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XIV Encontro Internacional de Coros na Igreja Matriz de Ermesinde

A cidade de Ermesinde recebeu no passado dia 22 de junho, na sua Igreja Matriz, o XIV Encontro Internacional de Coros, numa organização da Associação Académica e Cultural de Ermesinde (AACE), mais concretamente da sua valência fundadora, o “Orfeão de Ermesinde” que tem a mesma idade da Associação – 25 anos.

Este Encontro Internacional de Coros, que é já uma referência na nossa cidade e na Agenda Cultural do Concelho de Valongo, contou com a presença do Coro da Cruz Vermelha de Águeda, do Coral Aures Cantibus de Zamora (Espanha) e com o coro anfitrião, o Orfeão de Ermesinde.

2- O CORAL AURES CANTIBUS, VINDO DE ZAMORA

O 1.º CORO

O evento iniciou-se com o Coro Misto da Delegação de Águeda da Cruz Vermelha Portuguesa que foi fundado com o intuito de preencher um espaço cultural diferente e inovador dentro daquela instituição.

Este Coro fez o seu primeiro ensaio no dia 6 de abril de 2006, e apresentou-se pela primeira vez ao público de Águeda, no dia 1 de outubro de 2006 (Dia Mundial da Musica) apadrinhado pelo Coro da Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa. Desde então, tem realizado inúmeros concertos, quer em Águeda, quer ainda em diversos locais do nosso país, a convite de vários Coros congéneres e de outras entidades. Fez também várias deslocações a Espanha, nomeadamente, a Viveiro (2007 e 2017), Rianxo (2008), Ribadeo (2010), Alba de Tormes (2012), Ourense (2014) e Santiago de Compostela (2015), onde solenizou a Missa do Peregrino na Catedral.

O seu reportório é constituído por obras sacras e profanas, desde a época renascentista à contemporânea, de compositores nacionais e estrangeiros, de forma a agradar ao vastissimo público.

O Coro Misto da Delegação de Águeda da Cruz Vermelha Portuguesa é, presentemente, constituído por 54 elementos de ambos os sexos, estando a direção artística, desde a fundação, a cargo do Maestro Sérgio Brito.

O Programa para este Concerto, que contou com as presenças de Carina Nogueira (Soprano), de Duarte Rodrigues (Violino) e de Cláudio Vaz (Piano) foi: “Avé Maria” (Giulio Coccini, arr. Patrick Liebergen); “I Will Sing Whith the Spirit” (John Rutter); “Glória in Excelsis Deo” (Antonio Vivaldi); “You Raise Me Up” (B. Graham/R. Lovland, arr. Roger Emerson); “City Called Heaven” (Edward Boatner, arr. J. Paelinitz); e “African Alleluia” (Jay Althouse).

1- CORO DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA DE ÁGUEDA

O 2.º CORO

O Coral Aures Cantibus de S. Lázaro - Zamora foi o segundo a atuar na Igreja de S. Lourenço. Foi fundado no princípio do ano 2000, quando uma dezena de vizinhos do bairro de S. Lázaro de Zamora se reuniu para cantarem juntos. O grupo conta hoje com cerca de 40 membros.

Trata-se de um coral de vozes mistas sendo que a maioria dos seus componentes não tem formação musical. O seu nome provém da frase latina “Oculi pictura tenetur, aures cantibus” que significa: “Os olhos são cativados pela pintura, e os ouvidos pelo canto”.

O seu primeiro concerto realizou-se pelo Natal do mesmo ano da fundação. Desde então tem realizado numerosas atuações, tanto em Zamora como noutras províncias de Espanha e também em Portugal. De destacar a sua participação nas Edades del Hombre, na sua edição em Zamora (2001); Canto da missa do peregrino na catedral de Santiago de Compostela (2015); Festival LittleOpera de Zamora em várias edições; Encontro de coros de Rio Tinto - Gondomar (2017); Canto da missa dominical na catedral de Zamora em anos sucessivos; Participação em coros colaborativos em diferentes eventos, entre outros, destacam-se as interpretações das obras do compositor de música sacra, Monsenhor Marco Frisina, alguns deles dirigidos pelo próprio autor. Recentemente o Coral Aures Cantibus participou nos atos da coroação Canónica da Virgem de la Soledad, celebrados na catedral de Zamora; também estiveram presentes no XL Encontro de Coros Hispano-Português em Carballiño (Orense).

