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    Arquivo: Edição de 31-03-2022

    SECÇÃO: Opinião


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    Igreja Católica – Mudança que permita acesso de mulheres ao Sacramento da Ordem e de Padres e Bispos ao Sacramento do Matrimónio (parte 2)

    OUTROS TESTEMUNHOS PARA JUSTIFICAR AS DUAS MUDANÇAS (continuação)

    Quanto à última obra, O Mundo e a Igreja – Que Futuro? (nov2021). Nos Prefácio (Maria de Belém Roseira) e Posfácio – Estar no mundo estar com o mundo (Paulo Rangel), nada consta. No livro, observou-se. Página 291, Francisco confessa-se, seguida de, Mais confissões de Francisco (297). Aqui existe surpresa por serem entrevistas e não ter havido perguntas sobre os dois assuntos, talvez até se possa considerar fuga o que se mostra em 2.5 (p299) “As mulheres? Reconhece que a mulher ‘está ainda em segundo lugar… em segundo lugar’. Mas ‘sem a mulher, o mundo não funciona. Não por ser ela que gera os filhos, deixemos a procriação de lado… Uma casa sem a mulher não funciona’. (…) Aqui, o Papa Francisco que me desculpe, mas vou fazer um reparo. E na Igreja? Ele vai repetindo que ‘a Igreja é feminina’, e já na viagem ao Brasil avisou: ‘Se a Igreja perde as mulheres, na sua dimensão total e real, corre o risco de se tornar estéril’. Então, porquê continuar, contra a vontade de Jesus, a discriminá-las?”. Depois, p399/405, A Igreja e o sexo, recomenda-se a leitura da exortação Amoris Laetitia – A Alegria do Amor, onde se mostra nova visão da família e da sexualidade envolvendo aspetos biológicos, afetivos, amorosos e espirituais. Nos três âmbitos relacionados com o assunto, As mulheres na Igreja e na sociedade (p411), Deus não é misógino (p415) e Fim da lei do celibato dos padres? (p419), pouco se pode observar de importante face ao já apresentado. No entanto pode-se salientar a inscrição do cardeal José Policarpo no grupo de teólogos eminentes que mostraram que não havia nenhuma razão teológica que se oponha à ordenação de mulheres e que o celibato de padres e bispos só foi imposto como lei a toda a Igreja Católica do Ocidente no Concílio de Trento, 1545/1563.

    Também se analisou a imprensa ao longo dos últimos anos, tendo havido robustas passagens no texto de 2015. Neste artigo ficam duas dessa altura e quatro de (2020/21).

    Frei Bento Domingues. Público, colaboração dominical.

    Artigo de 19jul2015 – A religião não é para mulheres. Para além de clarificar a origem e percurso dos cursos de cristandade em Portugal, “foram uma pedrada eficaz no charco do conformismo antirreligioso”, aponta pistas para se estudar, “um catolicismo feminista, sem complexos nem obsessões antimasculinas. É sempre como mulheres e homens que Deus os cria e recria, sem subordinações nem imposições recíprocas. São apenas admiravelmente diferentes e cooperantes. Substituindo o poder de dominar pelo gosto de servir a emancipação de todos os seres humanos, as mulheres retomam o testemunho do Evangelho na ressurreição do mundo”.

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    11abr2021 – Na oitava da Páscoa. “É o ancestral preconceito contra as mulheres que alimenta esse silêncio e essa indiferença. Os preconceitos nem sequer deixam ver que foi com as mulheres que Jesus se encontrou para lançar o futuro. Diz-se, por vezes, que jesus de Nazaré não teve discípulas. Nominalmente, pode ser verdade. Realmente, teve. As mulheres que O seguiam e serviam na Galileia e O acompanharam, depois até à morte, em Jerusalém, foram verdadeiras discípulas. Só que, oficialmente, não são reconhecidas como tais”.

    Padre Anselmo Borges. Diário de Notícias (DN), sábados.

    Artigo de 28fev2015, Sobre sexo e género (1). No contexto dos debates sobre a família no Sínodo, aborda assuntos sobre o tema na sequência de ideias que já tinha expressado no prefácio do livro Vagina – Uma Nova Biografia, da norte-americana Naomi Wolf. O artigo em 2 diz: “As religiões, particularmente as monoteístas, têm responsabilidades especiais no patriarcalismo, não só dentro delas próprias, mas também por causa do reforço patriarcal que exercem noutros domínios. Pense-se nomeadamente no Islão e na Igreja Católica. (…) Fixo-me por agora na Igreja Católica. Esta é hoje a única instituição verdadeiramente global, mas ferida pela submissão das mulheres e pelo não reconhecimento da igualdade de direitos com os homens. (…) a Igreja constantiniana enquanto instituição de poder levou a uma discriminação das mulheres que não é de modo nenhum consentânea com o Evangelho de Jesus.”

    Dom José Ornelas, Bispo de Setúbal. Público, 21jun2020. Entrevista.

    “Não veria mal a possibilidade de termos padres casados”. Na sequência da pergunta de Natália Faria (jornalista), “E quanto à ordenação sacerdotal das mulheres?”, Dom José, respondeu: “É um bocado mais complicado, mesmo na tradição da Igreja. Não ponho a ordenação de mulheres no mesmo patamar, mas também não a tiro de cima da mesa. Acho que a Igreja tem de discernir e de ver. Mas isso não é do mesmo grau disciplinar, é uma tradição muito mais consistente da Igreja e tem de ser bem estudada. O que não se pode é pretender que o problema não existe. Há que confrontá-lo com a reflexão da própria Igreja para ir encontrando caminhos”.

    Doutor, Paulo Mendes Pinto. Coordenador da área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Público, 16dez2021.

    “Negar o ato mais natural de uma espécie é criar um distúrbio imenso, castrando parte do que seria esperado para completar o ser. A grande questão dos abusos sexuais na Igreja Católica não reside nos crimes (esses são horrendos e não deverá haver a mínima complacência); é muito mais profundo o dano: ele reside na incapacidade de quem assumiu essa castidade e a vive, muitos, amargurados com ela, de rever, quer a visão face à mulher que a inibe do sacerdócio, quer a defesa da castidade dos sacerdotes”.

    Dom Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa. DN, 24dez2021. Entrevista.

    Texto de Rosália Amorim e Pedro Cruz (jornalistas). “Pessoalmente e enquanto bispo, o celibato é uma questão fechada ou pode, e deve, ser discutida no interior da Igreja?” Depois: “As mulheres têm na Igreja Católica um papel fundamental, mas sempre subalterno. A questão da possível ordenação das mulheres merece ser discutida ou nem sequer é um tema na cúria?”. Dom Américo respondeu:

    (...)

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    António Pena*

    *Coronel do Exército (TecnManTm), situação de reforma (85 anos); licenciado em Comunicação Social, mestre e doutorado em Ciências da Comunicação (FCSH/UNL – out1988 a jan2006); membro emérito do CICANT/ULHT. Agradecemos esta colaboração em exclusivo para o jornal “A Voz de Ermesinde”.

     

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