Homenagem aos Combatentes da Guerra Colonial
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Fotos MANUEL VALDREZ |
Na manhã do dia 29 de julho, junto ao Monumento aos Combatentes da Guerra Colonial, em Ermesinde, houve uma cerimónia de homenagem aos militares portugueses que combateram nas antigas colónias em África.
Estiveram presentes o presidente da Direção da Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra, Augusto Freitas, o presidente da sua Delegação em Ermesinde, José Sousa (representa os veteranos de guerra dos concelhos de Valongo, Maia e Gondomar, que infelizmente, se encontra doente em resultado de um AVC recente e, e por isso, impossibilitado de falar), representantes da Câmara de Valongo e da Junta de Freguesia e vários ex-combatentes.
Na sua intervenção o presidente da Associação Veteranos de Guerra deu a informação de ter estado reunido na véspera com a Ministra da Defesa, no sentido de regulamentar aquilo que já foi aprovado na Assembleia da República a favor dos antigos combatentes nas Guerras do Ultramar (1961-1974), porque – declarou Augusto Freitas – «os nossos governantes não podem esquecer o que fizemos pela Pátria». Foram lembrados os momentos difíceis que os combatentes viveram, sem saber para onde e para o que iam, muitos deram a sua vida pela Pátria e outros nunca conheceram os próprios filhos. O orador estranhou que não estivessem mais ex-combatentes, pois desejava ver neste momento todos aqueles que, deste concelho, estiveram em África e ainda estão vivos, porque «nós somos firmes, leais e constantes, até ao fim da nossa vida» - disse.
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O representante da Câmara, José Manuel Carvalho, agradeceu o convite para estar presente e, em nome da autarquia, mostrou-se grato para com todos os combatentes do concelho pelo serviço prestado à Pátria.
O tesoureiro da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel de Oliveira, que tem sido uma presença constante neste evento, nos últimos seis anos, lembrou os combatentes ermesindenses mas também as mulheres que cá ficaram, porque o esforço de guerra foi um esforço familiar, envolveu quem foi, mas também quem ficou.
Teve também palavras de reconhecimento para com o ermesindense Alcino, também presente, e que foi considerado um dos heróis da Pedra Verde, em Angola (1961), por ter colocado a bandeira nacional no sítio onde se encontrava o estandarte inimigo.
No final foi colocada uma coroa de flores no monumento em memória de todos os que partiram e entoado o Hino Nacional.
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