SECÇÃO: Opinião

Em formação contínua há 4 anos

M anter este artigo de opinião, já lá vão 4 anos de presença mensal, agora que são chegados os 50 números contínuos, corresponde a uma aventura pessoal e coletiva, na medida em que me propus abordar a causa associativa como objetivo de participação cívica e social, assumindo e participando na sua defesa, escrevendo, é obra.

Longe de mim, o propósito de alguma vez pensar fazê-lo. Tal exposição era impensável, partindo do princípio da dificuldade em assumir, o ato mental em me abalançar na ideia de escrever algo sobre qualquer coisa, com a preocupação em me ver “julgado” publicamente. Nunca tal esperaria que acontecesse.

Três contributos de encorajamento, entre o positivo e o negativo, foram fundamentais para que o assumisse.

Um, a oportunidade proporcionada pela utilização de espaço em “A Voz de Ermesinde” e o apoio de revisão de texto solicitada por mim, a quem o sabe fazer com mestria. Outro valioso contributo surgiu de um companheiro de direção que me entusiasmou para a abordagem sobre temas de atualidade em discussão no movimento associativo. E um outro, crítico, e pretensamente jocoso em tom facebookiano, ao género de “quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão”. Sentir as costas quentes, por tais apoios contribuíram ao mesmo tempo, e de forma igual, para que assumisse a importância de, despretensiosamente, escrever sobre associativismo.

E se a ideia inicial seria a de dar a conhecer tal atividade da Confederação, faria, faz sentido, transportar a ideia de provocar outros envolvimentos de dirigentes associativos, através de uma abordagem complementar ao que mensalmente vou abordando. De uma forma crítica, dando ideias para outras abordagens ou introduzindo temas específicos que gostaria de ver tratados.

Ficando ainda o desafio, no presente, para que outros dirigentes procurem fazê-lo, procurando o contacto dos seus jornais regionais em cada Concelho e ou Freguesia, apostando na transmissão dos seus saberes, das suas experiências, individuais e coletivas.

É um desafio justo, em que vale a pena apostar. Será uma importante medida para a divulgação do movimento associativo.

Por mim, tendo como princípio de que o caminho se faz caminhando, continuarei a abordar coisas do associativismo, escrevendo.

PROCESSO DE CAPACITAÇÃO POISE 850

Todo este processo, para mim, formativo, foi acontecendo ao mesmo tempo que a Confederação desenvolvia e desenvolve o Processo de Capacitação POISE 580, que versa como principal objetivo, a capacitação de dirigentes associativos, agora na sua fase 3.

Desenvolve-se tal capacitação em contexto universitário, permitindo-se o desenvolvimento de capacidades em várias áreas de conhecimento, todas elas de uma enorme importância para quem no dia a dia, utiliza o seu tempo, dirigindo as coletividades populares, muito à sua maneira.

Neste mês de maio, e depois de já se ter avançado com tais estudos avançados, em vários pontos do país, deu-se início a mais uma ação formativa para os dirigentes da zona Norte, desta feita, na Universidade Católica do Porto, que muito prestigia assim a Confederação das Coletividades e todo o movimento associativo.

É assumido como “Curso em Gestão e Dinamização Associativa”, organizado de maneira a contribuir para o desenvolvimento das seguintes competências:

- Análise das especificidades económicas das associações, do seu contexto sócio económico e das implicações que daí resultam para a sustentabilidade destas organizações;

- Organização de processos de planeamento estratégico e de preparação, gestão e avaliação de projetos com base em metodologias participativas e potenciadoras de inovação social;

- Gestão de pessoas numa perspetiva estratégica;

- Compreensão da informação fiscal e do enquadramento jurídico relevante para a atividade das associações (Univ. Católica Portuguesa – área transversal de economia social).

(...)

leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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Adelino Soares*

*CPCCRD