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Edição de 30-11-2024
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    Arquivo: Edição de 29-02-2024

    SECÇÃO: Local


    CORREIO DO LEITOR

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    foto
    Fotografia 1: Esta notícia podemos ler e ver no digno Jornal de Notícias (JN), que neste momento passa pelas ruas da amargura, na peugada dos falecidos Comércio do Porto e Primeiro de Janeiro. Todos eles nos deixam saudades enormes e belas recordações temporais. Infelizmente já parece andar por aí quem remexa nas tábuas do caixão do nosso JN. Mas a notícia da fotografia 1 é perturbadora, pois a crise da habitação foi muito bem montada pela especulação imobiliária, dentro e fora do país, de que quase todos nós temos conhecimento e com a conivência de muitos que tinham o dever de a acautelar. Ao longo dos meus pesados 85 anos tenho assistido a muita desgraça reinante, pelos desprotegidos da sorte e pelo mau feitio dos gananciosos. Pois no meu curriculum assisti a senhorios que atiraram velhos e crianças para debaixo da ponte. Assim como tive conhecimento de inquilinos que pagavam uma renda miserável, mas que tinham casas próprias arrendadas por valores altíssimos. Resumindo, se há senhorios que exploram inquilinos e despejando-os do seu ninho sem dó nem piedade, também temos inquilinos explorando senhorios, que os míseros escudos, ou euros, nem dão para o senhorio pagar o vergonhoso IMI. Pessoalmente, em 1968 trabalhando a turnos na STCP, ganhava 700 escudos, e pagava uma renda de 450 escudos. Resumindo, o senhorio sem mover uma palha ganhava mais do que eu. Elucidativo? A talhe de foice, diz o estudioso da notícia, que hoje já nem para a classe média se constrói. Pois claro, os oportunistas ao ataque. Mas tenho estado atento à construção nova aqui no nosso reino. E vejo que as novas construções apenas chegam ao 4.º ou 5.º andar. Porquê? Aos especuladores só lhes interessa instalar os bem instalados na vida, claro. Se assistimos à vergonhosa falta de habitação para jovens e não só, porque não se constrói em altura (?), tanto que um dos fatores dos custos são o alto preço dos terrenos. Ou, não é assim? Dou os exemplos das áreas junto do Mercado de Ermesinde e junto ao Parque Urbano. Eis aqui o desprezo por conseguir mais habitação para quem precisa. Já sei que vão atirar-me à cara com os Planos de Urbanização, e assim ficamos com a ideia que até pode não ter sentido, mas que são feitos à maneira dos especuladores imobiliários e investidores de grande capital. Resumindo, ou já estou ché-ché, ou fazem de mim velho e parvo.

    Fotografia 2: Tantos e tantos estamos a berrar porque o planeta está a ser assassinado por todos nós. Está certo, mas uns contribuímos mais para o funeral do que outros. Na fotografia 2 tive o cuidado de apanhar do chão estas lindas folhinhas de plástico, utilizadas pelos inconscientes para festejarem a passagem do ano e que são também utilizadas em casamentos e batizados. Vêm naqueles tubinhos que explodem e espalham os ditos cujos em redor, agora junto com os saudosos confettis de papel. Estes sim que divertem e não fazem mal ao Ambiente. Agora o meu espanto e revolta, se a inteligência Governamental impôs uma taxa nos mini sacos de plástico para frutas, legumes, etc., porque não proíbe a venda desta imundice? Certo, estou mesmo a ficar senil!

    João Dias Carrilho, C.C. - 454502

     

     

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