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    Arquivo: Edição de 15-12-2023

    SECÇÃO: Local


    NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    Centro aprova de forma unânime orçamento elaborado numa perspetiva conservadora mas ao mesmo tempo ambiciosa

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    Um orçamento elaborado numa perspetiva conservadora mas que não deixa de ser ambicioso, assim podemos caracterizar o Plano e Orçamento do Centro Social de Ermesinde (CSE) para o ano de 2024 e que mereceu aprovação unânime por parte dos associados da instituição na Assembleia Geral (AG) realizada na noite de 28 de novembro último.

    Como habitualmente acontece e depois de dar início à reunião, o presidente da Mesa da AG, Abílio Vilas Boas, deu a palavra ao presidente da direção do Centro, Henrique Queirós Rodrigues, para que este pudesse tecer algumas explicações sobre o documento que ali esteve em análise, discussão e votação. O dirigente começaria então por referir que foi feita uma revisão orçamental conservadora, como consequência dos tempos de incerteza em que vivemos, onde ainda se sentem os efeitos da pandemia, da guerra da Ucrânia, aos quais se juntam num passado muito recente a guerra israelo-palestina, no plano externo; e a crise política, no plano nacional. «Não sabemos como se vai comportar a inflação, como vão variar os preços dos combustíveis e dos alimentos», frisou Henrique Queirós Rodrigues, que mais adiante na sua alocução salientou que a inflação do setor das Instituições Particulares de Solidariedade Social é superior à inflação no país, mais concretamente no que concerne aos géneros alimentares, e como tal «não sabemos como é que nos próximos tempos vai evoluir esse e outros indicadores que oneram negativamente o nosso futuro».

    De qualquer forma, o dirigente anunciou que o resultado previsto no final do exercício aponta para um valor positivo de cerca de 42.000,00 euros, mais concretamente de 41.991,49 euros, um resultado que os dirigentes do CSE esperam, aliás, que venha a ser superior ao previsto. É uma revisão orçamental conservadora, mas que não empola receitas nem restringe despesas, conforme deu nota o presidente do Centro mais adiante nesta apresentação aos sócios.

    No seguimento da sua intervenção Henrique Queirós Rodrigues trouxe boas notícias aos associados do Centro, dando conta de que já depois da elaboração do presente orçamento, e já depois da convocatória para esta AG, havia tido a informação de que o Governo tenciona atualizar para 2024 os acordos de cooperação com as instituições de solidariedade social, numa margem superior entre os 10,4 por cento e os 12 por cento relativamente aos valores de 2023 - sendo que o orçamento do Centro foi elaborado com uma previsão de 8,5 por cento de atualização desse financiamento da atividade da instituição.

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    Apesar dos riscos e incertezas dos tempos no futuro próximo, em face do que acontece no plano internacional e nacional, o Plano e Orçamento do CSE evidencia ambição, ainda que moderada, conforme vincou o presidente da direção. E neste ponto da ambição deu nota de que as instalações físicas da instituição têm vindo nos últimos anos a ser alvo de trabalhos de reabilitação/melhorias bastante significativos, um caminho que se pretende continuar a seguir nos próximos tempos.

    Recordaria que há pouco mais de dois anos foi substituído o telhado do Lar de S. Lourenço, bem como a substituição do telhado e dos vãos, caixilharias e janelas da Creche e Jardim de Infância (JI); a reabilitação de uma casa na Rua Miguel Bombarda para o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD); a substituição do telhado do Centro Comunitário das Saibreiras; e a construção da oficina de apoio aos trabalhos de conservação das instalações. Nas palavras de Henrique Queirós Rodrigues o documento ali em análise, discussão e votação procura acompanhar aquilo que tem sido preocupação da direção na qualificação e melhoria das instalações físicas que estão ao serviço das várias respostas sociais. E nesse sentido estão previstas mais algumas obras para continuar a melhorar as instalações da instituição, sendo que atualmente está já em curso a reabilitação das fachadas do Lar de S. Lourenço. Para 2024 está ainda previsto, e com recursos a capitais próprios, a substituição do telhado do ATL e a substituição dos dois pavilhões/salas pré-fabricados onde funcionam salas do JI, já que as atuais estão muito degradadas. Ainda no que diz respeito a investimento, o dirigente deu nota que a ser deliberado favoravelmente pelos associados na AG de caráter extraordinária que se seguiu a esta de caráter ordinário - ambas realizadas na mesma noite - o Centro pretende adquirir mais três casas no largo da antiga feira de Ermesinde. Não sabendo se todas elas irão ser objeto de recuperação/reabilitação, o dirigente explicou que esta intenção prende-se com o alargamento das instalações da Escola Segunda Oportunidade de Valongo (E2OV), o aumento ou diversificação das respostas sociais à população idosa, e o acolhimento de jovens no âmbito do programa Erasmus internacional. Para esta reabilitação o CSE deu conta de que pretende fazer uma candidatura ao PRR - Plano de Recuperação e Resiliência no sentido de assegurar parte do financiamento, mas caso não seja possível esse financiamento a instituição irá tentar avançar com essa reabilitação com recursos próprios.

    Findas estas notas explicativas de Henrique Queirós Rodrigues sobre este Plano e Orçamento para 2024 e o parecer favorável do Conselho Fiscal sobre o mesmo, o documento foi colocado à votação dos associados, tendo sido aprovado, como já foi referido, por unanimidade.

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    Colocado um ponto final nesta AG Ordinária realizou-se posteriormente a AG Extraordinária, que tinha como único ponto a deliberação sobre a aquisição de bens imóveis. Por outras palavras, a aquisição das três casas no largo da antiga feira já referidas neste texto. Henrique Queirós Rodrigues leu então o documento explicativo apresentado aos sócios, o qual começava por recordar que o largo da antiga feira «constitui um espaço estratégico para o desenvolvimento das atividades do CSE. Essa aptidão estratégica desdobra-se em duas vertentes: por um lado, a apropriação e utilização do espaço público do Largo António da Silva Moreira (Canório) como espaço complementar das respostas sociais e valências prosseguidas pela instituição; e, por outro lado, a criação ou expansão dessas respostas em instalações decorrentes da aquisição das moradias que bordejam o largo».

    Ora, como já foi antes referido, o CSE pretende aumentar a qualidade de algumas destas respostas, e é nesse sentido que pretende adquirir mais três casas neste local da cidade. O documento apresentado aos associados recordava que atualmente o Centro é proprietário de cinco moradias e arrendatário de outras duas no citado largo, sendo que neste local encontram-se instalações ligadas ao SAD, E2OV, o alojamento de jovens do Programa Erasmus de voluntariado internacional e o jornal A Voz de Ermesinde.

    Duas das três casas que o CSE pretende comprar localizam-se na Rua Miguel Bombarda, sendo que a outra está localizada no largo da antiga feira. «O preço global ajustado para a aquisição da propriedade dos três prédios é de 165.000,00 euros, pagável do seguinte modo: 35.000,00 euros por ocasião da escritura, a celebrar de imediato, e a parte restante do preço paga em 24 prestações mensais e sucessivas, sendo as 23 primeiras de 5400 euros e a última no valor de 5800 euros», podia ler-se no documento. De forma unânime os sócios do Centro deliberaram favoravelmente esta proposta para a aquisição dos três imóveis.

    Por: Miguel Barros

     

     

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