Banda Musical de S. Vicente de Alfena brindou numerosa plateia com Concerto de Reis memorável
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Fotos FRANCISCO MATOS - CHICO MEDIA |
A Banda Musical de S. Vicente de Alfena levou a cabo a 6 de janeiro passado um Concerto de Reis. O evento teve lugar na Igreja Matriz de Alfena, que registou uma grande moldura humana que ali presenciou um magnífico espetáculo musical que teve a particularidade de assinalar a estreia do maestro Hélder Magalhães à frente da Banda Musical de S. Vicente de Alfena. A banda alfenense não esteve sozinha nesta Noite de Reis, já que o Orfeão de Rio Tinto também atuou.
O repertório selecionado pela Banda Musical de S. Vicente de Alfena foi, de acordo com o maestro Hélder Magalhães, ao encontro «do belíssimo espaço que é a Igreja Matriz de Alfena e, também, de caráter festivo, visto que era a Noite de Reis e, igualmente, o início de um novo ano».
Hélder Magalhães, que é também, e recorde-se, maestro do Orfeão de Ermesinde, explicou ao nosso jornal que para este concerto foi escolhida uma obra base de caráter mais litúrgico, uma vez que o espaço, sendo um local de culto, assim o exigia. Por sinal, essa obra juntou os dois grupos intervenientes do concerto: a Banda Musical S. Vicente de Alfena e o Orfeão de Rio Tinto. Ambos os grupos interpretaram a “Missa Brevis”, do compositor neerlandês Jacob de Haan. Foi ainda interpretada a peça “The Carnival of Venice”, onde se apresentou como solista Diogo Santos Ferreira, que, com apenas 13 anos, é um dos saxofonistas mais premiados da sua geração, tanto a nível nacional como internacional. Posteriormente, um “Christmas Medley”, do compositor Lorenzo Pusceddu, uma obra do compositor português Carlos Marques, de nome “Natum 1834”, e ainda um pasodoble de concierto “Música y vinos”, do compositor Manuel Morales Martínez. Para terminar, foi reservada uma peça mais introspectiva e de inspiração para o novo ano, interpretada pela banda e o solista Lécio Ribeiro ao piano, “The Seal Lullaby”, música de Eric Whitacre.
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Tendo sido esta a estreia do maestro Hélder Magalhães a dirigir a Banda Musical de S. Vicente de Alfena, pedimos que nos dissesse como vivenciou este concerto, e como sentiu o público no final deste espetáculo (?). Na resposta, o maestro confessou que esta havia sido «uma estreia que se previa ao mais alto nível e assim foi. Gerou-se uma enorme expectativa, relativamente a este concerto, promovida pelos órgãos de comunicação social da região, pelas partilhas do evento nas redes sociais e pelas mensagens positivas que nos eram transmitidas sobre o mesmo. Abençoada por um público fantástico e numeroso, fala-se de um enorme espaço, pela beleza sonora de um orfeão, a quem estive ligado artisticamente ao longo de 27 anos e pela qualidade de uma banda com compromisso e uma vontade enorme de ser no futuro uma referência no mundo artístico, em particular no meio filarmónico. Com tudo isto bem alinhado e em sintonia, fez-se um concerto que, na minha opinião e tenho a certeza que para todos sem exceção, foi memorável. No final, sentiu-se um ambiente de dever cumprido. Inspirados nos aplausos e nas intensas mensagens que o público nos transmitiu, temos a responsabilidade de dar continuidade a este novo projeto que se iniciou em finais do mês de outubro do ano transato».
Já no final da nossa conversa o maestro aproveitou a oportunidade para «agradecer a todos os músicos pelo compromisso, pela disponibilidade e qualidade, à direção que desde a primeira hora me fez sentir em casa, dando-me condições para realizar e concretizar as minhas ideias, a minha forma de ser, a minha música. Agradecer, ainda, às autarquias e a todos aqueles que de uma maneira ou de outra acompanham quer os ensaios, os concertos, as deslocações da Banda Musical São Vicente de Alfena».
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