SECÇÃO: Destaque

Agostinho Pinto homenageado como Profissional do Ano pelo Rotary Club de Ermesinde

Fotos MANUEL VALDREZ

Neste sarau, o RCE premiou ainda dois exemplos de excelência no seio da nossa comunidade, isto é, homenageou os dois melhores alunos do 12.º ano do último ano letivo dos Agrupamentos de Escolas de Alfena e de Ermesinde. Esses dois exemplos de excelência académica foram Mariana Silva, da Escola Secundária de Alfena; e Mário André Gonçalves, da Escola Secundária de Ermesinde, que além do diploma que atesta o reconhecimento da sua excelência receberam, das mãos do presidente do RCE, Ricardo Gonzalez, cada um deles um cheque no valor de 250 euros.

O momento de cultura deste evento foi abrilhantado com a participação da ASPRECA – Associação para a Preservação do Património Cultural Popular de Alfena, a qual tem, como a própria designação refere, o objetivo de estudar, divulgar e preservar o património cultural e tradicional de Alfena. Neste sarau o seu grupo de danças e cantares deliciou os presentes com uma atuação (musical e teatral) que divulgou/recordou precisamente as raízes do povo alfenense.

Conforme foi referido neste sarau, o movimento rotário é muito incentivado a reconhecer os valores profissionais e éticos de pessoas que se destaquem com as suas ações em prol da sua comunidade, do país e até mesmo do Mundo. E este ano o homenageado foi (e é) alguém «muito prestigiado na nossa comunidade, alguém que aqui nasceu e que se dedica através do desporto a ensinar pessoas a tirarem de si o melhor que têm, que as prepara melhor para as funções que vão desempenhar na vida, seja no âmbito familiar, profissional, de amizade, de companheirismo, ou social», conforme foi referido na apresentação do Profissional do Ano: Agostinho Pinto.

Por sua vez, o vice-presidente do CPN, Alfredo Sista, referiu-se ao homenageado como uma figura incontornável do basquetebol português e do CPN. «A vida tem-me brindado nestes anos que levo de CPN com a oportunidade de privar de perto com ele, e fico muito grato por isso. Mas independentemente da estima e da admiração pessoal, devo reforçar a influência exercida por ele em todos aqueles que têm tido a oportunidade de trabalhar e aprender com ele», disse Alfredo Sista, acrescentando mais adiante que Agostinho Pinto marcou e continua a marcar gerações de atletas que não se esquecem do seu registo de liderança, de persistência e muita vontade sempre de vencer. «O CPN e toda a sua direção sentem-se gratos pela sua dedicação e pelo seu contributo. Para o Agostinho um muito obrigado!», rematou o dirigente desportivo.

Por fim, usaria da palavra o profissional homenageado. Visivelmente emocionado, não só pela distinção. mas de igual modo por estar de luto pelo falecimento horas antes de um familiar, e grande amigo, seu, Agostinho Pinto, começou por agradecer ao RCE o prémio e a honra de estar ali, endereçando de seguida um agradecimento ao seu clube de sempre, o CPN, pois «se não fosse o CPN não estaria aqui». Estendeu os agradecimentos à ABP e à FPB «que me proporcionaram estas coisas todas». Por último, mas que na verdade foram as primeiras, agradeceu a todas as atletas que ao longo destes anos todos trabalharam consigo. «Elas são o maior tesouro que tive na minha vida, e foram elas que me ajudaram, que me aturaram, que me fizeram chegar ao nível que consegui chegar. Muito Obrigado», terminou Agostinho Pinto debaixo de calorosos aplausos.

(ALGUNS) REGISTOS DE «UM PROFISSIONAL DE MÃO CHEIA»

Agostinho Pinto nasceu em Ermesinde há 58 anos. É treinador há 42 anos e está ligado ao CPN há 48 anos. «É um profissional de mão cheia», conforme foi dito aquando da apresentação de algum do seu vasto e rico currículo. Sim, porque muitos mais títulos e feitos desportivos podiam ser referidos além daqueles que foram mencionados neste sarau. É treinador de nível 3, para além de preletor em vários clinics nacionais e internacionais de basquetebol. É selecionador e treinador nacional do escalão de sub-18 femininos, além de ser de igual modo treinador-adjunto da seleção nacional de seniores femininos. Ao serviço da nossa seleção foi vice-campeão da Europa de sub-16 femininos. É o único treinador da história do basquetebol em Portugal com uma medalha na Divisão A (europeia) desta modalidade, e o único treinador que até à data apurou Portugal para o Campeonato do Mundo de sub-17. Venceu o Challenger no escalão de sub-18 feminino de 2021, prova que nesse ano substituiu o Campeonato da Europa da Divisão A deste escalão. Arrecadou a medalha de ouro dos Jogos da CPLP no escalão de de sub-16 femininos, e como treinador adjunto venceu a medalha de prata nos Jogos da Lusofonia, no escalão de seniores femininos. Na condição de treinador tem sido escolhido para campos da NBA (liga norte-americana de basquetebol) nas vertentes masculina e feminina. Enquanto treinador das seleções nacionais de formação conta já com 91 internacionalizações, às quais soma mais 115 na condição de treinador-adjunto da seleção nacional sénior e da seleção nacional universitária.

É coordenador da secção de basquetebol do CPN há mais de 40 anos, clube que ajudou a ser uma referência a nível nacional e internacional no basket. No CPN já foi campeão nacional em todos os escalões, desde os sub-14, passando pelos sub-16, sub-19, até aos seniores. O mesmo se passa ao nível distrital, onde coleciona largas dezenas de títulos em todos os escalões. Ao longo da sua carreira ligada ao clube da nossa cidade formou mais de 40 atletas internacionais. Foi durante vários anos selecionador distrital da ABP, arrecadando também vários títulos nos campeonatos nacionais de seleções. Mas muito mais poderia ser dito em relação a Agostinho Pinto.

Por: MB