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Edição de 31-07-2024
Jornal Online

SECÇÃO: Desporto


FUTSAL

Mais dos que os seus 53 anos e a conquista de títulos a U.D.C.R. Bela celebra a sua jovem e crescente vitalidade

Fotos MANUEL VALDREZ
Fotos MANUEL VALDREZ
O dia 25 de julho passado foi de festa em dose dupla para a União Desportiva Cultural e Recreativa (UDCR) da Bela. Nesta data o popular emblema ermesindense não só comemorou o seu 53.º aniversário como também homenageou os seus campeões distritais de futsal nos escalões de sub-7 e de sub-9. Os festejos tiveram lugar no Pavilhão Municipal da Bela, tendo o nosso jornal testemunhado in loco a vitalidade que o clube ostenta por estes dias. «Estamos a crescer. Temos neste momento 11 equipas a competir em futsal: uma de seniores, duas equipas de petizes (sub-7), duas de traquinas (sub-9), uma de infantis, duas de benjamins, uma de iniciados, uma de juvenis, e outra de juniores», começa por nos explicar César Cunha, o presidente da direção do clube desde há dois anos a esta parte, mas com muitos mais anos de ligação ao Bela, como faz questão recordar. Na verdade, faz parte dos órgãos sociais do clube desde sensivelmente 1984. Voltando ao presente, o dirigente concorda com a nossa observação de que há muita juventude no seio do Bela, a julgar pelo que vimos nesta festa, um cenário a que também muito ajudou a requalificação Pavilhão da Bela, como viríamos a perceber. «O pavilhão renovado veio ajudar muito. Recordo que este pavilhão era nosso, só que nós, clube, não tínhamos condições para continuar a gerir esta infraestrututa e acabámos por ceder a nossa parte à câmara. A outra parte (do pavilhão) pertencia à Junta, que também não tinha hipóteses de fazer uma requalificação, e a câmara acabou por a fazer. Estamos a treinar aqui quase todos os dias e isto (requalificação do pavilhão) ajudou a dinamizar o clube, pois apareceram muitos mais miúdos. Posso, aliás, dizer que este ano contra a nossa vontade tivemos de mandar miúdos embora. Chegámos a ter equipas com 19 elementos cada uma delas, no escalão de traquinas, e sabe que uma equipa de futsal tem no máximo 12 jogadores. Nos escalões acima temos menos miúdos para já, mas estamos a começar a dinamizar esses escalões, e os miúdos estão a aparecer. O ano passado foi de arranque, mas fomos campeões em traquinas e petizes, e em benjamins por pouco não subimos à Divisão de Elite, enquanto que em seniores também por pouco não fomos campeões», diz-nos César Cunha que ainda no que concerne à juventude que vigora atualmente no clube, diz-nos que também na coordenação da secção de futsal, das equipas que a compõem e na própria direção há muita gente jovem. «Eu quando assumi que seria presidente disse que o seria, mas que precisava de ter gente nova do meu lado», recorda o dirigente por entre elogios à sua equipa diretiva e a todos os restantes elementos que estão ligados à secção. Quanto ao futuro, César Cunha é perentório em dizer que o futuro passa por continuar a dinamizar o clube, sublinhando mais adiante que a envolvência com a comunidade da Bela tem crescido bastante, «temos gente nova que mora aqui e que já tem os filhos aqui no clube», diz-nos com satisfação.

«Repito, estamos a crescer, estamos a ter cada vez mais miúdos, e inclusive posso dizer que já saiu daqui um miúdo para o Braga, o Aléxis Vasconcelos, que foi para lá jogar futebol de 11». Já a terminar esta breve conversa o presidente da direção referiu que «os apoios da Câmara de Valongo é que podiam ser melhores, mas não sou só eu que me queixo, são os clubes todos. É o que temos, e temos de viver com isto e fazer o melhor que podemos. E tentar acima de tudo que os miúdos se divirtam, pois isso é o mais importante, principalmente nos escalões até aos infantis, pois a partir daqui já é uma competição um pouco mais a sério».

