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Edição de 25-06-2024
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    Arquivo: Edição de 30-04-2024

    SECÇÃO: Destaque


    50 ANOS DO 25 DE ABRIL

    50 vezes Abril - Ainda Há Histórias para Contar

    OS PALESTRANTES
    OS PALESTRANTES
    No passado dia 26 de abril, o Auditório da Junta encheu-se de novo com gente que quis ouvir outras histórias ligadas à revolução de Abril, no âmbito da comemoração do seu 50.º aniversário. De acordo com o programa – e conforme no início explicou Elisabete Carvalho, que ao serviço da Junta da nossa cidade, esteve por detrás da organização do evento “25 de Abril - 50 Anos de Liberdade” – houve dois painéis em que o moderador foi Carlos Magalhães (nascido em Valença, reside na Maia. Concluiu o curso de Artes Plásticas na Escola de Belas Artes do Porto e o Curso de Doutoramento em Estudos do Património da Faculdade de Letras do Porto. Foi Professor e, ultimamente vem publicando livros de poesia, de história, de património local e de pedagogia e é autor de numerosos textos para catálogos de mostras de arte e património).

    O presidente da Junta de Freguesia, Miguel de Oliveira, no início dos trabalhos, deu as boas vindas a todos, e afirmou que “Abril é sempre”, por isso, elogiou a sessão que iria ocorrer, «para que a memória não se perca, pois o “25 de Abril” não pode ser um mero capítulo da História».

    Carlos Magalhães, depois de mostrar o primeiro livro escrito sobre o “25 de Abril”, logo em maio de 1974, onde estão textos que traduzem a vivência do momento histórico que libertou o povo português, passou a palavra à 1.ª oradora da noite, Alcina Meireles. Nasceu na freguesia de S. Dinis (Vila Real), tornando-se professora do ensino primário e foi nessa condição que chegou a Ermesinde, onde, já depois do 25 de Abril, foi eleita diretora da Escola n.º 2. Foi Chefe de Redação do jornal “A Voz de Ermesinde”, deputada da Assembleia Municipal, membro do Executivo da Junta de Freguesia, tendo integrado, depois, a direção do Centro Social de Ermesinde, onde ainda se mantém. Na sua intervenção tratou o tema “Como o 25 de Abril mudou a vida das Mulheres”, trazendo-lhes liberdade, mais saúde, direito de voto e permitindo que, também elas, tivessem a possibilidade de prosseguir os estudos e abraçar outras profissões que até aí eram quase só para os homens.

    MODERADOR E PESSOAS QUE APRESENTARAM TESTEMUNHOS
    MODERADOR E PESSOAS QUE APRESENTARAM TESTEMUNHOS
    Seguiu-se no uso da palavra, Campos Garcia, que é médico. Tinha 18 anos quando se deu o 25 de Abril. É um estudioso das manobras militares do dia 25 de Abril e está em fase de conclusão uma pormenorizada obra intitulada “Fita-do-Tempo” baseada em extensa e fidedigna bibliografia. Neste evento falou das “Quebras das comunicações no Norte”, dizendo que aqui, no Porto, foi muito diferente de Lisboa, estando o comando instalado no CICA1 (mais tarde CICAP). Falou de mais alguns pormenores, mas o livro é que virá a revelar tudo, embora “A Voz de Ermesinde” vá revelando algumas coisas nas suas próximas colaborações sobre esta temática.

    Carlos Magalhães deu, depois, a palavra a Fernanda Lage. Arquiteta de formação teve como principal profissão a docência no ensino secundário. Foi autora e coautora de programas de escolas artísticas e dos programas de projeto e tecnologias dos cursos de Design do Ensino Secundário. Sócia fundadora do Capa, da Associação para a Defessa do património Cultural e Natural do Concelho de Valongo, da Gesto Cooperativa Cultural, na cidade do Porto, criadora e sócia fundadora da Oficina Cooperativa Cultural em Ermesinde. Antiga diretora do jornal “A Voz de Ermesinde”. Falando sobre “Caminhos de Abril” lembrou as lutas dos estudantes no período do Estado Novo, sobretudo nas academias de Coimbra e Lisboa (Crise de 1969), a agitação nas escolas. Recordou o papel da revista “Seara Nova”, do livro “Portugal e o Futuro” de Spínola, e alguns pormenores do “25 de Abril”. Evocou alguns poemas e fez referência aos direitos conseguidos pelas mulheres e que há muito tempo lhes eram negados. Voltando-se depois ao que se passou por cá, falou da Comissão de Moradores dos Montes da Costa, em que os seus membros até puseram o nome às ruas, pois a maior parte das construções naquela zona eram clandestinas.

    GRUPO VOZ LIGEIRA DA AACE
    GRUPO VOZ LIGEIRA DA AACE
    O último orador foi Manuel Augusto Dias. Natural de Ansião fixou-se em Ermesinde em 1983. Com a licenciatura e mestrado em História colabora em vários jornais e é diretor de “A Voz de Ermesinde”. É presidente da direção da Agorárte/Universidade Sénior de Ermesinde e tem dezenas de livros publicados. Nesta sessão, falou do “25 de Abril em Ermesinde” depois de explicar a causalidade interna e externa da Revolução. Identificou os últimos autarcas da Junta e da Câmara do Estado Novo e os primeiros do regime democrático. Deu destaque aos dois prisioneiros políticos do município, antes do “25 de Abril”, que foram também deputados constituintes, depois da Revolução, António Macedo e Joaquim Moutinho. Recordou o envolvimento de alguns ermesindenses nas eleições presidenciais de 1958 e nas legislativas de 1969. Referiu a vontade manifestada por alguns revolucionários, logo após a Revolução, no saneamento político da Junta de Freguesia e dos corpos dirigentes da maior parte das associações da vila. Divulgou algumas formações partidárias que se afirmaram em Ermesinde e apresentou os pontos do programa de uma das candidaturas às primeiras eleições à Assembleia de Freguesia depois da Revolução dos Cravos.

    Na mudança de painel subiram ao palco, os “Jograis do Leça”, da Agorárte, que leram textos sobre a Revolução do 25 de Abril e recitaram poemas ligados à Liberdade, de insignes poetas portugueses, de que são exemplo, Manuel Alegre, José Jorge Letria, Miguel Torga, Sophia de Mello Breyner ou José Fanha.

    GRUPO JOGRAIS DO LEÇA, DA AGORÁRTE
    GRUPO JOGRAIS DO LEÇA, DA AGORÁRTE
    No início do 2.º painel, Carlos Magalhães leu vários e interessantes testemunhos que lhe chegaram de utentes do Lar de S. Lourenço do Centro Social de Ermesinde, posto o que apresentou e deu a palavra a pessoas que se predispuseram a partilhar os seus próprios testemunhos.

    Falou em primeiro lugar, Augusta Moura. Natural de Ermesinde, e ligada a uma família republicana, exerceu a sua atividade profissional na Empresa Aníbal Moura Lda.; em termos associativos, tem integrado os corpos dirigentes da Casa do Povo, Centro Social e Rotary Clube de Ermesinde. O seu testemunho foi sobre a forma

    (...)

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