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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-11-2021

    SECÇÃO: Opinião


    Não é sério

    O salário mínimo nacional (SMN) vai aumentar em cerca de 30 por cento até ao próximo ano de 2025. Os salários em Portugal são baixos. Não queremos que as multinacionais venham investir à procura de mão de obra barata. Mas, se as empresas aguentam esse enorme aumento é o que tem andado em discussão.

    Há, contudo, um aspeto que não parece correto. Os impostos sobre o trabalho, que recaem sobre empresas e trabalhadores. O estado vai encaixar mais de um terço deste aumento! O custo para as empresas e trabalhadores seria bem menor se o estado não fosse guloso! O glutão, viciado em impostos, é incapaz de ser sério. O dinheiro fala mais alto.

    O mesmo se passa, aliás, com o preço dos combustíveis. O petróleo tem aumentado, é verdade. Mas os impostos também! Portanto, aos aumentos do petróleo vão juntar-se impostos sobre esses brutais aumentos. Resultado: o estado encaixa mais dinheiro e os cidadãos tem dificuldades em aguentar! É que o automóvel não é um luxo, é uma necessidade.

    O estado não se comporta como pessoa de bem. Os políticos dizem uma coisa hoje e outra amanhã. Pior ainda: uns dizem uma coisa e há colegas que dizem o seu contrário.

    O certo é que o gordo estado não perde uma oportunidade para receber mais dinheiro do bolso dos pobres contribuintes. Descaradamente!

    A culpa é do aumento do petróleo? Até podíamos ser levados na lenga-lenga. Mas, vamos ali à fronteira, à vizinha Espanha, e enchemos o depósito com menos dinheiro. Consideravelmente menos!

    O estado não se comporta como pessoa séria. Claro que o estado são as pessoas que elegemos para o gerirem. Feitas as contas, a responsabilidade é de todos nós…

    Eduardo Costa*

    *Jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional

     

     

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