BASQUETEBOL
Já com a manutenção no bolso o CPN espreita agora uma presença nos play-off da Liga Feminina
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FOTO FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE BASQUETEBOL |
Quando faltam 3 jornadas para o final da fase regular da Liga Feminina de basquetebol é com bons olhos que o CPN olha atualmente para a tabela classificativa da competição. Isto, porque a turma de Ermesinde ocupa por esta altura o 8.º lugar da mesma, com 27 pontos, o que equivale a dizer que se encontra em posição de acesso aos play-off. E além disso, e quiçá mais importante que entrar nesta fase decisiva da prova, é de sublinhar o facto de as cepeenistas terem já assegurado matematicamente a manutenção na principal prova do basquetebol feminino português.
Mas vamos a dados mais concretos. Neste mês de fevereiro as seniores cepeenistas disputaram cinco encontros na Liga Feminina, conquistando duas vitórias e averbando três desaires. O trajeto do CPN teve início no dia 3 de fevereiro, altura em que o Benfica (reforçado recentemente com duas atletas estrangeiras) visitou a nossa cidade em jogo (na imagem) da 17.ª jornada. Perante um Pavilhão Municipal de Ermesinde cheio, onde se destacaram as presenças do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel de Oliveira, do vereador do Desporto da Câmara de Valongo, Ivo Vale Neves, e do presidente da direção do CPN, Josué Morais, o conjunto de Ermesinde deu uma excelente réplica às lisboetas, chegando ao intervalo com um equilibrado 20-28. No 3.º quarto o Benfica, fruto da qualidade do seu plantel, ganhou uma vantagem acima dos 10 pontos e o treinador da equipa da nossa cidade aproveitou para dar minutos às atletas jovens menos utilizadas, cifrando-se o resultado final numa vitória do Benfica por 64-41.
No dia 8 de fevereiro o CPN voltou a atuar em casa, desta feita diante do Esgueira, jogo em atraso da jornada 12. A turma de Ermesinde alternou entre o bom e o menos bom na primeira parte, provavelmente com a cabeça no jogo seguinte, diante do Ferragudo, que seria de extrema importância para as contas finais desta fase regular, de forma a que houvesse poupança de algumas atletas que apresentavam algumas mazelas no sentido de que estivessem aptas para o encontro com as algarvias dois dias mais tarde. Em relação ao resultado diante do Esgueira, o mesmo saldou-se por uma derrota para o CPN por 46-64.
E eis que chegou o dia do embate com o Ferragudo, jogo em atraso da 16.ª jornada. As algarvias tinham vencido o encontro da primeira volta em Ermesinde e precisavam de uma nova vitória para alimentar o sonho de continuar na Liga Feminina. O CPN apresentou-se nesta partida com uma grande contrariedade após a venezuelana Genesis Rivera não ter conseguido jogar, mesmo depois de ter feito o aquecimento antes do apito inicial. Mas mesmo com esta importante baixa o CPN mostrou fibra, e apesar de ter começado o 1.º período a perder por 18-13 nunca baixou os braços e realizou um parcial de 16-18 no 2.º quarto, fixando desta forma o resultado ao intervalo em 34-31 a favor do Ferragudo. O intervalo fez bem às ermesindenses, que entraram na segunda metade determinadas no plano defensivo e concentradas no ataque. Esta postura fez com que o CPN vencesse o 3.º quarto por expressivos 9-21, colocando dessa forma o marcador a seu favor em 43-52, garantindo uma vantagem de 9 pontos, a qual seria aumentada no período seguinte, e que se traduziu numa excelente vitória por 54-61.
No dia 18 de fevereiro mediu forças com o líder desta Liga Feminina, a União Sportiva, dos Açores. As ermesindenses enfrentaram esta poderosa equipas sem algumas jogadoras influentes, desde logo Genesis Rivera e a excelente base Justin King. Se já era difícil vencer as açorianas mais difícil ficou com estas baixas, conforme ficou comprovado com o resultado de 78-58 favorável às insulares. De salientar que neste encontro o CPN estreou a norte americana Deangelique Waite, que veio por troca, digamos, por Bailey Tabin, uma jogadora oriunda do Canadá a quem o CPN agradeceu publicamente todo o seu profissionalismo, boa educação e bons valores que sempre exibiu durante a sua permanência em Ermesinde ao serviço do emblema propagandista.
Finalmente, no dia 25 de fevereiro, as cepeenistas deslocaram-se ao pavilhão do Galitos em jogo da 19.ª ronda. A turma da casa precisava da vitória para sair dos lugares de despromoção, sendo que o azar bateu mais uma vez à porta das ermesindenses que se viram privadas da atleta Carolina Silva, também lesionada. Com uma vitória o CPN sabia desde logo que garantia a manutenção na Liga Feminina, e o que é certo é que essa vitória (65-71) seria alcançada pelo conjunto da nossa cidade com muita garra.
Em declarações ao nosso jornal, o treinador e coordenador da secção de basquetebol do CPN, Agostinho Pinto, endereçou um agradecimento por mais este grande feito aos patrocinadores da equipa, frisando que sem eles «seria impossível competir na Liga», agradecimentos estendidos a «pessoas e empresas anónimas amigas que nos tem ajudado a continuar com este lindo projeto». Uma palavra de agradecimento de toda a secção também ao próprio Agostinho Pinto, assim como ao seu adjunto, Jorge Mota, ao preparador físico Ricardo Oliveira, à fisioterapeuta Mariana, e ao team manager Ricardo Pacheco, pois sem todos «eles seria muito mais difícil», frisa a secção: Agostinho Pinto endereçou ainda um forte agradecimento a todas as atletas, «sem elas não seria possível, e só elas sabem o quão duro é esta competição», disse o coordenador, que destacou ainda a capitã de equipa, Rita Santos, atleta do clube desde os seus 5 anos de idade, e que sabe como ninguém o que é a mística do CPN, e pela forma como sabe receber as novas atletas e como lhes tem transmitido os valores do clube, proporcionando sempre um ambiente fantástico na equipa, conforme elucidou Agostinho Pinto ao nosso jornal.
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