CORREIO DO LEITOR
E as passadeiras de peões, Senhor?
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Esta cidade que se deseja tão linda, como tantas suas congéneres, apresenta-nos as suas falhas. Assim, como se pode compreender que Roma e Pavia não se embelezam num só dia, estou atento às muitas falhas que vão ao longo dos anos subsistindo nas ruas da nossa cidade. Como exemplo, vou referir o mau exemplo aqui na Rua de S. Silvestre, de pequena dimensão, mas com um cruzamento e três entroncamentos de ruas. Em toda a sua extensão, desde a Rua de S. Lourenço até à Rua Miguel Bombarda, não tem uma única passadeira para peões. No sentido de quem tem de atravessar de leste para oeste, ou de oeste para leste, e são bastante concorridas, quer de trânsito automóvel, como de peões. No caso de um deficiente motor ainda maior é o risco na aventurosa mudança de trajetória. Risco acrescido agora com a fórmula encontrada para recolha do lixo, com contentores de alguma dimensão ocupando os passeios sem dimensões que comportem a passagem de deficientes motores. E bebés em cadeiras de rodas? Não se está contra o novo sistema, pelo contrário, mas que estes (contentores) sejam colocados em passeios que não obriguem os mais frágeis a serem expulsos dos passeios públicos quando ali circulam para a perigosidade das faixas de rodagem. Podendo ocasionalmente dar origem a acidentes de consequências graves. E aqui não há passadeiras que nos valham. Como tenho dificuldades nos meus circuitos pedestres também noto a falta de muitas placas toponímicas em algumas ruas, ou então só estão na entrada ou na saída (das ruas), o que nos obriga a deslocação por vezes inglórias, para chegar ao “oásis”.
Quando faço o inventário dos meus descontos de impostos, taxas e taxinhas, chego à conclusão que deveria ser um nadinha mais bem recompensado e compreendido. Apenas gostava de ser um pouquinho mais recompensado nos meus direitos.
João Dias Carrilho, C.C. - 45 45 02
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