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    Arquivo: Edição de 31-10-2022

    SECÇÃO: Opinião


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    Do Macaco ao Homem? Talvez não (5.ª parte)

    O HOMO NEANDERTALENSIS

    Os primeiros fósseis atribuíveis ao género Homo datam de há cerca de 2,5 milhões de anos e foram encontrados em África. É controversa a origem deste género. Nomeadamente, não se sabe se teve origem numa linhagem única ou, se pelo contrário, apareceram várias espécies deste género simultaneamente.

    O que muitos investigadores consideram é que o género Australopithecus teria evoluído para o género Paranthropus, que se extinguiu entretanto. Surgiu então um novo género paralelo com o Australopithecus, o género Homo que, após muitas evoluções chegou ao Homo sapiens, o Homem Moderno.

    Os primeiros representantes do género Homo apareceram, portanto, no calendário paleontológico há cerca de 2,5 milhões de anos, na espécie Homo habilis. Existe no registo fóssil desta mesma época outro indivíduo integrado no género Homo, o Homo rudolfensis, mas que apresenta diferenças substanciais, nomeadamente na face e nos dentes, pelo que muitos investigadores consideram que foi contemporâneo do Homo habilis mas oriundo doutra linhagem distinta. Muito há ainda por descobrir.

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    O caminho que nos trouxe até à nossa espécie pode considerar-se iniciada com o Homo habilis.

    Este indivíduo era fisicamente frágil, com uma estatura não superior a 1,3 m. Não tinha dentes poderosos. Não tinha garras. Não era grande corredor. Pelo que as suas aptidões para a caça seriam diminutas. Sabe-se que por vezes caçavam pequenas presas, mas eram mais caçados do que caçadores. A carne que ingeriam seria obtida mais por oportunismo, ao encontrar carcaças de animais caçados por outros animais. Mas o registo fóssil mostra que era um ser muito sociável e vivia em grandes grupos. Provavelmente seriam grupos para autodefesa mais do que para a caça. Os vestígios de ferramentas são escassos.

    Mas foi tenaz, sobreviveu e desenvolveu-se, nomeadamente no tamanho do cérebro. Iniciou a migração para fora de África e começam a aparecer indivíduos com algumas diferenças que justificaram, para os paleontólogos, a sua inclusão numa espécie diferente – o Homo erectus.

    Esta nova espécie de Homo já apresenta caraterísticas mais próximas das do Homem Moderno, nomeadamente na estatura, podendo atingir 1,8 m de altura (praticamente a estatura atual). Apenas era mais modesto no volume cerebral, que não ultrapassava os 850 centímetros cúbicos (para os cerca de 1500 cc atuais).

    O Homo erectus foi o verdadeiro colonizador do planeta, encontrando-se vestígios seus em praticamente toda a parte, exceto nas Américas. Tudo parece indicar que esta migração teve como motor alterações climáticas e estes indivíduos humanos teriam seguido o clima tropical a que estavam habituados. Mas também migraram para norte onde encontraram climas mais frios, nomeadamente naquilo que é hoje a Europa. O domínio do fogo e a melhoria das técnicas de caça teriam sido cruciais para o estabelecimento destas populações em climas temperados com invernos frios.

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    Embora a cor da pele não deixe vestígios fósseis, tudo parece indicar que foi por esta altura que esta evolui para dois padrões distintos: em África evoluiu para a cor negra, rica em melanina, como defesa contra a riqueza nos nocivos raios ultravioletas próprios do Sol tropical. Na Europa e Ásia a norte evoluíram para a cor branca, própria para captar o mais possível a radiação dum Sol menos intenso típico destas latitudes.

    A migração do Homo erectus levou consigo uma caraterística tipicamente humana – a cultura. Descreve-se como “cultura acheulense” o conjunto de técnicas de lapidação de blocos de pedra tornando-os instrumentos úteis. Exemplos: os machados e os bifaces, estes adequados para serem manipulados por uma mão e teriam múltiplas utilizações. Embora estas técnicas se encontrem praticamente em todo o mundo, o seu nome deve-se à povoação do sul de França Acheul, onde ela foi inicialmente descoberta.

    (...)

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    José Campos Garcia*

    *Médico

     

     

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