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    Arquivo: Edição de 30-04-2023

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    NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    Assembleia Geral do Centro Social de Ermesinde aprova Relatório e Contas de 2022

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    No último dia do mês de março de 2023, no Salão do Centro Social de Ermesinde (CSE), a Assembleia Geral, sob a presidência de Abílio Vilas Boas, aprovou por unanimidade, o Relatório de Atividades e Contas, apresentado pela Direção, liderada por Henrique Queirós Rodrigues, relativo ao exercício do ano 2022.

    Acerca do documento em análise e discussão, o presidente da Direção do Centro Social teceu algumas considerações, nomeadamente que, após a exceção que constituíram as contas do ano de 2021, que então apresentaram um resultado negativo de cerca de 90.000 euros, justificável pelo contexto atípico da pandemia de Covid-19 que perturbou profundamente a vida das pessoas e das instituições, e agravou os custos e encargos de funcionamento, as contas de 2022 volta a ter saldo positivo, que se cifrou em mais de 48.000 euros.

    A instituição, numa conjuntura que não é fácil, com a subida da inflação, continua a fazer um grande esforço financeiro no que respeita às despesas com salários e outras remunerações de trabalho, o que tem sido, e continuará a ser, o efeito de «o Centro Social de Ermesinde ser/fundamentalmente uma instituição prestadora de serviços pessoais, exigindo mão-de-obra intensiva».

    O salário mínimo subiu 5,8%, o que representa um constrangimento financeiro para o Centro, mas uma vantagem social e humana que «faz parte da identidade desta Instituição», onde os cuidados prestados a pessoas concretas, fazem parte de uma relação de proximidade entre os trabalhadores e os utentes, pois essa é uma das marcas do Centro Social de Ermesinde, que até paga mal aos técnicos superiores, em comparação com o que é pago quer no setor público, quer no setor privado.

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    No cômputo geral, a percentagem das despesas com pessoal, em relação à receita total, reduziu-se dos 72,3% que representava em 2021 para os 67% que pesa no exercício de 2022, o que está dentro da média nacional, de acordo com um estudo levado recentemente a cabo pela Universidade Católica, sobre “A Importância Económica e Social das IPSS”. Aliás, as indicações são no sentido de que o peso das despesas com ordenados deve efetivamente ficar abaixo de 70% das receitas.

    Henrique Queirós Rodrigues apesar dos resultados financeiros positivos revelou algumas preocupações, quanto ao futuro, reconhecendo que este tipo de instituições (as IPSS) vivem com algumas vulnerabilidades, nomeadamente a nível de Lar de Idosos. O governo paga pouco para quem cuida dos idosos e nota-se também, ultimamente, uma fraca colaboração do Serviço Nacional de Saúde. Alguns utentes deveriam estar num serviço de cuidados continuados. Por outro lado, e com base no estudo acima referenciado, não é dada suficiente formação aos trabalhadores dos Lares, o tempo é pouco para cuidar das pessoas, não sobrando muito para formação, que acaba por ser precária, não é só no caso do CSE, cujos dados também entraram no aludido estudo.

    Em contraponto, o presidente da Direção do CSE, colocou a creche familiar, que beneficiou do princípio da gratuitidade determinado pelo governo, o que veio afetar positivamente os resultados, que passaram de 24.000 euros negativos em 2021 para 3.400 positivos em 2022. Passadas em revista as várias respostas sociais todas elas tiveram uma evolução positiva, em termos financeiros.

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    O ano de 2022 ficou ainda marcado pela pandemia Covid-19 com impacto na organização do trabalho, no reforço dos recursos humanos, na aquisição de equipamentos de proteção individual, no distanciamento social, que foi mais notado nas visitas ao Lar, e na necessária modificação das atividades do Serviço de Apoio Domiciliário.

    O presidente do CSE, já a concluir, disse que não se pode aumentar a comparticipação dos utentes, o Estado também não aguenta muito mais, pelo que terão que ser as autarquias e as comunidades a fazer um maior esforço de apoio a este tipo de instituições e é isso que tem faltado. As comunidades locais terão, pois, de se mobilizar no apoio das suas instituições sociais, para que elas possam cuidar melhor das suas pessoas: crianças, jovens e idosos.

    Artur Carneiro, presidente do Conselho Fiscal, leu o Parecer daquele órgão que aconselhava a aprovação do documento em apreciação – o Relatório de Atividades e Contas – que mereceu efetivamente a aprovação, por unanimidade, dos associados presentes.

    Por: Manuel Augusto Dias

     

     

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