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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 29-02-2024

    SECÇÃO: Saúde


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    UMA QUESTÃO DE SAÚDE
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    O que é a doença renal crónica na gravidez?

    No seguimento da edição anterior, na qual foram abordados fatores de risco e o mecanismo de desenvolvimento da doença renal crónica, este mês abordamos esta mesma doença, mas num contexto particular: a gravidez. Muitas vezes associamos a gravidez a um “estado de graça”, mas é importante informar acerca de potenciais problemas que podem surgir durante este período, especialmente em mulheres que já tinham alguma doença previamente.

    A doença renal crónica, como o nome indica, consiste numa alteração das funções dos rins, de forma crónica. Esta patologia pode afetar a saúde das mulheres em idade fértil, mulheres grávidas e a dos seus bebés. A doença renal crónica geralmente evolui ao longo dos anos, sendo por isso importante planear a gravidez numa fase precoce da mesma, pois os riscos para a saúde materna e fetal são significativamente menores e a fertilidade é geralmente normal. A gravidez deve ser sempre planeada com apoio do médico assistente, uma vez que, por si só, é um fator de agravamento da doença renal crónica; frequentemente esta doença implica referenciação para consulta hospitalar.

    A função dos rins avalia-se através de uma análise sanguínea chamada creatinina. Esta permite-nos perceber como é que os rins estão a funcionar e determinar o que chamamos a taxa de filtração glomerular que, quando normal, encontra-se acima de 90 ml/min. Quanto maior for este valor, melhor é a função renal e menor será o risco de complicações durante a gravidez.

    As complicações que mais frequentemente surgem são o aparecimento ou agravamento de hipertensão arterial, em cerca de metade das grávidas. A pressão arterial da grávida deverá ser avaliada em casa diariamente e a medicação será ajustada de acordo com os valores durante toda a gestação. A pré-eclâmpsia é uma complicação particular da gravidez que se manifesta com hipertensão e perda de proteínas na urina, surgindo após as 20 semanas de gestação. Pode ocorrer também na mulher saudável (3 a 5%), embora seja mais frequente na grávida com doença renal crónica, principalmente se avançada. Quando surge, implica uma vigilância apertada e por vezes internamento para vigiar a saúde materna e fetal, levando à antecipação do parto caso se verifiquem sinais de alerta para o bem-estar da mãe ou do bebé. Nas mulheres com esta doença existe, também, uma maior probabilidade de o bebé nascer antes do termo, ou seja, antes das 37 semanas, ou de terem bebés com baixo peso ao nascer.

    O bebé poderá ou não desenvolver a doença renal da mãe, uma vez que algumas doenças renais são hereditárias (por exemplo a Doença Renal Poliquística), existindo assim a possibilidade de transmissão da doença ao bebé. O risco de transmissão deve ser discutido numa consulta de Genética, assim como a possibilidade de realizar Diagnóstico Pré-implantatório (técnica que permite implantar embriões que não tenham a doença renal).

    O seguimento durante a gravidez será realizado, idealmente, em contexto hospitalar por Obstetras e Nefrologistas, com periodicidade, no mínimo,

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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    *Telma Lopes - Médica Especialista de Medicina Geral e Familiar, UCSP Matosinhos - Unidade Local de Saúde de Matosinhos

    *Catarina Rebelo - Médica Especialista de Medicina Geral e Familiar, UCSP Darque - Unidade Local de Saúde do Alto Minho

     

     

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