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TÍTULOS TRAZEM ALEGREIA, MAS NÃO SÃO OS MAIS IMPORTANTE

No desporto é sempre importante ganhar, conquistar títulos, mas nestas idades isso não é de todo o mais importante, como frisa o coordenador da secção de futsal do Bela, João Aguiar. «Os títulos são o menos importante nestas idades. O mais importante é nós vermos o menino do início para o fim da época a ser um jogador completamente diferente, a ser um menino completamente diferente, a ter valores, que são muito importantes, a saber ganhar e a saber perder. Mas claro, é sempre bom eles ganharem, e ganharem o gosto pela modalidade e a vontade de continuar, embora, repito, os resultados não sejam o mais importante nestas idades».

Neste momento a secção de futsal do Bela já é uma estrutura muito grande, conforme nos diz João Aguiar. Atualmente são cerca de 120 crianças a praticarem ali a modalidade. «O clube teve uma evolução muito grande. Nós há cinco anos tínhamos 30 miúdos, e se na altura nos dissessem que íamos chegar ao ponto onde estamos hoje assinávamos logo por baixo (risos). A verdade é que conseguimos chegar a este ponto, e a indicação que temos é que vamos crescer ainda mais. O trabalho está a dar frutos. Dos iniciados para baixo já conseguimos fazer duas equipas em todos os escalões. Aliás, no concelho de Valongo em termos de quantidade de atletas já somos dos maiores clubes. Temos muitos meninos nos escalões mais baixos, e a qualidade já começa a aparecer, para daqui a cinco anos começarmos a chegar com algum sucesso aos iniciados e aí começar a subir equipas de divisão. Esse é o objetivo, sustentarmo-nos na formação dos iniciados para baixo para daqui a cinco anos começarmos a subir o clube em termos de divisões nos escalões acima», projeta João Aguiar.

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GRANDES CLUBES NACIONAIS RECRUTAM NA BELA

Esta festa homenageou, como já referimos, os campeões distritais de futsal da Divisão de Elite nos escalões de traquinas e de petizes. Com a bancada do pavilhão bem composta, um a um os atletas das duas equipas campeãs foram entrando na quadra para receber das mãos do presidente as medalhas (e a taça) de campeão alusivas à época de 2023/24. Uma oportunidade para falarmos com alguns dos intervenientes destes dois títulos. André Vasconcelos é o treinador da equipa de petizes, ele que em jeito de balanço nos diz que uma época em que foram campeões de série, campeões da Divisão de Elite, e onde venceram uma conhecida equipa nacional como é o caso do Caxinas, só pode ser vista como uma época de sucesso. «Felizmente, e aliado ao nosso trabalho, também tínhamos boa matéria-prima, esse facto não pode ser esquecido. Não estou a dizer que era impossível fazer o que fizemos, mas era mais difícil se a matéria-prima – vulgo, os jogadores – não fosse boa. Tivemos uma boa fornada de miúdos. Tanto é que o Aléxis Vasconcelos foi chamado pelo Benfica, pelo Porto, pelo Sporting e pelo Braga para fazer testes nas respetivas equipas de futebol. Ele teve vários convites. A seguir ao aparecimento do Benfica a coisa estava mais ao menos parada, não havia certezas, até que o Braga quis que ele fosse lá treinar e ao fim de dois treinos quis logo assinar contrato com ele. Também tivemos o Leonardo, outro menino que foi chamado a todos esses grandes clubes, mas não ficou em nenhum penso que por opção própria, porque ele tem qualidade para estar num desses grandes clubes nacionais. Ora, estes dois exemplos só enaltecem o trabalho que foi feito aqui, bem como a qualidade dos miúdos, porque ter os quatro maiores clubes nacionais atrás destes jogadores é gratificante para nós. Somos um clube pequeno e virem clubes nacionais buscar-nos miúdos e reconhecerem-nos valor é importante», salienta André Vasconcelos.

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CONTINUAR A VÊ-LOS A CRESCER E A SORRIR

Na linha do pensamento que já nos tinha sido dada a conhecer pelo coordenador da secção, facilmente percebemos que o trabalho desenvolvido vai muito para lá do êxito desportivo. André Vasconcelos lembra que no Bela não basta ensinar estas crianças a chutar uma bola, «temos de ensiná-los a saber que têm de respeitar e ajudar o próximo. Se um colega cair temos de o ajudar. Temos de ser uma família, e qualquer atleta meu sabe que eu peço sempre

(...)

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Por: Miguel Barros

 

 

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