NOTÍCIAS DA AGORÁRTE/UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ERMESINDE
No dia 1 de maio, no Auditório da Junta de Freguesia, houve “Abrir Abril”
O espetáculo “ABRIR ABRIL”, organizado pela Agorárte/USE, com músicas e cantares de Abril, para comemorar os 50 anos da “Revolução do 25 de Abril”, decorreu no passado dia 1 de maio, no Auditório da Junta Freguesia de Ermesinde, com a participação de todos os grupos coordenados pelo Dr. Manuel Friães: Jograis do Leça, Adufeiras, Cante Norte e Cantigas D’Ouvido. Foi uma excelente forma de celebrar o Dia 1.º de Maio e as Bodas de Ouro da Revolução dos Cravos. Entre a assistência encontrava-se o presidente da Junta de Freguesia, Miguel de Oliveira, Esmeralda Carvalho, do seu executivo, e João Morgado, ex-presidente da Junta de Freguesia e atual Provedor do Munícipe.
Antes do espetáculo se iniciar falou o presidente da Agorárte/USE, Manuel Dias, para recordar o “25 de Abril”, as suas causas e as principais consequências, que fizeram de Portugal um país completamente diferente, para melhor, em termos de progresso e desenvolvimento interno e no que respeita às relações com a Europa, com o espaço lusófono e com o mundo inteiro. Motivos mais que suficientes para que a Agorárte e a USE, pelas mãos do seu professor Manuel Friães, tenham preparado este espetáculo, aberto à cidade, a que foi posto o revelador nome “Abrir Abril”.
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O programa “Abrir Abril” começou com a leitura, por um dos elementos dos Jograis do Leça, do poema “25 de Abril”, de Hélia Correia, a que se seguiu “Senhora do Almortão”, um tema tradicional e bem popular da Beira Baixa, interpretado pelas Adufeiras da USE, que também cantaram “Milho Verde”, típica da Beira Baixa. Entretanto, voltaram os Jograis do Leça, que nos trouxeram dois poemas: “O Comum da Terra”, de Eugénio de Andrade e “Soneto do Trabalho”, de José Carlos Ary dos Santos. Na atuação em palco, foi a vez das Cantigas d’Ouvido interpretarem “Canção Longe” (tradicional dos Açores) e “Maria Faia” (tradicional da Beira Baixa). Novamente foram declamados poemas, desta vez, “Amor Combate” de Joaquim Pessoa e “Revolução”, de Sofia Breyner Andresen, seguidos de mais dois temas interpretados pelas “Cantigas d’Ouvido: “Altos Castelos”, de José Afonso e “Cantigas do Maio” do mesmo autor. Os poemas que se ouviram, nessa sequência, foram “Mulheres de Abril” de Maria Teresa Horta e “Soneto” de Olga Gonçalves. “Cantigas d’Ouvido” terminou a sua excelente atuação com mais duas canções, da música de intervenção: “A Cantiga é uma Arma”, de José Mário Branco e “Canto Moço” de José Afonso. O último poema declamado pelos “Jograis do Leça” foi “Abril de sim, Abril de não”, de Manuel Alegre, a que se seguiram duas canções interpretadas pelo “Cante Norte”, “Canta Camarada, Canta”, popular, e “Grândola, Vila Morena” de José Afonso, que fez levantar todo o público presente, batendo palmas e cantando esse verdadeiro hino do “25 de Abril de 1974”.
No final, interveio o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel de Oliveira, que deu destaque à importância «de todos os dias se viver e lembrar Abril, em especial no dia em que se comemoram 50 anos do dia em que os portugueses puderam comemorar em LIBERDADE, o Dia do Trabalhador».
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