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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2023

    SECÇÃO: Património


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    ACONTECEU N’A VOZ DE ERMESINDE (16)

    S. João da Gandra (I)

    No mês em que decorrem algumas das mais célebres festividades do país, recordamos mais um dos eventos que decorreu em Ermesinde, as festividades de S. João da Gandra. Segundo Jacinto Soares, o evento decorreu durante dez anos consecutivos, entre 1954 e 1964, havendo uma paragem no ano de 1965 que marcou o declínio destas festas, que se extinguiram por completo na década de 70 (SOARES, 2008, 30).

    A Voz de Ermesinde, no tempo em que se deu o início deste evento ainda não existia, aliás, o seu início com a denominação de Sopa dos Pobres de Ermesinde, ocorre em 1958, pelo que não dispomos de informações sobre os primeiros anos da festa. Contudo, é logo no ano de fundação do jornal que vimos a encontrar alguns dados sobre a mesma.

    As festividades de S. João na Gandra não tiveram uma cobertura jornalística tão extensa como outras que viemos a encontrar na AVE, uma das justificações que consideramos plausíveis, para a falta de registos fotográficos e ocorrência de um grande número de notícias sobre o acontecimento, será o facto de se realizar “entre festas”. Ou seja, o S. João de Ermesinde decorria, nas páginas da AVE e na vida dos ermesindenses, entre as festividades da Santa Rita e de São Lourenço, eventos estes que a AVE cobria de uma forma excecional, enquanto um poderoso documento bibliográfico atual para a história de Ermesinde. É pelas páginas da AVE que conseguimos, atualmente, ter um conhecimento apurado sobre o que acontecia nas festividades da vila de Ermesinde, que entidades compareciam, a que horas começavam, a sua afluência e todos os detalhes dos programas, que aos poucos foram sendo cada vez mais enriquecidos por fotorreportagens, tal como demonstrámos nos nossos artigos anteriores, onde a AVE também realizou uma aprofundada cobertura da Feira Popular de Ermesinde. Consideramos, claro, que estes artigos à luz da historiografia atual, se assumem com várias lacunas ou omissões de informações que gostaríamos de obter, mas estamos conscientes de que um jornal é um meio de divulgação do seu tempo e que a AVE, se preocupou em deixar-nos um vasto legado para os dias de hoje.

    TÍTULOS DOS ARTIGOS DA AVE EXPLORADOS NESTA EDIÇÃO
    TÍTULOS DOS ARTIGOS DA AVE EXPLORADOS NESTA EDIÇÃO
    Pelo que começaremos agora a anunciar alguns dos dados que nos chegaram sobre esta festa, de forma cronológica. Tal como mencionámos anteriormente, a primeira notícia que encontrámos sobre o S. João da Gandra foi feita no ano de fundação da Sopa dos Pobres de Ermesinde, em 1958. Neste ano a festa decorreu entre 21 e 24 de junho e é-nos mencionado logo nas primeiras linhas que «A Comissão Organizadora não se tem poupado a esforços para que as festas deste ano ultrapassem em grandiosidade as dos anos anteriores» (SDP, 1958, 6). O plano de 1958 contava, no primeiro dia, com a inauguração das iluminações nas ruas e de espetáculos de dança, salientando-se que entre as diversões se ia encontrar a pista de automóveis elétricos dos “Irmãos Ramires”. No dia seguinte, iria decorrer, da parte da tarde, uma quermesse onde seriam entregues presentes à Comissão de Festas, por parte das firmas e senhoras de Ermesinde. Pela noite, iria decorrer um arraial a que se iam juntar o funcionamento de barracas e bares a servir o evento. O dia 23 seria o ponto alto da festa, como acontece em todas as localidades que comemoram o dia deste santo atualmente, decorria a grande noitada de S. João, nesta seriam inauguradas as bancadas de venda de manjerico com quadras alusivas ao evento e também as bancas de cidreira, um dado curioso que aprofundaremos mais à frente. Na grande noite de festa também se inauguravam as barracas de venda de caldo verde, a venda de café e o “Retiro Sanjoanino” (sobre o qual não dispomos de dados atuais e de quais as suas atividades). Decorriam ainda as rusgas e descantes populares, durante a madrugada do dia seguinte. O dia 24 marcava o encerrar das comemorações onde decorriam as “Fontainhas de Ermesinde” e cerimónias de encerramento.

    Um dos dados mais curiosos sobre estas festividades também nos chega pela monografia de Jacinto Soares, ao bater da meia noite da noite de S. João decorria a batalha da cidreira, onde os namorados ou pares recém-criados davam a cheirar aos outros ou a quem passasse por eles a erva aromática. Um costume que se foi vindo a perder em substituição pelos martelos de plástico e alho porro (SOARES, 2008, 28).

    É já com a denominação de A Voz de Ermesinde que encontramos a segunda notícia sobre as festividades, depois de denotarmos a falta de menções no ano de 1959, na edição nº 30 da AVE, em 1960, o tema é retomado mas não da forma esperada. Ou seja, não nos é mencionado o S. João da Gandra ou os eventos que aqui viriam a decorrer.

    A capa da AVE, dedicada ao tema, inclui um artigo assinado por Alberto Delgado, onde este nos dá a conhecer o Santo a quem é dedicada a festa e algumas quadras alusivas à época festiva. Refere alguns dos locais onde o Santo é comemorado, sem qualquer menção ao que iria decorrer em Ermesinde no referido ano. Ao lado deste artigo, encontramos um outro intitulado de “S. João das Fontainhas”, assinado por Maria Rosa de Sousa Reis, onde mais algumas quadras alusivas à época são colocadas. Seguida de uma nova omissão, em termos temporais, do que veio ou viria a decorrer no ano de 1961.

    É em maio de 1962 que volta a existir menção das festas, apesar de não encontrarmos dados sobre o seu programa, que ainda não tinha sido divulgado, a Comissão de Festas mencionava à AVE que este seria repleto de surpresas. Este artigo conta com

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    Bibliografia:

    – SOARES, Jacinto (2008). Ermesinde: Memórias da nossa gente. 1ª edição. Ermesinde: Junta de Freguesia de Ermesinde; – Sopa dos Pobres de Ermesinde, junho de 1958, nº 6 - A Voz de Ermesinde 1, junho de 1960, nº 30; – A Voz de Ermesinde 2, maio de 1962, nº 53; – A Voz de Ermesinde 3, maio de 1963, nº 65;

    – A Voz de Ermesinde 4, maio de 1964, nº 77

    Por: Mariana Filipa Lemos

     

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