O vasto reportório do coral inclui obras das mais diversas origens, épocas e temáticas, entre elas, as de alguns compositores Zamoranos.

Desde o seu começo o coral Aures Cantibus é dirigido com grande entusiasmo pela maestrina Oksana Kharina.

Neste concerto interpretaram: “En los Surcos del Amor” (Argentina), “Na Bahia tem” (Brasil), “Ya se Van los Pastores” (León), “Arrorró” (Canárias), Zorongo (Andaluzia), “O Vosso Galo” (Galiza), “Bolero de Algodre” (Zamora) e “Shchedryk” (Ucrânia).

3-ORFEÃO DE ERMESINDE EM ATUAÇÃO

Encerrou este Encontro de Coros, o grupo organizador que é como quem diz, o Orfeão de Ermesinde, da AACE. Foi com a sua criação, a 15 de abril de 1999, que nasceu a Associação Académica e Cultural de Ermesinde. A sua primeira atuação pública teve lugar no dia 10 de dezembro de 2000, precisamente na Igreja Matriz de Ermesinde.

Foi seu primeiro Maestro, o Dr. Manuel Henrique Coelho de Almeida, seguindo-se o professor Sérgio Nery e, posteriormente, o professor Jorge Pires. Atualmente, é dirigido pelo Maestro, Prof. Hélder Magalhães. Presentemente, integra cerca de 35 elementos de várias idades, distribuídos por quatro vozes mistas.

O Orfeão de Ermesinde tem no seu repertório obras de Haendel, Arcadell, Wagner, Schubert, Mozart, entre outros compositores clássicos, e ainda, temas populares portugueses e de outras nacionalidades.

Para além da nossa cidade, o Orfeão de Ermesinde atingiu grande notoriedade em Portugal, por ter levado a arte do canto ao longo dos seus 25 anos de existência, a vários concelhos no país e também além-fronteiras, concretamente à vizinha Espanha, nomeadamente, na Galiza, fruto do nível artístico dos concertos realizados, sendo por isso um veículo privilegiado da música coral da cultura portuguesa.

Em 2008 organizou o 1.º Encontro Internacional de Coros “Cidade de Ermesinde”, tendo, entre os anos de 2020 e 2022, sido interrompido, por causa da pandemia. Este evento foi retomado o ano passado e continuou este ano, na sua XIV edição.

O programa selecionado para este Encontro de Coros foi: “Signore Delle Cime” (Giuseppe de Marzi), “Ave Verum” (W. A. Mozart), “Haja o que Houver” (Pedro Ayres Magalhães), “Coimbra” (Raul Ferrão/José Galhardo), “Vejam Bem” (José Afonso) e “Chamateia” (Edgar Saramago).

No final usaram da palavra o pároco, Padre Domingos Areais, o presidente da Junta de Freguesia, Miguel de Oliveira e o presidente da Direção, Constantino Moreira. Todos tiveram palavras de elogio para o grande espetáculo a que se acabava de assistir na Matriz da cidade. Do discurso de Constantino Moreira destacamos a seguinte passagem: «A AACE festeja este ano as Bodas de Prata da sua existência e para além do seu Orfeão, aqui presente, desenvolve outras atividades culturais com o seu Grupo de Teatro “Casca de Nós”, Teatro Juvenil “Os Casquinhas”, Grupos Corais Juvenis “Arco Iris” e “Iris Corus”, Grupo de Música Tradicional Portuguesa “Toca a Tocar”, Grupo “A Voz Ligeira”, Grupo de Bombos, Danças Mix, Danças Urbanas. Um sincero agradecimento ao nosso querido Pároco Reverendo Domingos Areais pela cedência deste magnífico espaço (a Igreja Matriz de Ermesinde) e por nos dar a honra de estar sempre presente nos nossos eventos. Gostaria de agradecer o apoio, que sempre recebemos, da Câmara Municipal de Valongo, em sua representação o Sr. Vereador Paulo Ferreira. O meu obrigado à Junta de Freguesia de Ermesinde, na pessoa do seu presidente, Miguel de Oliveira, sempre presente nas nossas iniciativas».