Arquivo: Edição de 31-05-2022

Associação Académica e Cultural de Ermesinde reuniu a sua “família” para festejar os 23 anos perante um Fórum Cultural repleto

Foto MANUEL VALDREZ

Como diz Chico Buarque no início da canção “Tanto Mar”: foi bonita a festa, pá! E de facto foi uma noite bem passada na companhia da “família” da Associação Académica e Cultural de Ermesinde (AACE), que neste mês de maio assinalou o seu 23.º aniversário. Festa que aconteceu no último dia 27, num Fórum Cultural de Ermesinde completamente cheio, como há muito não se via, e que foi pequeno demais para testemunhar “in loco” o trabalho que é desenvolvido pelas 13 valências da AACE. Canto, música, dança e teatro, foram alguns dos atrativos de uma noite memorável, que teve início ao ritmo dos bombos do grupo “Sons com Bombos”, que abriu o caminho daquele que viria a ser um animado serão. Seguiu-se a atuação daquela que é talvez por esta altura a valência mais requisitada da AACE, a qual além de já ter um CD gravado tem igualmente um fiel grupo de fãs que a segue para todo o lado, e que não faltou, como é óbvio, a esta atuação. Falamos do grupo de música tradicional portuguesa TocATocar, que trouxe ao palco três temas do seu vasto reportório, a saber, “Ó Ana”, “Quer ir à romaria”, e “A Rendilheira”. Ainda antes da sua atuação este grupo recordou com saudade alguns dos seus elementos falecidos num passado não muito distante, nomeadamente Jorge Cunha, Afonso Monteiro, Azevedo, e Domingos Lima. A esta atuação seguiu-se uma estreia em atuações ao vivo, o grupo Flautas Transversais, que protagonizou um magnífico Ensamble de Flautas, sob a coordenação do professor Sérgio Silva. Posteriormente foi a vez do grupo de teatro “Casca de Nós” levar à cena o primeiro de três excertos de peças que foi exibindo ao longo da noite, primeiramente uma cena da peça “Com Garrett no Coração”, mais à frente uma passagem da peça “Enquanto espero Desespero” – sendo que nesta, e a título de curiosidade, o nosso jornal foi usado como adereço para dar vida à representação -, e por fim um excerto de “Romeu & Julieta”.

Pelo meio um momento de ternura e encanto protagonizado pelas artistas mais pequenas da AACE, as meninas do grupo de Danças Jazz, que coordenadas pela professora Rita Bastos mostraram que o futuro da associação está assegurado. Aliás, e abra-se aqui um parênteses para dizer que esta festa comprovou, uma vez mais, que a AACE é além de uma associação bastante dinâmica, uma casa com artistas dos “8 aos 80” – o elemento mais novo que subiu ao palco nesta noite tinha 3 anos e o mais velho já tinha ultrapassado a barreira dos 80 anos –, notando-se uma mescla de juventude e maturidade que combina às mil maravilhas. Voltando às atuações para falar de outra estreia ao vivo, neste caso do grupo das Danças Africanas, que sob a coordenação da professora Mariana Teixeira deu indícios de que esta foi a primeira de muitas e boas atuações que irá fazer no futuro imediato. À atuação do grupo das Danças Jazz seguiu-se uma das performances mais vibrantes e explosivas, no bom sentido, da noite, a do Grupo de Danças Urbanas Move on Dance, que recolheu uma merecida chuva de aplausos. Quem também foi muito aplaudido foi o Órfeão de Ermesinde, que alguém lembrou, e muito bem, foi a génese da AACE, foi com este grupo que a associação iniciou a sua brilhante caminhada há 23 anos atrás. De seguida subiram ao palco os atores mais novos do teatro, os Casquinhas, não para atuar, mas para se apresentarem e deixarem o convite à plateia para assistir ao seu próximo trabalho, o qual irá subir ao palco no próximo dia 26 de junho, e tem como base uma adaptação do filme “Charlie e a fábrica de chocolate”. A noite de festa podia já estar perto do fim, mas a boa disposição continuava em alta, e ainda mais ficou com a subida ao palco de outra valência da AACE com muita história, no caso o grupo Voz Ligeira, sendo que a festa terminou da melhor maneira com as performances dos grupos Arco-Íris, e Íris Corus. Uma palavra também para a dupla de apresentadores que conduziu esta festa (que durou três horas), dupla composta por Gabriel Pinto e Anabela Coelho, que protagonizaram momentos de muita diversão, como aquele em que puserem literalmente toda o público de pé a dançar. Como já vimos, a casa da cultura da nossa cidade esteve lotada para esta festa, destacando-se entre outros convidados, o presidente e o tesoureiro da Junta de Freguesia de Ermesinde, respetivamente João Morgado (que também foi um dos artistas que atuou nesta noite, no caso, ao serviço do grupo TocAtocar) e Miguel de Oliveira, bem como o presidente da Associação das Coletividades do Concelho de Valongo, Joaquim Oliveira – que presenteou a AACE com uma placa em lousa alusiva a este aniversário -, Adelino Soares, representante da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio de Desporto, e o presidente da direção da Ágorarte. Por fim, recordemos aqui algumas das palavras que o presidente da Direção da AACE, Constantino Moreira,

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