SECÇÃO: Opinião

Desenvolver o reforço de organização da Confederação a Norte

Na continuidade do último número onde foram abordadas algumas indicações acerca da importância da apresentação do Plano de Atividades e Orçamento (PAO) da Confederação para 2022, projetando essa mesma importância para todo o movimento associativo, procuraremos abordar algumas ideias apresentadas sobre o ponto 1. Organização, estrutura e funcionamento.

Sendo um PAO para o ano em que já estamos a atuar, e o qual, tendo como objetivos importantes a realização de dois Congressos, Estatutário e Eletivo até meados de julho, associando a execução da 3.ª Fase do processo de Capacitação e as propostas para o Orçamento de Estado 2023, só por si, são compromissos enormes perante matérias demasiado importantes para se entender as preocupações do trabalho assumido, com a confiança natural de que estamos a dar passos importantes para o futuro do movimento associativo em constante organização.

Preparar o trabalho

Tal ideia faz sentido se nos quisermos ver colocados, perante a criação de objetivos de reforço interno das diversas e possíveis interações entre órgãos sociais numa Coletividade, ou numa Estrutura Concelhia ou Distrital. Aprofundando em coletivo, métodos de elevar o funcionamento normal da nossa democracia interna, no envolvimento participativo de todos os dirigentes, associados e amigos.

Reforçando laços de ligação com todas as filiadas, na procura de novas coletividades associadas, no reforço e coesão da representação associativa perante terceiros, procurando o desenvolvimento de ações diversas enquanto ideias e medidas criativas, com maior ou menor impacto junto dos dirigentes associativos.

Estabelecendo como princípio da nossa postura, e na continuidade de outros Planos de Atividades e Orçamentos de anos anteriores, em defesa de uma imagem de marca que tem caracterizado a Confederação, enquanto entidade que se preocupa pelo trabalho de análise, pela reflexão e projeção, propondo políticas públicas, estabelecendo parcerias com entidades sociais e privadas para todo o Movimento Associativo Popular (MAP), evidenciando a nossa afirmação de que representamos o MAP em geral, e não apenas as nossas filiadas.

Como tal, só com objetivos francamente delineados e pensados, é possível continuamente apresentar medidas fundamentais, no sentido do reforço institucional entre os vários órgãos sociais da Confederação com as Estruturas Descentralizadas e as Coletividades Elo, propondo-nos ao reforço das disposições estatutárias, através da aplicação de práticas democráticas, discutidas e experimentadas continuamente.

Apostando na criação de mais estruturas distritais ou concelhias, onde as filiadas desejem dar sequência à sua criação, nunca deixando de dar projeção à criação de novas Coletividades Elo, na responsabilização das existentes e pensando na melhor evidência de ofertas, apoiadas nas condições atuais, deixando claro que o objetivo principal do seu caminho, passa pela criação de Estruturas Concelhias.

Evidenciando que pela sua proximidade e conhecimento da realidade local, são as Estruturas Descentralizadas que melhor podem prestar apoios técnicos, logísticos e de cooperação multilateral entre Coletividades, articulando o seu funcionamento como centros de recursos facilitadores de contactos com os poderes locais e regionais, mas também com entidades privadas e outras do setor da economia social.

Nunca colocando em causa a autonomia das estruturas, consideramos que ainda existe um caminho longo a trilhar, no aprofundamento da articulação e na cooperação com a CPCCRD e desta, com as Estruturas.

A vida mostra que um trabalho regular de contactos e troca de experiências entre Dirigentes e estruturas descentralizadas, concentrados na procura de soluções para ajudar as filiadas, é o melhor contributo para a coesão do MAP.

Fazermos a nossa parte

Perante o quadro acima exposto, que visa no essencial o PAO para 2022, quanto à questão Organização, estrutura e funcionamento, é fundamental traçar algumas ideias para o Distrito do Porto, aproveitando todo o potencial de apoio criado pela constituição do GAP/Norte (Ermesinde) que a Confederação coloca à nossa disposição no âmbito da Capacitação.

É tempo de se reiniciar um trabalho de colaboração entre todas as Estruturas existentes no Distrito de forma a que, juntando forças, se desencadeie um processo de troca de experiências, acerca da organização de cada uma, de quais as dinâmicas que desenvolvem na ligação com as suas Coletividades, quais os principais problemas que estas sentem e os que vão aparecendo e, sobretudo, quais as dificuldades em encontrar soluções.

(...)

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Adelino Soares*

*CPCCRD