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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 20-07-2022

    SECÇÃO: Destaque


    FEIRA DO LIVRO DO CONCELHO DE VALONGO

    Mais do que simples histórias o público infanto-juvenil recebe mensagens pedagógicas e de conteúdo humanizado e estimulador

    O público infanto-juvenil não se pode queixar da múltipla oferta cultural e lúdica que tem tido ao seu dispor nesta Feira. Além do Espaço Infantil, onde se encontra montado um coreto, onde além de peças de teatro (e aqui destacamos a presença de grupos/artistas do concelho, como os Cabeças no Ar e Pés na Terra, de Cláudia Nair, da Associação Cultural e Recreativa Fora D’ Horas, da Associação Socialcultural Arte Im’ Anjos, de Mangas - YG Talks, ou do Centro Recreativo Estrelas da Balsa), exposições, atividades de expressão plástica, leitura de contos, etc., dispõem ainda da presença de autores infanto-juvenis que no Espaço Livro mais do que apresentar os seus livros procuraram, através deles, transmitir ao público jovem mensagens pedagógicas e de conteúdo humanizado e estimulador, por assim dizer.

    Joana Nogueira deu a conhecer no evento Oskar, um ouriço muito especial
    Joana Nogueira deu a conhecer no evento Oskar, um ouriço muito especial
    Foi o caso da autora Joana Nogueira, que na tarde do dia 18 ali trouxe a obra “Oskar - A Integração pela Diferença”. Neste livro (ali apresentado por Madalena Oliveira), como em tantos outros da sua autoria, pelo que pudemos perceber, a escritora faz-se acompanhar de Oskar, um ouriço especial, e cuja história aborda temas como a inclusão, e a integração. Fazer perceber que apesar de exteriormente diferentes - como Oskar, que como ouriço que é tem picos e como tal diferente dos outros animais com quem brincava - por dentro somos todos iguais, e que não devemos ser excluídos de um grupo, ou grupos, por isso. A história conta o facto de Oskar ter picos e como tal ser excluído pelos outros animais, até que alguém teve a ideia de colocar esponja nos seus picos de ouriço para que desta forma ele pudesse brincar e integrar-se no grupo dos outros animais. Moral da história: independentemente das características físicas todos temos os mesmos direitos e deveres.

    Outra mensagem que este livro passa é de que não devemos atribuir rótulos às pessoas, baseados em determinadas características físicas, ou não, pois essas pessoas vão crescer com uma ideia errada sobre si. Ou por outras palavras, de que temos de ter muito cuidado com as palavras que utilizamos quando nos referimos aos nossos amigo(a)s.

    Adélia Carvalho esteve na Feira no dia 14 com “Era uma vez um cão”, entre outras histórias
    Adélia Carvalho esteve na Feira no dia 14 com “Era uma vez um cão”, entre outras histórias
    “Era uma vez um cão”, da autoria de Adélia Carvalho também cativou a atenção do público mais jovem que ao longo destes dias tem passado por esta Feira. Facto ocorrido no segundo dia do certame, a 14 de julho, altura em que a autora trouxe livros, para além do atrás referido, que obrigou, este “obrigou” entre aspas, a jovem plateia a pensar e a trabalhar a memória. Foi o caso de “Era uma vez uma cadela”, outra das histórias ali contadas, uma narrativa acumulativa que foi “obrigando” os jovens a ir repetindo o que estava a ser dito para trás, e que é uma acumulativa, é sempre mais uma personagem que vai entrando na história e que continua a seguir essa historia. Num formato quase de lenga-lenga a jovem plateia ia repetindo frases/ideias e personagens, algo que na voz da autora, à nossa reportagem, resultou em pleno, desde logo porque nesta altura do ano «as crianças já estão cansadas da escola, e se for uma história que os envolve e implique a participação deles é muito mais fácil para nós (escritores/narradores), porque a atenção e a concentração deles está sempre ali presente. Porque se só ouvirem ainda acontece adormecerem, precisamente por nesta altura do ano estarem cansados. Aqui, na Feira, resultou muito bem, eles (jovens) participaram do início ao fim, foram muito ativos. Foi uma história contada a várias vozes», disse-nos Adélia Carvalho.

    Em suma, e a exemplo destas duas apresentações, o conceito de Livro apresentado ao público infanto-juvenil não se tem resumido a contar uma mera história, mas antes a transmitir-lhes mensagens importantes na sua formação enquanto pessoas, bem como estimulá-los em relação ao que ouvem.

    Por: MB

     

     

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