Conselho da Cidade: um Fórum de Participação Democrática dos Movimentos Coletivos de Ermesinde
O recente encontro do Conselho da Cidade deixou uma marca indelével na promoção da democracia participativa. Congratulamo-nos com a iniciativa desta reunião, que representa um passo significativo na promoção da participação direta dos movimentos associativos na busca por soluções conjuntas para o bem-estar de todos. Esta prática exemplar é crucial para fomentar uma cidadania ativa e democrática entre as populações.
Apesar de uma agenda de trabalhos bem conduzida, houve uma omissão na discussão do regimento de funcionamento do Conselho da Cidade, que será retomada no próximo encontro, conforme unanimemente acordado. Destacamos, entre os pontos da reunião, a programação das Comemorações do 50º Aniversário do 25 de Abril, que conta com uma variedade de propostas das associações e instituições da freguesia. Estas propostas serão elaboradas e apresentadas num programa festivo, incluindo caminhadas a partir de vários pontos da cidade, debates sobre democracia com alunos das escolas de ensino secundário e a apresentação de relatos de ermesindenses que viveram durante o período da ditadura, para preservação da memória histórica.
Por ocasião das Comemorações do 34º aniversário da elevação de Ermesinde a cidade, os compromissos incluem a realização de torneios desportivos e uma iniciativa da paróquia. Finalizando este evento, surge o desafio de criar uma comissão para preparar os 35 anos da cidade de Ermesinde, que terá como uma das suas atribuições reconhecer individualidades e coletividades que se destacaram pelos seus méritos.
Além disso, o Conselho também abordou questões informativas relevantes para as organizações locais, como o policiamento em Ermesinde, com a presença diária de uma viatura patrulha nas ruas da freguesia.
Mas é sobre o crescente número de pessoas na condição de sem-abrigo em Ermesinde que nos debruçamos. A assembleia manifestou uma preocupação profunda diante desta realidade, apresentando diversas propostas para mitigar este problema premente. Como alguém referiu, “é fundamental reconhecer que este não é apenas a questão deles, mas sim a nossa e que devemos sentir vergonha” pela falta de respostas coordenadas capazes de enfrentar este drama social contemporâneo. Esta constatação serve como um alerta de que estamos diante de um problema estrutural, alimentado pela política neoliberal que compromete a dignidade de todos em nome do lucro desenfreado. Os baixos salários, a especulação imobiliária, a carência de habitação adequada e a lacuna nas respostas sociais e econômicas efetivas são desafios que devemos encarar com urgência, por meio de uma política progressista e emancipatória. É urgente uma política de esquerda para se fazer o que nunca foi feito.
Em resumo, o Conselho da Cidade de Ermesinde demonstrou que é possível realizar discussões, e trocar pontos de vista, de forma construtiva e produtiva, sem demagogia nem insinuações. Decisões importantes foram tomadas, em conjunto com as forças coletivas da cidade, visando o bem-estar de todos. Aliás, políticas e soluções que o Bloco de Esquerda sempre defende: melhores salários, mais habitação pública, melhores serviços públicos.
Parabéns ao coletivo de Ermesinde por este importante passo em direção a uma comunidade mais justa e solidária!
Bloco de Esquerda Valongo
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