta explicar-nos Vasco Sousa, ao que a sua esposa acrescenta que já viu o marido iniciar uma obra, explicando-nos que ele «começa por uns risquinhos, e a partir dali é a imaginação dele que faz o resto. Quase todos os desenhos dele têm
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Por:
MB
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