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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 31-10-2023

    SECÇÃO: Cultura


    Margarida Teixeira Lucas apresenta o livro “Dusukum Belebeleba e o colar da afeição”

    A autora é professora bibliotecária no Agrupamento de Escolas de São Lourenço.

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    No passado dia 29 de setembro decorreu a apresentação do livro infanto-juvenil “Dusukum Belebeleba e o colar da afeição”, da autoria de Margarida Teixeira Lucas, com ilustração de Sara Oliveira, numa publicação da editora “Trinta Por Uma Linha “.

    A sessão, que decorreu no Auditório da Junta de Freguesia, contou com a presença de ilustres convidados, entre outros o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel de Oliveira, o vereador da Educação da Câmara de Valongo, Orlando Rodrigues, o diretor do Agrupamento de Escolas de São Lourenço, José Miguel Marques e as suas adjuntas, Vera Borges e Cidália Martins. Estiveram ainda presentes, em representação da Biblioteca Municipal de Valongo, Lúcia Marques, Franklin Silva, em representação da Rede de Bibliotecas Escolares, e o editor da “Trinta Por Uma Linha”, João Miguel Ribeiro.

    A cerimónia iniciou-se com as boas vindas da escritora que fez uma nota alusiva à Convenção dos Direitos da Criança e às tribos nómadas do deserto.

    Interveio depois a professora Bibliotecária do Agrupamento de Escolas de São Lourenço, Conceição Ferreira, tendo começado por lembrar o Mês Internacional da Biblioteca Escolar. De seguida passou à apresentação dos convidados.

    O primeiro orador foi João Manuel Ribeiro, tendo iniciado a sua intervenção por refletir sobre o que é escrever para crianças: um desafio aliciante que envolve mecanismos de comunicação muito específicos. Segundo ele, este livro é um exemplo de sucesso no âmbito da escrita infanto-juvenil, não só pela técnica de escrita, (desde logo pelo título que funciona com um “trava língua”; um exercício fundamental para o desenvolvimento da fala nas crianças), pelo tema inspirado num determinado contexto africano e envolvendo as crianças do Mali, mas também, pelas ilustrações da autoria de Sara Oliveira que transportam o leitor para o exotismo das paisagens e costumes africanos. A ilustradora, licenciada pela Universidade de Aveiro, juntou-se à conversa, acrescentando que o seu trabalho foi muito facilitado pela beleza da história e pelo seu universo.

    De seguida interveio Margarida Teixeira Lucas. Esta, natural de Caldas de Vizela, teve uma vida académica multifacetada. Dela constam uma licenciatura pela Universidade do Porto em Ciências da Educação, um Mestrado em Educação da Criança pela Universidade do Minho, duas Pós Graduações, em Gestão Escolar e em Bibliotecas Escolares. É docente desde 1985 e atualmente desempenha funções como professora bibliotecária no Agrupamento de Escolas de São Lourenço.

    A escritora que nunca imaginou sê-lo porque achava que era uma tarefa só para alguns, envolveu-se na escrita como forma de preencher um vazio que a rotina diária lhe trazia. Contudo, sentiu a necessidade de partilhar o seu novo hobby junto da comunidade educativa e mais concretamente pô-lo ao serviço dos seus alunos.

    A história que inventou inspira-se na tribo Bambara, localizada no Mali, a sul do deserto do Saara, território marcado por muitos conflitos. Sem deixar de ficar indiferente às dificuldades do dia a dia daquela população, Margarida Teixeira Lucas fez mais do que escrever o livro ao doar os seus direitos autorais da venda de Dusukun Belebeleba (que na língua Bambara significa “Coração Grande”) a favor da Helpo, Organização Não Governamental para o Desenvolvimento ( https://www.helpo.pt/ ), no seu projeto de intervenção para “Apadrinhamento” e distribuição de suplemento alimentar a crianças no norte de Moçambique.

    Quanto à história narrada a autora não quis terminar a sessão sem dar algumas pistas ao público. Para isso leu alguns excertos e foi acompanhada ao som do momento musical a cargo do professor Rui Fidalgo. Os presentes assistiram ainda a um trailer onde se chamou a atenção para o QR Code, presente na obra, com sugestões de atividades pedagógicas relacionadas com a história e direcionadas à comunidade docente.

    O encerramento da sessão ficou marcado pelas intervenções de alguns dos principais convidados e cujo conteúdo se pautou pelos agradecimentos à autora pelo seu dinamismo, o que engrandece a vida cultural da freguesia e como tal toda a comunidade educativa.

    Por: Cândida Moreira

     

     

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