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Edição de 31-12-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2023

    SECÇÃO: Destaque


    102.º ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ERMESINDE

    Aniversário marcado pela mobilização interna e externa em torno de um objetivo de utilização comum

    O mês de junho na nossa cidade fica marcado pelas comemorações do 102.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (AHBVE). Foram várias as atividades/iniciativas que os nossos bombeiros levaram a cabo para festejar a data, mas o ponto alto das celebrações aconteceu no fim-de-semana de 17 e 18 de junho, destacando-se aqui, entre outros “apontamentos”, a homenagem aos associados com 25 e 50 anos de filiação; a romagem aos cemitérios de Ermesinde, Alfena e Águas Santas para homenagear os Soldados da Paz já falecidos; e a sessão solene que teve lugar no quartel dos nossos bombeiros.

    Este programa comemorativo foi encerrado com um arraial de S. João (no dia 23) no parque de estacionamento do quartel, que teve como missão, digamos, angariar mais alguns fundos para a aquisição de uma nova ambulância de socorro. Aliás, este objetivo (a compra da ambulância) esteve em foco neste aniversário, tendo sido marcante e louvável (como podemos constatar nesta edição) a mobilização da nossa sociedade em torno desta finalidade tão necessária para o trabalho diário dos bombeiros de Ermesinde.

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    Ao final da manhã de 18 de junho o salão nobre da AHBVE acolheu aquele que por norma é o ponto alto das comemorações dos aniversários dos nossos bombeiros, a sessão solene. Momento presenciado por muitos bombeiros, famílias destes, e diversos convidados. Neste último aspeto é de realçar que a Mesa de Honra foi composta pelo presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), José Manuel Ribeiro; pelo representante da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Cruz; pelo presidente do Conselho Fiscal da AHBVE, Carlos Oliveira; pelo presidente da Junta de Freguesia de Alfena, Luís Miguel Caetano; pelo tesoureiro da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel de Oliveira; pelo presidente da direção da AHBVE, Jorge Videira; pelo comandante dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (BVE), Emanuel Santos; e pelo presidente da mesa da Assembleia Geral da associação aniversariante, José Alves.

    E foram precisamente desta última personalidade as primeiras palavras da sessão, que além de agradecer a presença de todos os que ali se encontravam, endereçou um profundo obrigado aos bombeiros de Ermesinde pelo trabalho que vêm desenvolvendo ao longo destes 102 anos.

    As palavras seguintes foram do comandante Emanuel Santos, que iniciou a sua intervenção com a recordação de uma triste efeméride que há seis anos (nesta mesma altura) aconteceu no território nacional: o incêndio de Pedrógão Grande. Um acontecimento que, conforme lembrou o comandante, tirou a vida a 66 pessoas, uma delas bombeiro. De seguida, Emanuel Santos, pediu um minuto de silêncio, fazendo-se ouvir neste período o Hino do Silêncio na sala. O comandante dos BVE recordaria mais adiante que estes 102 anos dos nossos bombeiros foram celebrados de uma forma mais singela, pois «temos de agrupar forças para os anos seguintes», lembrando ainda o facto único no nosso país de o corpo de bombeiros ermesindenses ter como área de atuação duas cidades (Alfena e Ermesinde), com uma população (fixa e itinerante) que ronda os 70.000 habitantes. População esta que, e de acordo com o comandante, a faixa etária se encontra já a acima da média nacional, informando a este propósito que o serviço operacional dos BVE, mais concretamente a prestação de socorro, tem aumentado de uma forma bastante acentuada. Sustentaria este facto com números, ao dizer que o seu corpo de bombeiros está a efetuar uma média de 600 serviços mensais, média dos três últimos meses, isto em contraponto com médias anteriores, que rondavam os 500 serviços mensais. Emanuel Santos sublinharia mais adiante a dificuldade que os seus bombeiros sentem ao nível de viaturas de socorro, carros com idades muito avançadas, que muitas vezes ficam inoperacionais devido a avarias que têm que ver com o seu tempo de vida. «Os nossos bombeiros desdobram-se em esforços de forma a garantir que os nossos cidadãos são assistidos em tempo útil, embora por vezes tenhamos necessidade de receber apoio dos corpos de bombeiros vizinhos. E muitas das vezes somos nós a apoiar os corpos bombeiros vizinhos, como diariamente o fazemos», frisou o comandante que de seguida pediu uma salva de palmas para os nossos bombeiros. E continuando no tema do parque automóvel dos BVE, deu nota que este ano fica marcado pelo projeto idealizado por todos os bombeiros com vista à angariação de fundos para a aquisição de uma nova e urgente ambulância de socorro. «A ambulância é para socorrer todos, bombeiros incluídos. Hoje, com a colaboração dos nossos bombeiros, CMV, Juntas de Freguesia de Ermesinde e de Alfena, do Motoclube Cavaleiros Boreales, da Associação Académica e Cultural de Ermesinde, da Associação de Pais da Escola da Gandra, entre outros beneméritos particulares e empresas, podemos considerar o objetivo como concretizado. Ainda faltam alguns euros, mas temos a certeza do êxito do trabalho conjunto. Só assim faz sentido, só assim obtemos bons resultados, trabalho em equipa em prol da comunidade», referiu o comandante.

