A raiz psicológica das resistências à reforma
O ser humano, habitualmente, dispensa três a cinco décadas da sua vida a seguir uma rotina baseada no desempenho de uma profissão que implica a conciliação de papéis profissionais com papéis pessoais, familiares e sociais.
A inserção em contextos profissionais traz vantagens subjetivas e psicológicas na vida do indivíduo como: a regulação do quotidiano com o estabelecimento de rotinas, sentimento de autonomia e controlo, participação na vida económica e social do país, sentimento de realização pessoal.
A chegada da reforma, por ser uma etapa desconhecida, pode gerar expetativas positivas ou negativas. Esta fase implica ajuste de papéis, alterações na vida pessoal e a necessidade de redimensionar os seus papéis sociais. A situação de reforma pode promover a aquisição de novas competências e habilidades, acentuar os laços familiares ou promover o isolamento. Assim, a família e/ou amigos significativos têm um papel importante de mediadores e facilitadores durante esta transição, oferecendo apoio e suporte.
Podem ser definidos 4 modos de adaptação à reforma: Transição para a velhice: vivenciar a reforma como um marco para o envelhecimento; Novo começo: ver a reforma como um novo começo, renovando propósitos e objetivos; Continuação: Procurar manter-se ativo, não alterando muito a sua rotina; Rutura imposta: sentir-se afetado pela perda de papéis e preferir manter-se a trabalhar.
A relação entre a reforma e a saúde psicológica pode ser bastante significativa, já que o indivíduo se encontra perante a necessidade de várias mudanças em simultâneo e que podem ser difíceis de conciliar entre si. Por ser um período desconhecido, pode gerar incertezas e preocupações com o futuro financeiro, familiar e social, podendo escalar para problemas de saúde mental, como a ansiedade e depressão. No entanto, o ser humano tem a capacidade de se adaptar e ajustar a novos papéis e rotinas.
A (re)definição de papéis e a reformulação dos objetivos ao longo da vida fazem parte dos elementos principais para conseguir alcançar uma boa adaptação à reforma e contribuir para aumentar a satisfação com a vida e bem-estar psicológico. Uma boa alternativa para ocupar o tempo disponível, é a descoberta de atividades lúdicas e de lazer. Reformar-se não significa que
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Joana Lopes*
* Psicóloga da Casa do Povo de Ermesinde
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