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    Mais adiante no seu discurso destacou que no caminho da continuidade dos bombeiros está a Escola de Infantes e Cadetes dos BVE, um projeto que começou há seis anos pela mão do então comandante Sérgio Barros, conforme recordou. Projeto este que nas palavras de Emanuel Santos tem tido algumas dificuldades, em virtude do excesso de serviço operacional, mas com esforço e muito sacrifício da vida pessoal dos instrutores a escola vai cumprindo a sua missão de educar e formar. E neste sentido o Comando deliberou conceder um louvor a cinco bombeiro(a)s precisamente por esta dedicação a formar e a educar os Soldados da Paz do “amanhã”. Desta forma seria entregue nesta sessão um certificado (de louvor) a Agostinho Sousa, Cristina Moreira, Patrícia Fernandes, Maria Monteiro e Sandra Ferreira.

    A sessão solene seria ainda aproveitada para proceder à cerimónia da promoção de três bombeiros de 2.ª à categoria de bombeiros de 1.ª, nomeadamente Ricardo Silva, Cristina Moreira e Vânia Ferreira.

    Nas suas palavras finais o comandante Emanuel Santos congratulou os bombeiros do Quadro de Honra, que nas suas palavras demonstraram este ano que ainda estão “aqui para as curvas”, já que integraram as formaturas que representaram o corpo de bombeiros nas comemorações do 25 de Abril. Aos seus bombeiros o comandante endereçou um profundo e sentido obrigado pelo empenho e dedicação para com o corpo de bombeiros e com a nossa população. «Vocês são a essência do corpo de bombeiros». Sentido e emocionado agradecimento pelos serviços prestados foi também feito pelo comandante ao Chefe António Azevedo, que agora deixa o corpo de bombeiros e passa a integrar o Quadro de Honra. Palavras sentidas de agradecimento foram também para a sua equipa de Comando, «uma equipa que me ajuda a encontrar o melhor caminho para o corpo de bombeiros». Aos órgãos sociais Emanuel Santos pediu para que continuem a trabalhar com os bombeiros, e que estes estão “ali” para ajudar a manter a AHBVE no patamar em que merece estar. E dirigindo-se precisamente aos órgãos sociais da associação humanitária disse: «nós não somos um corpo de bombeiros, nós somos o corpo de bombeiros!».

    JORGE VIDEIRA CÉTICO EM RELAÇÃO AO FUTURO DOS BOMBEIROS EM PORTUGAL

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    E seria com base nestas palavras do comandante que o presidente da Direção da AHBVE, Jorge Videira, iniciaria a sua intervenção, referindo que a Direção tem colaborado sempre com o corpo de bombeiros, salientando a harmonia que sempre existiu naquela “casa”. A este propósito referiu que da parte dos órgãos sociais os bombeiros podem contar com essa mesma harmonia, «porque somos uma família», disse Videira, que mais adiante vincou o profundo reconhecimento que os dirigentes da associação humanitária têm pelos bombeiros de Ermesinde, por tudo o que têm feito em prol daquela “casa”. E depois de parabenizar e desejar felicidades aos bombeiros que ali haviam sido promovidos, e os que receberam o louvor, bem como ao Chefe Azevedo, «um homem que deu muito a esta casa», Videira faria em nome dos órgãos sociais da AHBVE um reconhecimento ao Comando e aos bombeiros pela iniciativa que levaram por diante para a angariação de fundos no sentido de se adquirir uma nova ambulância. E sobre isto o presidente da Direção diria mais à frente que é aos órgãos sociais que compete comprar as ferramentas de trabalho, como é o caso de uma nova ambulância, mas a situação económica da associação é «bastante débil». A este propósito deu nota de que a despesa mensal da AHBVE ronda os 80.000 euros, mas que muitas vezes, quando chega ao fim do mês, nem 60.000 euros a associação tem, «e temos de andar aqui com uma engenharia financeira para resolvermos os nossos problemas. E esta iniciativa dos nossos bombeiros tem dado frutos, e aqui quero reconhecer o contributo da CMV, das duas juntas de freguesia (Ermesinde e Alfena), e dizer que a ambulância já está encomendada, e que dentro de dois meses estará aqui. Só que temos de continuar a trabalhar para atingirmos o objetivo, que rondará os 65.000 euros».

    Sobre as dificuldades financeiras da AHBVE, Jorge Videira lembrou que estas são

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